Será que sou tão complicada assim? Talvez seja menos do que eu mesma imagino. Várias coisas já me fizeram (re)descobrir meus anseios - e devaneios. E quando brinco que nasci na época errada, não estou brincando tanto assim.
Sei que idealizo muito o tempo que passou, construindo o amante como um cavalheiro romântico - algo bem diferente do príncipe encantado que algumas pessoas podem entender que eu esteja me referindo. A vida, no sentido amplo da palavra, jamais foi um musical com final feliz. Tão pouco uma provação cheia de obstáculos para o herói ultrapassar e provar seu amor pela donzela.
Não só a literatura e o cinema de outrora refletem aquilo que eu gostaria. Um pedaço do agora exprime, em versos tão simples e belos que me arrancam suspiros e quase me fazem chorar, sentimentos capazes de amolecer o coração e desprender os pés do chão.
"I'm underneath your window now - it's long after the birds have gone to roost
And I'm not sure if I'm singing for the love of it or for the love of you
But I've flown a long way, honey, hear my confession then I'll go
I'd rather be the one who loves than to be loved and never even know"
(Josh Ritter - Snow Is Gone)
Sei que o autor dos versos acima também nasceu na época errada. Só pode ser isso.
"There's a friend that I have
And for her I'll go back
You see all of these empties that I'm holding
They're too much for a man
Empty arms, empty hands
And she'll know me by the sound of my hoping"
(Josh Ritter - Empty Hearts)
E esses óculos, hein? OK, é só para falar das músicas...
Eu poderia enumerar uma estrofe de cada canção desse jovem artista para justificar porque me sinto como uma adolescente apaixonada toda vez que o ouço. Até mesmo quando as composições são de outros músicos, a sinceridade na interpretação é tão grande que me derrete.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
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