quarta-feira, 29 de abril de 2009

terça-feira, 28 de abril de 2009

Meme complete

Uma idéia deste blog.

COMPLETE:
- Eu tenho: crises existenciais;
- Eu desejo: passar pelo menos um mês fora do país para estudar inglês;
- Eu odeio: falsidade;
- Eu escuto: muito Feeder ultimamente;
- Eu tenho medo de: ser mal interpretada;
- Eu não estou: em casa;
- Eu estou: com preguiça;
- Eu perco: a paciência pelo menos uma vez ao dia;
- Eu preciso: ler ainda mais;
- Me dói: saber que o frio na barriga não mente.

SIM OU NÃO?
- Tem um diário? Não.
- Gosta de cozinhar? Sim (às vezes, né?).
- Gosta de tempestades? Sim (estando em casa protegida).
- Há algum segredo que você não tenha contado à ninguém? Sim.
- Acredita no amor? Não (cabe aqui a palavra “depende”).
- Toma banho todos os dias? Sim.
- Quer casar? Não.
- Quer ter filhos? Não.

QUAL É?
- A frase que mais usa no MSN: Referências a séries, filmes e músicas;
- Sua banda favorita: Nos últimos 12 meses, Muse;
- Seu maior desejo: Viajar ao exterior;
- 3 Lugares estranhos em que você transaria: Que indiscreto!

OUTRAS PERGUNTAS
- Signo: Câncer (é o que dizem);
- Cor dos olhos: Castanho escuro;
- Número favorito: 7;
- Dia favorito: 07;
- Mês favorito: Outubro;
- Estação do ano favorita: Primavera;
- Café ou chá? Chá gelado ou “frappuccino”!

VOCÊ
- Tem problemas de auto estima: Às vezes;
- Abriria mão de ficar com alguém muito gato por respeito ao próximo: Depende;
- Iria a uma micareta: Não;
- Cuidaria de amigos bêbados: Depende;
- Dá toko sem problema nenhum: O que é isso?

NAS ÚLTIMAS 24HS VOCÊ:
- Chorou? Não;
- Ajudou alguém? Não;
- Ficou doente? Não;
- Foi ao cinema? Não;
- Disse “te amo”? Não;
- Escreveu uma carta? Não;
- Falou com alguém? Sim;
- Teve uma conversa séria? Não;
- Perdeu alguém? Não;
- Abraçou alguém? Não;
- Brigou com algum parente? Não;
- Brigou com algum amigo? Não.

ALGUMA VEZ VOCÊ PODERIA:
- Beijar alguém do mesmo sexo? Sim, na bochecha;
- Fazer sexo com alguém do mesmo sexo? Provavelmente não;
- Saltar de pára-quedas? Não;
- Cantar em um karaokê? Sim, até já cantei;
- Ser vegetariano? Estou quase lá;
- Se embebedar? Talvez;
- Roubar uma loja? Não;
- Se maquiar em público? Se tiver um espelho, sim.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Cronista contista

Autointitulo-me cronista contista. Sento em frente ao computador, com ou sem ideias, e imagino cenas, relembro fatos. É como se um filme passasse pelos meus olhos e dele exalassem aromas e sabores. Uma experiência extrassensorial, com cores e superficies táteis. Tenho algumas inspirações durante o ato de escrever – alguns autores e artistas que convoco mentalmente no momento em que julgo necessário.
Pego a lista de chamada e observo os mestres às suas carteiras. Exerço o estranho papel de professora-pupila. Ernest Hemingway e F. Scott Fitzgerald discutem literatura com palavras devidamente lapidadas, formando frases perfeitas e visuais. Hemingway descreve um indivíduo introspectivo e observador em um café parisiense, enquanto Fitzgerald sopra palavras doces como a brisa em uma manhã de primavera que move as cortinas do palacete representante do sonho americano.
Rubem Braga bebe pausadamente uma dose de whisky, entremeada por tragos de cigarro e batidas metálicas da velha máquina de escrever. Cíntia Moscovich descreve toda a cena em um esboço escrito à mão, captando os detalhes e gestos mais sutis tanto do ambiente como dos personagens, à medida que Milton Hatoum observa a chuva pela janela, com suas gotas grossas e aveludadas que amortecem o som da água ao atingirem o vidro, o chão e o telhado.
Ao canto da enorme sala, Monet e Renoir conversam sobre suas pinturas impressionistas, usando muitos adjetivos para descrever desde a sóbria utilização do branco no vestido da dama aos reflexos da luz e das folhas outonais em um rio de águas calmas. Dalí e Magritte falam de sonhos e analisam descompromissadamente os delírios um do outro.
Metade da sala é ocupada pelos cineastas e seus projetos megalomaníacos. Os franceses de voz rouca se atentam a cada detalhe para filmar a centa perfeita. Jean-Pierre Jeunet cria um mundo à parte com suas cores e cenário únicos. Já Truffaut celebra o amor e a liberdade em tons acinzentados e melancólicos. Um francês fica dividido entre conterrâneos de pátria e de ideias: Michel Gondry dialoga um pouco com os colegas francófonos e com Charlie Kaufman e Spike Jonze, que destrincham uma história sobre solidão e identidade e a transformam em roteiro.
Aos poucos, outros mestres se materializam e o espaço da sala aumenta para abrigar todos eles. Meus textos buscam vida e são delimitados para não fugir da proposta inicial, mas cada palavra, vírgula e frase escapa aos grilhões e respira com alívio e saciedade.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Coleção de frases randômicas – Parte IV

