Já consegui um emprego. Comecei a trabalhar essa semana. Era a última meta da minha lista imaginária para 2010. Bem que poderia terminar melhor - e terminou. Meu fim de ano ainda vai ser apertado, mas meu cérebro já começa a coçar querendo que eu já esboce algum plano ambicioso para 2011. Ainda acho muito cedo para isso. Se é para ser ambicioso de verdade, melhor que seja para 2012. Mas 2012 estão tão longe... e 2011 estão tão perto!
É o que dizem: viajar vicia. Você se cansa durante a viagem, às vezes sente saudade da cama macia e do travesseiro; quer usar o computador quando não pode; passa por um barzinho e pensa em como seria bom se seus amigos estivessem ali com você para conversar e tomar uma bebida. Daí, visita um museu sozinha e vai embora na hora que quer; levanta da cama sem planos e percorre ruas e admira paisagens; conhece pessoas que estão na mesma situação que você e troca ideias. Tudo vale a pena, até a pequena roubada em que se meteu.
Num segundo da sua vida, você pensa que é bastante jovem e deve fazer o que deseja. Um piscar de olhos depois, você se preocupa por achar que talvez não tenha tempo suficiente para tudo aquilo que desejaria. Mais tarde, percebe como as coisas mais simples dão prazer e que não precisa percorrer milhas para estar satisfeita consigo mesma. Não é conformismo, é uma constatação.
Os desejos ainda estão lá, as lembranças também. Eles se entrelaçam para idealizar um dia mais brilhante num futuro, enquanto o presente garante surpresas simples, porém agradáveis. Haverá dias de baixa autoestima. Haverá dias de pequenos prazeres. Haverá dias como quaisquer outros dias. Haverá lápis para escrever uma história e borracha para apagá-la, se assim convir. Ou senão, caneta para torná-la ainda mais forte. Quem consegue dizer o que virá? E quem disse que eu quero saber?
2 comentários:
Gostei, bela reflexão. :)
Putz...GENIAL!..Odeio fazer coentários assim, vazio, mas o texto já tem tudo escrito...é isso!... Genial!...
Postar um comentário