domingo, 28 de outubro de 2012

Instachatos

Não tenho absolutamente nada contra o Instagram nem o uso do aplicativo. Mas (sempre a conjunção de três letras) o que irrita é sua má utilização, que inclusive gera uma série de piadas entre os usuários de redes sociais, Por exemplo, tirar foto da comida e postar como uma forma de exibição, não para dizer algo como "veja só como é tal prato do restaurante X, eu recomendo". Ao invés disso, o papo é simplesmente "olha só o que eu estou comendo e vocês não!". Aliás, tirar foto de comida de restaurante é fácil... difícil é ir pro fogão preparar alguma coisa legal e compartilhar a proeza.
Outra mania boboca é o tal do "look do dia", uma das coisas mais narcisistas já criadas. Quer dizer que a pessoa se arruma toda só para se mostrar e se sentir o máximo com os comentários elogiosos? Ou acaba de comprar qualquer treco estilo Coisas Geniais e já posta para (se) mostrar.
O bacana das redes sociais é compartilhar conteúdo e, claro, um pouquinho de um dia surpreendente - uma vez ou outra, porque esse negócio de compartilhar o dia a dia é coisa de quem tem a vida muito interessante ou é carente mesmo. E isso lembra outro aplicativo que já nasceu com fama de chato: Foursquare - que eu carinhosamente chamo de Forsquared, porque tem que ser muito "quadrado" para achar que todo mundo está preocupado com o lugar onde você está. Ui, sério que está tomando aquilo que chamam de café no Starbucks? Que inveja!
Bem sei que já tive minhas fases de fazer questão de compartilhar em redes sociais acontecimentos pessoais que só interessariam de fato a meia dúzia de pessoas, mas com nossos erros a gente acaba aprendendo que nem todo mundo rotulado como "amigo"  no Facebook e (muito menos) no Twitter quer saber o que você almoçou ou o que fez na tarde de domingo. Muito mais útil é descobrir lugares e atividades novas e montar um pequeno guia despretensioso com indicações. Afinal, você pode tirar a sua foto e manipulá-la facilmente no Instagram para parecer cool. Ou fazer check-in numa confeitaria cara e só experimentar o doce mais barato - que no fim das contas nem é tão bom assim.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Mais notas cinematográficas

Os Acompanhantes: Apesar da presença de Kevin Kline e Paul Dano, não consegue explorar todo seu potencial, prometendo mais do que entrega. Faltou um algo a mais, como ousadia e diálogos afiados.

Os Homens que Encaravam as Cabras: Um dos filmes mais bobos que vi este ano (em tempo: é de 2009), com um elenco desperdiçado em uma história pretensiosamente cômica, mas que no fim acaba provocando uma ou duas risadas bem leves.

Não somos anjos: Filme de 1989 estrelado por Robert De Niro e Sean Penn, com direção irregular de Neil Jordan. O que mais surpreende é ver John C. Reilly 20 anos mais novo e Demi Moore erroneamente escolhida para um papel que nada tem a ver com sua falta de talento. O original (1955), com Humphrey Bogart e Peter Ustinov, é melhor.

Um Lugar Qualquer: Um filme que tinha grande potencial para eu não gostar - uma história vazia escrita e dirigida pela insossa Sofia Coppola -, mas que afinal se revelou uma boa obra. Digamos que achei melhor do que a encomenda.

Os Infiéis: Jean Dujardin não carrega um filme irregular nas costas, nem acompanhado por Gilles Lellouche. Previsível e exagerado, tem ótimos momentos que, por fim, acabam compensando a falta de criatividade de algumas histórias.

O Fantástico Mundo do Dr. Kellog: Sim, o sujeito de deu nome à famosa marca de cereais. Não se trata de uma biografia, mas de uma interpretação fantasiosa do excêntrico Dr. John Harvey Kellog, vivido por um caricato Anthony Hopkins. No fim das contas, quem roubam as cenas são John Cusack e Dana Carvey.

A Outra Terra: Drama indie filosofal que peca por cair nas armadilhas do gênero - abarrotado de clichês, como personagens com problemas que seriam melhor resolvidos se fossem mais sinceros uns com os outros. Ainda assim, vale uma olhada.

New York, New York: Musical de Martin Scorsese que começa perfeitamente bem, com Liza Minnelli inspiradíssima e Robert De Niro sendo ele mesmo a maior parte do tempo. Pena que faltando um quarto para terminar exagere no tom melodramático e acabe se tornando mais longo do que deveria.

Kids in the hall - Brain Candy: O quinteto de humor canadense que inspirou o nome deste blog em uma comédia estranha e não tão engraçada quanto suas geniais esquetes do programa de TV. Porém, para quem conhece a carreira do grupo, é impossível não rir das situações surreais que o filme apresenta.

O Elo Perdido: OK, eu sabia que era ruim, mas mesmo assim assisti por causa do Will Ferrell. Mas é um filme ruim assistível, que fique claro.

Passenger Side: Dramédia indie que só assisti pela presença de Adam Scott, mas acabei descobrindo Joel Bissonnette. Não se desenvolve da maneira que eu esperava e tem um final bastante previsível, mas tem lá seu charme.

A Mulher de Preto: Suspense que você espera até o último minuto para ver se funciona, mas é tão fraco quanto a atuação de Daniel "Harry Potter" Radcliffe.