No colégio, um grupo de alunos decide fazer a mesma pergunta para todo professor que entra na sala…
- Professor, você só dá aula ou trabalha também?

Antenada em uma conversa dentro do ônibus: um passageiro conversa com o amigo sobre os apertos financeiros e o que ele ia fazer para a janta naquele dia…
- (…) Comprar Ki-suco... Sabe? Aquele que diz que faz dois litros e você faz meio e ainda fica aguado e com gosto de soro? [Segurei muito para não rir. Ainda assim, fiquei com um sorriso mal-disfarçado]

Minha irmã, revoltada com a Ms. Carmody de O Nevoeiro...
- Eu nunca senti tanta raiva de um personagem de filme.

Na balada, estou discretamente de olho em alguém e comento com minha irmã…
- Estou olhando aquele ali. [aponto na direção]
- Quem?
- Aquele de óculos.
- Ah… acho que você não está enxergando direito.

Um colega percebe algumas atitudes minhas e diz…
- Você é muito “caxias”.
- O que é isso?
- É uma pessoa que faz tudo certinho.
- Não, eu sou sistemática, é diferente.

Minha mãe me manda uma mensagem no celular, após eu sair para o trabalho e, em seguida, eu respondo…
- Você tá linda com essa roupa, show de bola.
- É que hoje resolvi não usar roupa de nerd porque tenho reunião…

Uma vendedora de assinaturas de revistas em uma feira de negócios se espanta quando eu falo que sou jornalista formada desde 2006…
- Nossa, mas tão novinha! Desculpa a pergunta, mas você é casada?
- Não.
- Ah, por isso está tão jovem. Se estivesse casada iria aparentar ser mais velha.

Conversando sobre homens vaidosos, expresso minha opinião para uma colega...
- Acharia estranho ficar com um homem que tira a cutícula.
- Ah, eu gosto de homem que tem a unha bem cuidada, cortada, limpa...
- Até aí, tudo bem. Mas se nem eu tiro a minha cutícula, um homem mais vaidoso do que eu não daria certo.

Em frente ao Espaço Unibanco, na Augusta, sou abordada por um senhor que se apresenta como poeta e pede a ajuda de R$ 2,00. Eis o que ele me diz...
- Você deve ser jornalista.
- Nossa, como você sabe?
- É que você estava passando rapidinho e tem jeito de jornalista.
- Pois é, não nego.

Em The Big Bang Theory, Sheldon se gaba do seu vasto conhecimento, até Penny desafiá-lo...
Sheldon: I'm a physicist. I have a working knowledge of the entire universe and everything it contains.

Penny: Who's Radiohead?

Sheldon: I have a working knowledge of the important things.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Se eu fosse balconista de locadora…

Muitas vezes, um filme esquecido na prateleira da locadora vale muito mais a pena do que aquele blockbuster que todos estão desesperados para conferir, no cinema ou no conforto do sofá de casa. Confira dez filmes imperdíveis e acessíveis, do terror à comédia. Prepare a pipoca!

O Vigia (The Lookout)
Um filme sem grandes astros e que marca a estreia do roteirista Scott Frank (Minority Report, Marley & Eu) na direção. Trata-se de um suspense curioso sobre um um jovem zelador noturno de um banco (Joseph Gordon-Levitt) tentando manter a vida normal após um acidente de automóvel que acabou com as chances de seguir sua carreira no atletismo.

