segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Da série...

...Quero pegar no colo e não soltar mais


Jason Bateman

domingo, 27 de fevereiro de 2011

(Mais) notas cinematográficas

Entre os muros da escola
- Excelente drama francês, filmado de forma parecida a um documentário, que mostra o dia a dia de uma escola do subúrbio de Paris, principalmente as aulas do professor François e seu relacionamento com os alunos.
- Um dia peguei esse filme passando na TV, num sábado à noite, mas já tinha começado. Eu me envolvi tanto com ele que peguei o DVD para vê-lo inteiro.
- Entraria fácil na minha lista de filmes preferidos dos anos 2001-2010.


Bravura Indômita
- Cinema poético de faroeste.
- Altas expectativas para ver esse filme. Felizmente o resultado foi alta satisfação.
- Hailee Steinfeld desponta como a melhor jovem revelação do cinema hollywoodiano desde Haley Joel Osment. Só espero que sua carreira tenha um rumo diferente.
- Matt Damon deveria ter sido indicado a melhor ator coadjuvante por este filme, e não por Invictus.
- Jeff Bridges é um ator que eu gostaria de ver em outros filmes dos irmãos Coen. A parceria anterior foi em O Grande Lebowski


O Discurso do Rei
- Só de saber que tinha Colin Firth e Geoffrey Rush no elenco, eu me senti na obrigação de assistir.
- Parece uma daquelas produções para TV da BBC. A explicação é que o diretor, Tom Hooper, já dirigiu várias séries e minisséries britânicas.
- O que realmente chama a atenção neste filme são as atuações. 
- Consegue manter o ritmo ao longo da projeção: Quando você pensa que vai ficar monótono, algum evento da trama dá andamento à história.


The Runaways
- A trilha é muito boa, mas o roteiro poderia ser melhor.
- É um daqueles filmes que você esquece que assistiu. O visual é bem bacana e a premissa empolga, mas do meio para o fim, o longa desanda.


Força Policial
- Vejamos: Edward Norton e Colin Farrell como dois policiais numa Nova York corrupta. A trama não é original, mas até que funciona graças a um ou outro artifício na história.
- Na mesma linha, prefira Os Donos da Noite.


Os Imorais
- Os nomes por trás deste filme, lançado em 1990 já valem uma espiada: Martin Scorsese (produção), Stephen Frears (direção), Anjelica Huston, John Cusack e Annette Bening.
- Tem um dos finais mais "WTF" que eu já vi.


Spider
- Não é um filme muito fácil de assistir, assim como outros de David Cronenberg, mas vale muito a pena.
- Ralph Fiennes, Miranda Richardson e Gabriel Byrne - três dos maiores atores britânicos da atualidade - são os principais protagonistas.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Minha experiência com tremores

Recebi da minha mãe, na manhã de terça-feira, a notícia de que havia ocorrido um forte terremoto em Christchurch, Nova Zelândia. Fiquei triste, mas não surpresa. No início de setembro do ano passado (um mês antes de eu ir pra lá), já havia acontecido o que eles chamam de "the big one": o grande terremoto, de 7.1. Um dia, conversando com a mãe da casa onde fiquei, ela disse que estavam prevendo outro forte tremor. Quando fiz aquela cara de assustada, ela simplesmente me acalmou:
- Não se preocupe, você já terá ido embora.
Então fiquei com essa conversa na cabeça, relembrando de vez em quando e pensando em quando poderia acontecer essa outra tragédia. E admito que ocorreu bem antes do que eu imaginava.


Cheguei em Christchurch no dia 2 de outubro. No dia seguinte, fiz meu primeiro passeio pelo centro, sozinha e com meu guia turístico na mão - comprei um mapa na primeira livraria que vi. Pensei que fosse encontrar uma cidade mais abalada por causa do "big one", mas havia menos edifícios e imóveis interditados do que eu imaginava. As ruas estavam mais bem cuidadas do que a Augusta, nos Jardins (área nobre de São Paulo). Em um mês, a cidade havia se recuperado bem.
No dia 4, uma noite de segunda-feira, eu estava quase dormindo quando ouvi um barulho forte e minha cama começou a tremer. Os cabides de metal chacoalhavam e eu fiquei paralisada: não sabia se saía do quarto ou se permanecia na cama. Era uma réplica de 5.0, seguida por uma mais branda, e ninguém na casa pareceu se importar muito. A partir desse dia, passei a ter um sono bem mais leve.
Daí as réplicas (ou "aftershocks") viraram parte da rotina. Algumas vezes eu nem sentia, só ouvia a mãe perguntar se eu tinha sentido durante o dia ou de madrugada. Eu lembro mesmo dos tremores mais marcantes, como um que ocorreu durante a aula de inglês e a professora falou para a gente ficar embaixo das mesas. Eu comecei a rir... de nervosismo, claro. Afinal, o que umas mesinhas de madeira iriam fazer se fosse mais forte? Estávamos no quinto andar do prédio!
Em outra ocasião, eu estava no laboratório de informática e até mandei um tweet "ao vivo" contando que tinha acabado de sentir um tremor. Ah, lembrei de outro, que aconteceu no meio de uma aula, mas foi até leve.
O último "aftershock" que senti foi numa tarde de domingo, descendo a escada da galeria de arte. Paralisei, como todo mundo. A porta, de ferro e vidro, fez um barulho alto, mas nenhum quadro ficou fora do lugar. Acho.