Código de Honra: No mesmo estilo de Sociedade dos Poetas Mortos - mas com uma história bem diferente -, vale para ver Matt Damon, Chris O'Donnell, Brendan Fraser e Ben Affleck jovenzinhos. O enredo cai no clichê usual de filmes sobre preconceito e intolerância.

O Homem que Mudou o Jogo: Outro filme com o mesmo efeito de Um Lugar Qualquer - não esperava que fosse gostar, mas no final se revelou surpreendentemente bom (embora aquela penca de indicações ao Oscar tenha sido puro exagero).

A Longa Viagem de Volta: John Ford, um diretor que há cerca de seis meses eu conhecia pouquíssimo, entrou na minha lista de cineastas admiráveis. Aqui, ele deixa o western de lado, sem esquecer o parceiro John Wayne, para uma aventura cruzando o Atlântico sob a sombra da Segunda Grande Guerra. 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Da série...

...Quero pegar no colo e não soltar mais



Joe Anderson

domingo, 21 de outubro de 2012

O primeiro festival...

Kasabian: ausência sentida
... a gente nunca esquece. Mesmo que a banda responsável por você ter desembolsado um valor considerável para comprar o ingresso tenha cancelado um dia antes do show. Sergio Pizzorno, guitarrista do Kasabian (na foto, o segundo da direita para a esquerda), ficou muito doente e não pôde nem embarcar para a América do Sul. Além de perder uma das bandas britânicas mais legais da atualidade, meu lado groupie ficou desapontado. Mas vamos ao que interessa: as bandas e artistas que consegui ver no Planeta Terra.

Best Coast: legal
Chegando
A estação Butantã é uma dádiva. A quinze minutos do Jockey Club, me fez economizar tempo e dinheiro para ir e voltar. Chegando ao festival, Mallu Magalhães estava no meio da apresentação. Eu respeito que ela seja uma artista jovem que compõe, canta e toca vários instrumentos, mas suas músicas são muito chatas. Depois dela, no palco principal, foi a vez do Best Coast, dupla californiana com um som que lembra bastante Weezer e Nada Surf. É bem legal e tem estilo de música de trilha sonora de filme adolescente, mas depois da metade do show cansa um pouco e parece tudo igual.

The Maccabees: legal 2
Cinco caras gatos
Corri para o palco indie conferir The Maccabes, banda que ouvia mais no início, em 2007. A primeira coisa que me chamou a atenção é como são gatos, minha nossa! O repertório e a apresentação foram muito bons, e os integrantes estavam tão entusiasmados quanto o público. Compensou a cover meia boca que fizeram de uma música do Black Keys (e não tocaram, ainda bem).


Suede: só nos clássicos
Veteranos
O Suede fez uma apresentação eficiente, com seu britpop revigorado. Brett Anderson não é mais aquele jovem quase andrógino dos anos 1990, mas o jeans continua apertado. Foi um show para ouvir hits como Can't Get Enough, Animal Nitrate e, claro, Beautiful Ones. O show seguinte foi do Garbage. Não sendo fã da banda, quis dar uma chance e, caso não curtisse, iria para o palco indie ver The Drums. Não deu outra: Shirley Manson começou a cantar um rap na terceira música e eu me mandei.

The Drums: despretensioso e dançante
The End
Tinha ouvido apenas uma música do The Drums, que foi suficiente para me fazer querer vê-los ao vivo. Foi um show bem dançante, despretensioso e divertido. Quando acabou, já estava muito cansada e queria ir embora, mas bateu a curiosidade de ver pelo menos o começo do Kings of Leon - banda que acho bastante chata. A única que queria ouvir, Molly's Chambers, abriu o show, e eu vi mais duas músicas antes de deixar o Jockey Club e ir para casa. Mas o que mais impressionou foi constatar como o vocalista Caleb Followill envelheceu em tão pouco tempo: sua imagem no telão mostrou a calvície avançada e uma cara de cansaço. Os irmãos dele, ao menos, continuam bonitos.

domingo, 14 de outubro de 2012

O último/ A última...

... filme visto: Nashville
... filme visto no cinema: Ruby Sparks
... episódio de série visto: S02E19 (Bitch Session), de NewsRadio
... álbum escutado: Lawrence of Arabia (trilha do filme) 
... música escutada: Alguma do System of a Down (alguém em casa gosta e estou ouvindo por tabela, eca!)
... exposição visitada: Observadores: fotógrafos da cena britânica desde 1930 até hoje, no Fiesp
... DVDs comprados: dos filmes O Artista e Primavera Para Hitler
... ataque de ansiedade: para comprar o ingresso do show do Black Keys no Lollapalooza
... contagem regressiva: para ver o show do Kasabian no Planeta Terra
... aventura culinária na cozinha: Suflê de abobrinha, beterraba e queijo


domingo, 7 de outubro de 2012

Desafio musical - parte 42

206) Uma música para quando tudo dá certo: Kool & The Gang, Celebrate
Mais óbvio impossível!

207) Uma música para fazer exercícios fisicos: Michael Sembello, Maniac
Não lembro nada do filme, mas para mim essa música sempre remete a academia.


208) Uma música para esvaziar uma pista de dança: Qualquer uma do Smiths
Não é nem pelo fato de eu não ser chegada na banda, mas as músicas não tem NADA a ver com pista de dança - e os DJs de baladas "indies" insistem porque não conhecem outra coisa.


209) Uma música que fale de seres de outros planetas: Elis Regina, Alô Alô Marciano
Precisa explicar?


210) Uma música para competir: Queen, We Will Rock You
E toca em todo jogo de vôlei.