Delicatessen (Delicatessen)
Do visionário diretor francês Jean-Pierre Jeunet (do inesquecível O Fabuloso Destino de Amélie Poulain e do fantástico Ladrão de Sonhos), essa comédia de humor negro é indispensável para quem adora filmes criativos, com direção de arte e fotografia caprichados. Jeunet recria um mundo mostrado nas películas de Terry Gilliam, mas com atmosfera ainda mais européia.

Chumbo Grosso (Hot Fuzz)
Filmas baseados em paródia tendem a causar um certo preconceito após a avalanche de “qualquer coisa Movie” (Scary Movie, Epic Movie, Superhero Movie…). Mas eis que os britânicos, apoiados no talento e na sutileza cômica de Edgar Wright e Simon Pegg, recriaram o gênero e, em Chumbo Grosso, aproveitaram os clichês de filmes de ação para realizar um filme muito divertido.

Loucos de Amor (C.R.A.Z.Y.)
A versão brasileira do título até faz pensar que se trata de uma comédia romântica, mas esse filme canadense falado em francês é uma comédia dramática imperdível. Com um trilha sonora inspirada e um roteiro apaixonante, o longa narra a vida de cinco irmãos (o título original se refere às iniciais dos nomes de cada um), centrando-se em Zachary, o mais sensível e rebelde.

O Homem Duplo (A Scanner Darkly)
Philip K. Dick é autor de obras que já renderam clássicos da ficção científica como Blade Runner e Minority Report. Nessa ótima animação feita com atores reais (artistas desenharam digitalmente em cima de cenas filmadas), o afiado Richard Linklater conta com um grande time de profissionais do cinema e dos quadrinhos. E até em versão animada Robert Downey Jr. é deliciosamente cínico.

O Enigma de Outro Mundo (The Thing
Clássico de horror e ficção dos anos 80 do diretor John Carpenter, com efeitos especias e maquiagem que foram um marco para o cinema do gênero. No melhor estilo Alien, um grupo de cientistas norte-americanos na Antártida precisa enfrentar um misterioso ataque de algo que denominam “a coisa”: uma entidade que pode assumir a identidade de qualquer ser-vivo.

Terra Estrangeira 
Primeiro longa-metragem do premiado cineasta brasileiro Walter Salles, Terra Estrangeira conta com ótimas atuações e um roteiro dramático que prende a atenção do início ao fim, além da melancólica fotografia em preto-e-branco, que transforma Portugal em uma terra de sonhos perdidos. Essencial para compreender a retomada do cinema brasileiro na década de 90.

O Corte (Le Couperet
O tipo de filme ideal – ou não – para assistir em um período de crise econômica. Em 2005, Costa-Gavras dirigiu essa comédia de humor negro sobre um dedicado pai de família e CEO de uma empresa que é demitido e se dispõe a fazer de tudo para conquistar uma vaga semelhante e manter o padrão de vida. Espere por assassinatos e muitas situações e diálogos bizarros

Elsa & Fred – Um Amor de Paixão (Elsa Y Fred
É muito comum o cinema retratar as difereças entre um homem e uma mulher utilizando o gênero comédia romântica como grande chamariz. Mas em Elsa & Fred, não vemos um casal esbanjando juventude: a dupla principal é formada por dois idosos e a cidade de Madrid serve como pano de fundo para o improvável romance dos dois. A grande inspiração desse longa é A Doce Vida, de Fellini.

Paprika (Paprika
Uma das mais fantásticas animações a que já assisti, essa produção japonesa de ficção-científica é baseada em um romance do escritor Yasutaka Tsutsui. Paprika conta a história de uma máquina que permite aos terapeutas entrar no sonho dos pacientes. Mas, quando é roubada, uma série de mistérios começa a acontecer e a realidade se aproxima cada vez mais de um pesadelo.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Antonio vai às compras