Agora, a parte estranha: quando voltei ao Brasil, fiquei muito sensível em relação a tremores. Explico: onde moro, qualquer ônibus e caminhão que passa em uma rua próxima faz até a janela dar uma tremidinha. Antes, eu nem ligava, quase não percebia. Depois, cada veículo grande que passa parece um terremoto.
Outra estranheza? Domingo estava dormindo e senti que tinha alguma coisa balançando minha cama. Acordei assustada e não era nada. Menos de dois dias depois, me deparo com a notícia do terremoto de 6.3. Melhor nem comentar.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Esse tal de Óscar

Este ano, talvez eu consiga ver seis dos filmes indicados ao Oscar antes da premiação acontecer ("talvez" porque não sei se essa semana vai dar para ver mais um). Por mim, tudo bem. Dos dez indicados do ano passado, não vi três deles até hoje. Puro esquecimento. Ou vontade de ver outros filmes no lugar.
Apesar de me esforçar para assistir à tal cerimônia do início ao fim, por pura curiosidade ou para torcer a favor/contra alguém, não dou tanta relevância ao prêmio. Claro, rola aquele interesse em assistir algum premiado ou mesmo indicado que eu não conheça, mas daí revejo uma lista com os últimimos 20 filmes contemplados e noto que nunca vi seis e não dou a mínima para oito oscarizados assistidos. Ou seja: dos 20, só seis mereceram meu crédito.
Pelo menos o Oscar consegue ser mais relevante, para mim, do que o Grammy ou Globo de Ouro. De resto, é só glamour e uma certa breguice mesclada com sentimentalismo. Mas fazer o quê: cresci achando o Oscar o máximo, agora é tarde demais para ignorá-lo por completo.

Sobre a autora: Dá uma de blasé, mas sempre fica esfuziante quando algum filme dos irmãos Coen concorre ao prêmio em qualquer categoria, ainda mais quando se trata de melhor filme, direção ou roteiro. Ou pelo Colin Firth e Russell Crowe terem sido indicados duas e três vezes seguidas, respectivamente.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

O(s) último(s)/ A(s) última(s)...

... filme visto: Os Imorais (The Grifters)
... filme visto no cinema: Bravura Indômita (True Grit)
... episódio de série visto: Early 21st Century Romanticism (S02E015), de Community
... música ouvida: Ten Cent Pistol, do The Black Keys
... álbum ouvido: Room on fire - The Strokes
... DVDs comprados: Touro Indomável e Apenas uma vez
... comprinha de mulher: camisola da LipGloss
... momento ogrinho: um milk shake de pistache, uma porção de batatas fritas e um veggan burger no Fifties
... ídolo cinematográfico que (quase) ninguém conhece: Greig Fraser, diretor de fotografia australiano
... exposição de arte visitada: Islã: Arte e Civilização, no CCBB-SP

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Sofrendo com Fanny

"Estou amando? Isso é amor? Nunca farei piadas sobre isso. Dói tanto que seria capaz de morrer."
Fanny Browne (Abbie Cornish), Brilho de uma paixão (2009).



domingo, 13 de fevereiro de 2011

Notas cinematográficas

Brilho de uma paixão
- Belíssimo romance dirigido por Jane Campion, neozelandesa responsável por outro filme marcante: O Piano.
- Ben Whishaw e Paul Schneider são dois atores de que gosto bastante, mas Abbie Cornish está simplesmente magnífica.
- Cada fotograma da película parece ter sido cuidadosamente planejado. Logo, a cinematografia de Greig Fraser beira à perfeição.
- Baseado no romance entre o poeta inglês John Keats e a jovem Fanny Browne. A poética não está presente apenas no roteiro, mas também nas belas imagens captadas pelas lentes de Campion.


Cisne Negro
- A mãe da Natalie Portman é a Barbara Hershey. O que várias cirurgias plásticas conseguem fazer com uma mulher que já foi tão bonita.
- Outra da mãe: dá tanto medo quanto a mãe de Carrie, a estranha
- O filme é muito bom, melhor do que o superestimado Réquiem para um sonho, também dirigido por Darren Aronofsky.
- Talvez fosse um filme realmente perturbador se o David Fincher assumisse a direção: seria mais como um Clube do balé.
- Um clichezinho aqui e outro lá para criar suspense... e o meu encanto pelo balé esquizofrênico de Aronofsky diminuiu.
- A Natalie Portman parece ter feito a "Escola de Atrizes Anna Torv": expressões faciais de coitada com cara de chorona que se finge de durona. (N.E.: Anna Torv é a moça de Fringe.)