Antonio empurrava suavemente o carrinho de supermercado e deslizava os sapatos macios cor caramelo pelo piso liso e brilhante da loja. O modo como conduzia as compras e movimentava as pernas magras atraiu olhares, alguns de deboche, outros de admiração. A sola do calçado parecia complementar o trabalho da faxineira, lustrando e fazendo refletir no chão as enormes lâmpadas esguias e fluorescentes.
Percorreu corredores com o mesmo movimento corporal, como um elegante patinador de gelo ilustrando o número de “O homem vai às compras” para uma bancada silenciosa de jurados sérios. Reduzia a velocidade ao encontrar algum produto na prateleira que deveria ir para o carrinho, deslizando em círculos ao organizar as compras dentro dele.
No setor de frutas, legumes e verduras, rodopiou ao dar o nó na sacola de batatas, fez malabarismo com as maçãs verdes e equilibrou uma abobrinha no queixo. A menina de vestido rosa e olhos e cabelos negros encarou Antonio com a boca aberta de surpresa. Havia sido arrastada pela mãe para fazer compras e detestava ter que acompanhá-la em todos os corredores, já que se demorava para concluir o afazer ao apalpar cada tomate e comparar as pêras mais perfumadas.
O patinador imaginário sorriu para a garota e sumiu de sua vista ao seguir para o caixa, oculto pelas grandes pirâmides de caixas de biscoitos amarelas e latas de refrigerante vermelhas.

terça-feira, 21 de abril de 2009

O troco

Nunca sofri muito com apelidos. Exceto na época em que jogava futebol no meio dos meninos e me saía bem. Essa época foi difícil. Já deve imaginar o que uma dupla de meninas mal-intencionadas (invejosas?) andou espalhando pela classe ao me ver brincando na boa com os colegas no recreio - a gente nem chamava de intervalo ainda. Só que eu tenho satisfação por ter dito o que achava de uma delas no meio de uma aula, na frente do professor de Ciências:

- Ué, você não fica falando que eu pareço menino?
- É porque você parece mesmo!
- E você parece biscate.

Lembro que quando disse isso, meu sangue ferveu, fiquei vermelha. O professor chamou meu nome e pensei: "Pronto, vou para a diretoria pela segunda vez na minha vida!". Mas não, ele só estava corrigindo um exercício e pediu a resposta correta. Foi um momento emocionante, porque alguns colegas me olharam com espanto e a menina calou a boca. A amiga tentou animá-la, dizendo "não parece, não", no entanto era inegável. Fulana usava shortinho e andava com peito e bunda empinados. Só porque eu me dava bem no futebol, tinha muitos amigos garotos e não suportava tipos como ela queria dizer que parecia menino? Que ótimo! Tive (e tenho) grandes amigos do sexo masculino e todos sempre me respeitaram muito. Jamais ouvi piadas sexistas envolvendo qualquer parte do meu corpo, inclusive o nariz.
No dia seguinte, a outra classe da mesma série já sabia da minha resposta. Algumas colegas vieram me parabenizar, e fiquei espantada, pois nem mesmo toquei no assunto com qualquer pessoa. Falaram que era aquilo que a Fulana merecia ouvir e que assim ela aprenderia e pararia de me encher. De certa forma, deu certo. O máximo que eu ouvi depois disso foi  "essa mulher é tão ridícula quanto a Garota". Explico: folheavam alguma revista adolescente e tinha uma foto do Brad Pitt com a então namorada, Gwyneth Paltrow. Senti-me lisonjeada por ser comparada a alguém tão ridícula quanto aquela atriz.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

A Arte do Ator

Rowan Atkinson é um gênio. É um dos criadores de Black Adder (série britânica estrelada por ele na década de 80 e que também revelou nomes como Hugh Laurie, Stephen Fry, Miranda Richardson, Colin Firth...), Mr. Bean e de ótimos shows de humor, como esse do video abaixo, gravado a partir de uma apresentação do ator no Teatro da Universidade de Boston. O esquete é um pouco longo (são oito minutos), mas vale muito a pena.


quarta-feira, 15 de abril de 2009

O que você mais gosta no blog?

Por mera curiosidade, resolvi dar continuidade à enquete no blog só para ter uma ideia sobre o que os leitores mais gostam de encontrar por aqui. E é incrível, pois, mais uma vez, o item mais votado ganhou de lavada (foi assim com o muso Mark Darcy, escolhido por 75% de quem lê o blog).
Digamos que me surpreendeu saber que 71% dos 35 votantes preferem os costumeiros listas, memes e tops. Já 17% gostam mais de relatos e opiniões. Com 8% dos votos, as crônicas não parecem agradar tanto os leitores – mas eu adoro escrevê-las! Da série... teve um voto, enquantos os videos zeraram (gosto de posta-los para saber se alguém divide a mesma opinião que eu sobre determinado assunto).

Aproveitei para finalmente colocar um contador (está lá embaixo, ao final da página), que mostra também como a maioria das pessoas chegam ao blog:
- Digitando o endereço
- Acessando pelo perfil no comentário
- Clicando nos links de outros blogs
- Clicando no link do Twitter
- Encontrando no Google

Em duas semanas, as pesquisas mais curiosas e bizarras de quem acessou o blog por meio de sites de busca (leia-se Google) foram as seguintes:
- Garota no hall [sou eu!]
- Alvares de Azevedo meu sonho masturbação [hum, aluno safadinho do ensino médio fazendo pesquisa sobre Literatura]
- Elenco halls a vida te provoca [é o comercial do Halls ou o quê?]
- Rafael Cortez fuma [não sei, pergunte para ele]
- Peludas petropolitanas [minha nossa, só porque fui para Petrópolis meu blog apareceu na pequisa?]
- Sexocafe [junte os dois e terá uma mistura explosiva]
- Frases de uma grande garota [estou tão lisonjeada]
- vestiu de menino [sim, foi a Catarina da minha crônica]
- meninas metendo que foram proibidas na internet [sem comentários]
- Tas ma hall [Ou o Marcelo Tas tem outro sobrenome ou a pesquisa pretendida era Taj Mahal]
- Como ir ao cinema com uma garota [convida ela, ué!]
- Frases de uma garota [se chegou ao meu blog, é porque a pesquisa deu certo]
- Garoto de 14 comendo a mãe [como existe depravado nesse mundo. Mas me pergunto: o que meu blog tem a ver com isso?]
- Hulk vs monstro bem esquisito [pesquisa simples e objetiva]
- coisas que me lembram o passado [a minha lista nostálgica deve ter aparecido. Agora, se foi lida já é outra história…]
- Cena que Seth diz que faria tudo novamente [momento em que sempre choro quando assisto a Cidade dos Anjos]
- Tchau pra uma garota [depende, se ela for especial tem que ser mais caloroso]
- Figurino de neon [quando li isso pensei imediatamente em algo do tipo “Priscila, a Rainha do Deserto”]

terça-feira, 14 de abril de 2009

Aula de direção

O pai subia a rua com o Monza devagar, pois o morro era enorme e o motor sofria se acelerasse um pouco mais. Os vidros dos bancos da frente estavam abertos até o fim para ventilar um pouco dentro do carro cheio de crianças naquela noite quente de dezembro. A filha e os sobrinhos falavam animadamente sobre qualquer assunto, mas geralmente era alguma invenção de apelido para um pedestre distraído que chamasse a atenção, fosse pela careca, bigode, calça larga ou corpo encurvado.

- Regula o banco e coloca o cinto, são as primeiras coisas.
- Espera que o banco tá meio emperrado. Pronto. Acho que tá bom.

Quando o carro chegava ao topo, gritos infantis preenchiam o pequeno e apertado ambiente interno, alguns escapando pela janela e chamando a atenção de um ou outro passante. Lá em cima, o carro se preparava para descer com velocidade.

- Veja a marcha como está. Tá certo aí? E o freio de mão?
- Sim, tudo certo.
- Agora liga a chave com cuidado.

Ao descer a rua, um vento agradável invadia o carro e refrescava o calor intenso. Os cabelos bagunçavam e os gritos se intensificavam quando um buraco ou outro era atropelado pelo pneu, provocando solavancos e risadas involuntárias.

- Pode engatar a primeira e soltar o freio de mão. Olha a embreagem!
- Ai, isso aqui é complicado. Não sei se levo jeito.
- É questão de treino, de prática.
- Tá dando solavanco.
- Isso aí é normal no começo.

Quando chegava ao final do passeio, as crianças pediam mais. Sentiam-se como em uma montanha-russa, embora nenhuma delas jamais tivesse ido ao brinquedo. O pai dizia que no dia seguinte os levaria de novo, todos precisavam voltar para casa e dormir para que no dia seguinte tivessem disposição para curtir.

- Quando eu via meu pai dirigir não achava tão difícil.
- É preciso calma e paciência.
- Quando vai ser a baliza?
- Só mais para frente, não precisa se preocupar com isso agora.
- Ah tá… - e franziu a sobrancelha pensando no que estava por vir.


sexta-feira, 10 de abril de 2009

Da série...

...Não se faz mais homens como antigamente

Alain Delon

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Hora de fazer "hum"

(ou dez personagens das séries de TV que eu adoraria encontrar por aí)

Adam Monroe/Takezo Kensei (David Anders) – Heroes 
Cool? É britânico, fala japonês fluentemente e é praticamente imortal.
Por que ele? Está certo que Adam Monroe não é um amor de pessoa, mas quando está apaixonado, é para valer: Fará de tudo para não perder a amada. Além disso, é uma fábrica de charme.

Bret (Bret McKenzie) – Flight of the Conchords 
Cool? É membro da dupla folk neozelandesa Flight of the Conchords.
Por que ele? Não liga para o que pensam sobre ele e a banda – não gosta nem do Flight of the Conchords. Não toma atitudes precipitadas, é desligado, super-fofo e canta bem.


Dennis Reynolds (Glenn Howerton) – It’s Always Sunny in Philadelphia 
Cool? É dono de um bar e não perde a oportunidade de se dar bem.
Por que ele? O mais charmoso da gangue, é também o mais inteligente e bonito. É alto, tem cabelos escuros e olhos azuis, já chama a atenção pelo quesito físico.


Dexter Morgan (Michael C. Hall) – Dexter 
Cool? É um justiceiro, embora seus métodos sejam questionáveis.
Por que ele? Dexter é bonito, sexy e discreto (até demais, eu diria). Apesar da tendência homicida, ele utiliza o desequilíbrio emocional apenas em quem merece: assassinos, estupradores…

Dr. Gregory House (Hugh Laurie) – House 
Cool? É o maior especialista em diagnósticos do mundo e se veste bem.
Por que ele? E por que não? Ranzinza, mal-humorado, sarcástico e egoísta, no fundo House é uma boa pessoa. Quando fica sem palavras e levanta as sobrancelhas, tá mansinho.


Cool? Nerd de óculos e sexy, é o mais normal do quarteto intelectual.
Por que ele? Eu não faria piadas sobre a altura de Leonard, já que também sou baixa, nem sobre suas pesquisas fracassadas, uma vez que não sou cientista. E aquela sobrancelha sexy, minha nossa!

Ned (Lee Pace) – Pushing Daisies 
Cool? Tem o poder de ressucitar seres com um simples toque.
Por que ele? Ned faz as tortas mais deliciosas do mundo. E homem que cozinha bem merece todo o respeito. Fora que ele é lindo, fofo e fica muito bem de avental.

Cool? O herói que “empresta” os superpoderes dos colegas.
Por que ele? O Peter é o personagem mais almofadinha da série, um idealista que não mede esforços para salvar o mundo. Fora que aquela boquinha dele é tão bonitinha!

Dr. Robert Chase (Jesse Spencer) – House 
Cool? É australiano e tem cara de quem não dá a minima.
Por que ele? Dr. Chase não é Dr. House, mas algumas de suas atitudes beiram a arrogância e o sarcasmo. É jovem, persistente, bem-sucedido, lindo e maravilhoso. O resto é lucro.

Cool? Finge – e bem – ser vidente para poder trabalhar como detetive.
Por que ele? Shawn é aquele típico cara bonito, engraçado, divertido e galanteador que nunca consegue se dar bem com as mulheres. Talvez só eu o levaria a sério.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Ligação

Três semanas depois…
- Alô, por favor a Mônica?
- É ela.
- Oi, tudo bem? Sabe quem é?
- …
- O Bruno, da balada. A gente se conheceu há três semanas. Não sei se ainda se lembra.

“Nossa, me ligando hoje, onze e meia da noite no sábado…”

- Lembro sim, você foi embora antes porque seu amigo estava passando mal.
- Isso. Estou te ligando porque te achei muito gatinha, nosso papo foi legal.

“Foi tão bom que me liga três semanas depois.”

- Hã…
- Então, estou com uns amigos aqui em casa e queria que você viesse.

“Ai ai…”

- Hum, tá tarde né?
- Quer que eu passe na sua casa para te buscar?
- É que não estou muito bem para sair hoje, acordei cedo e fiz um monte de coisa… vou dormir daqui a pouco.
- Eu queria te ver, te dar uns beijos…

“Se eu estivesse carente, seria uma boa. Mas não é o caso.”

- Acho melhor a gente marcar para se ver em um outro dia, com mais antecedência, mais cedo. Daí é melhor para mim, entende?
- Sim, estou com seu telefone aqui e te ligo um outro dia, então.

“Contanto que não seja daqui a outras três semanas, quando eu estiver viajando…”

- Está bem.
- Tchau, beijo.
- Tchau, beijo.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

6 coisas sobre mim…

… que resolvi listar na falta do que fazer.

1. Criar diálogos mentalmente
Falo relativamente pouco. Falar muito mesmo, só se for sozinha (ou após alguma bebidinha). Mas não confunda essa mania com algum surto psicótico: a conversa é mental, como se os dois “eus” discutissem algum assunto. Ou ainda, recrio outra pessoa imaginativamente e discorro sobre o que ela pensaria sobre determinado assunto. Essa estratégia já resultou em muitos textos publicados por aqui.

2. Dormir com edredom mesmo em dias quentes
Uma das maiores dificuldades que enfrento quando durmo fora, além do incômodo que um travesseiro diferente me causa, é a ausência de um edredom. Não durmo bem com cobertas, prefiro mesmo um edredom macio e aconchegante. Nos dias quentes, ele serve para poder abraçá-lo e dar a sensação de segurança quando tenho a impressão de que algum inseto está por perto.

3. Não ter habilidades manuais
Eu sofria nas aulas de educação artística, pois a minha criatividade nunca conseguia ser expressa em desenhos, pinturas e dobraduras. Eu imaginava coisas belíssimas e não conseguia retratá-las artisticamente. O jeito foi aprimorar a escrita e a linguagem para expressar tudo aquilo que estava tão claro em minha mente.

4. Ser tímida e incapaz de flertar
Não chego a ser uma sociopata, mas não gosto muito de pessoas. Adoro dançar na pista de olhos fechados como se ninguém estivesse me encarando. E se noto algum tipo de interesse alheio, na maior parte das vezes minha reação será fingir que não percebi. Assim, além de poupar minha inabilidade de manter um diálogo com alguém que nunca vi, poupo aquela típica sequência de perguntas “nome-idade-onde-mora-o-que-faz-já-veio-aqui-?”.

5. Rir de coisas bestas ou em momentos inoportunos
Sabe aquela cena de um filme no cinema que só um sujeito acha graça e ri? Já experienciei isso algumas vezes. Também me pego rindo ao assistir Mr. Bean pela centésima vez ou antes mesmo de Leonard bater com a cara na porta em um episódio de The Big Bang Theory. Em ônibus lotado, o constrangimento de ser apertada e não poder fazer nada me arranca risos, assim como o final de Marley & Eu, quando a sala inteira soluça e funga de tanta emoção.

6. Detestar cebola
Eu tenho a mesma mania desde a infância: se tem cebola na comida, separo o máximo que puder e enfeito a beirada do prato. Algumas saladas, como tabule – que eu gosto bastante – levam obrigatoriamente cebola crua, e se ela estiver bem picada e sem exagero de quantidade, acabo nem ligando tanto. Já vinagrete, fujo dele.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

O muso oficial é...

Resolvi terminar a votação do muso oficial do blog bem antes dos 100 votos pretendidos: fechei a enquete com 57 votos. Afinal, o primeiro colocado, com mais de 70% de preferência, atraiu desde o início a maioria absoluta dos cliques e dificilmente seria ameaçado. Resultados abaixo:

Muso oficial do Garota no hall: Mark Darcy
43 votos/75%
O personagem criado pela jornalista e escritora inglesa Helen Fielding habita o imaginário de muitas mulheres. Personificado por Colin Firth nos filmes O Diário de Bridget Jones e Bridget Jones: No Limite da Razão, Mark Darcy é o tipo de homem que uma mulher jamais vai encontrar. Só mesmo na forma de muso…

Com 4 votos (7%), a segunda posição vai para Marco Luque, do CQC. Quatro candidatos ficaram com o terceiro lugar, todos com 2 votos (3%). São eles: Charlie Kaufman, Robert Downey Jr., Dr. Gregory House (House) e Leonard Hofstatder (The Big Bang Theory). Com um voto apenas, o músico Ben Folds e Sheldon Cooper (The Big Bang Theory). Bret McKenzie (Flight of the Conchords) e Felipe Andreoli (CQC) foram totalmente desprezados e não receberam nem um voto de misericórdia.

A próxima enquete já está online: O que você mais gosta no blog? Dê a sua opinião.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Interpretando o presente do beija-flor

Eu já gostei de Natiruts, mas foi bem antes, quando a banda atendia pelo nome Nativus. Naquela época – final dos anos 90 – eu curtia música de modinha, como algumas coisas que rolavam no Disk MTV. Acho que fui mais uma daquelas adolescentes que teve o gosto moldado pela Music Television Brasileira. Vejamos, a maioria das bandas “clássicas” que gosto (ou já gostei), conheci pelas paradas de sucesso da emissora: Oasis, Green Day, Foo Fighters, Wallflowers, Blur, Pato Fu…
Porém, não quero simplesmente escrever sobre meu passado musical (como diria o nostálgico Bill McNeal, de NewsRadio, “good times, good times…” [suspiro]). É que toda vez que ouço Presente de um Beija-Flor, do Natiruts, e presto atenção na letra, me pergunto, do início ao fim, por quê a elegi na época como uma das minhas preferidas. Vamos aos versos:

Beija-flor que trouxe meu amor
Voou e foi embora
Olha só como é lindo meu amor
Estou feliz agora

Rima pobre: embora/agora. Pelo menos não rimou amor com dor – preferiu repetir a palavra na falta de uma ideia melhor.

Veja só a névoa branca que sai de trás do bambuzal
Será que ela me faz bem ou será que me faz mal

OK. Tem uns maconheiros fumando lá atrás e o cara está na dúvida se deve fumar um beck também ou não. Ele tem medo de passar mal – tossir, vomitar… sei lá!

Eu vou surfar no céu azul de nuvens doidas
Da capital do meu país
Pra ver se esqueço da pobreza e violência
Que deixa o meu povo infeliz

Pelo jeito, o cara fumou mesmo e viajou legal nas nuvens doidas de Brasília. Mas foi por uma causa nobre: ele queria esquecer aquilo que deixa o povo infeliz. Ou seja: ao invés de ajudar o próximo, fume uma maconha para esquecer os problemas deles.

E a menina que um dia por acaso veio me dizer
Que não gostava de meninos tão largados
Que tocam reggae e MPB
Mas isso é coisa tão banal perto da beleza do Planalto Central
E das pessoas que fazem do Cerrado
O habitat quase ideal

Esses são os piores versos da música e merecem atenção especial: A menina não gosta de caras que se vestem e se parecem com mendigos, além falarem como eles (os tais “meninos tão largados que tocam reggae e MPB”). Só que ela é criticada por isso – expressa a opinião para o cara, que é um desses regueiros convencidos que não lava o cabelo, provavelmente depois de dar um for a nele. Ofendido, ele compara a banalidade da atitude dela… à beleza do Planalto Central e dos habitantes do Cerrado? Lembrando que o último ainda não é um lugar ideal para viver.

Agradeço por estar aqui
Manifestar a emoção
E colocar minhas idéias, sentimentos em forma de canção
Agradeço por poder cantar
E ver você ouvir
E tentar entender essa mensagem

Que eu quero transmitir

Quais ideias? Qual mensagem? Desculpe-me, mas é impossível entender a mensagem, uma vez que ela não existe.

Fim de ano vou embora de Brasília que é pra eu ver o mar
Mas diz pra mãe lá pro final de fevereiro é que eu vou voltar
Que é pra surfar no céu azul de nuvens doidas
Da capital do meu país
Pra ver se esqueço da pobreza e violência
Que deixa o meu povo infeliz

Daí, o cara decide ir embora de Brasília só pra ver o mar (sei, sei), sem ao menos se despedir da mãe. O resto, não entendi: ele estava sem ideia e quis repetir o verso lá de cima ou o quê? Eu sei, decepcionante a análise terminar dessa maneira, tão ruim quanto a música.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Teste conchordiano

Which Flight of the Conchords Song Are You?

Both: The distant future
The distant future
J: It is the distant future
The year 2000
B: We are robots
J: The world is very different ever since the robot uprising of the mid-90s.
There is no more unhappiness.
B: Affirmative
J: We no longer say yes. Instead we say affirmative.
B: Affirmative
J: Unless its a more colloquial situation with a few robo-friends.
J: There is only one kind of dance, the robot
B: And the robo-boogie
J: Oh yes. Two kinds of dances.
Both: Finally, robotic beings rule the world
The humans are dead
The humans are dead
We used poisonous gases
And we poisoned there asses
B: The humans are dead
J: Thats right they are dead
B: The humans are dead
J: They look like theyre dead
B: It had to be done
J: Ill just confirm that theyre dead
B: So that we could have fun
J: Affirmative. I poked one. It was dead.