Ensina-me a viver
- As sutilezas melancolizam e encantam.
- O Bud Court (Harold) era uma graça. Daí vi uma foto dele mais atual e quase me assustei.
- A trilha do Cat Stevens é até boa, mas me irritou um pouco.
- A Ruth Gordon (Maude) fez a amável vizinha em O bebê de Rosemary e foi roteirista em Hollywood.


Pantaleão e as visitadoras
- Boa adaptação do livro homônimo de Mario Vargas Llosa (um de meus preferidos).
- É o primeiro filme peruano que vi na vida.
- Mais erótico do que o livro, mas pelo menos escolheram um Pantaleão bonitão.


Água para os elefantes (trailer)
- Pelo que entendi, a Reese Witherspoon pega o Christoph Waltz e o Robert Pattinson no filme. Claro que eu preferiria o primeiro, né? (E olha que nem sou fã de tiozão.)
- Parece ser bem enfadonho, tipo esses filmes que querem dar lição de vida.


Julie & Julia
- Encantador e com duas de minhas atrizes preferidas no elenco: Meryl Streep e Amy Adams.
- O Chris Messina faz muito meu tipo.
- Dá vontade de fazer um curso de culinária e mudar a carreira.
- Faz você botar fé no seu blog, mesmo que quase ninguém leia.


Amor aos pedaços
- Comédia romântica que vale uma investida do seu tempo para conferir.
- Não é nenhum "ohhh", mas tem situações muito engraçadas.
- É difícil imaginar Famke Janssen e Jon Favreau como um casal, mas rola uma química boa entre a dupla.


Equilibrium
- Leve a sério se for capaz.
- É impressionante como tem gente que considera essa porcaria um filme cult.
- Christian Bale bombadinho, dando uma de Neo antes de virar o Batman.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

A felicidade num cupcake

O céu cinza escuro prenunciava mais um daqueles temporais de verão. A brisa morna colava seus cabelos contra o rosto enquanto ela impacientemente removia os fios com as pontas das unhas recém cortadas. Andava apressadamente, olhando para o céu a todo momento, se esforçando para enxergar a mais fina gota de chuva que pudesse cair a qualquer momento. Passou a língua nos lábios pensando que aquilo pudesse deixá-los menos ressecados. Talvez desse um tom mais avermelhado e disfarçasse a cor esbranquiçada, mas era mais um ato impensado, uma mania, do que uma atitude vaidosa.
Atravessou a rua e viu a pequena loja a algums metros à frente. Olhou mais uma vez para o céu e suplicou mentalmente para ganhar mais tempo de trégua. Entrou e se dirigiu à vitrine. Os bolinhos coloridos pareciam soltar pequenas faíscas, reluzentes como neon. Tentou sentir o aroma, mas o esforço foi em vão, e esticou o pescoço para fazer o pedido. Escolheu aquele com a cobertura rosa e uma cereja no topo. Era o mais delicado e também parecia ser o mais delicioso.
Sentou ao balcão e tirou a cereja elegantemente com o polegar e o indicador, analisando-a com um olhar devorador, daqueles com o qual qualquer mulher faminta conseguiria arrancar um beijo do seu homem sem precisar dizer uma palavra sequer. E a mordeu, deixando escapar uma expressão aprovadora.
À sua frente, o cupcake coberto de glacê rosa aguardava ir de encontro aos grandes dentes brancos e mergulhar naquela cavidade misteriosa. Uma mordida depois, um grande pedaço foi removido e se revirava dentro da boca. O recheio de mirtillo borbulhava em seu imaginário e a convidava a outra grande dentada, que pareceu ser ainda mais tentadora do que a primeira. 
Cinco mordidas depois, era o fim do cupcake. Chegava ao fim, também, aquele parco momento de felicidade, que agora se dissipava diante do clarão de um relâmpago anunciando a chegada do temporal.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Relembrando Wellington

Não, não se trata de um cara que conheci em algum momento de minha existência. Wellington é uma das cidades por onde passei na minha última - e melhor - viagem. Ultimamente tenho relembrado constantemente os quatro dias que passei lá. Embora eu quisesse ter aproveitado melhor minha estadia, surpreendentemente é o lugar para o qual quero voltar. Talvez justamente por isso: a capital neozelandesa me encantou tanto em tão poucos dias que eu quero voltar e passar mais tempo lá. Com tantos destinos que ainda quero conhecer, sinto que preciso voltar para lá e ter uma experiência mais duradoura.
Estive pensando em passar alguns meses na cidade, tentar descolar um visto de trabalho - isso se a burocracia não for entediante -, afinal não vou conseguir me bancar só com o que der para juntar aqui. Talvez eu esteja sonhando alto demais; pode ser uma fase de desânimo que me faz querer algo novo, ainda que seja familiar. Há muito tempo sei que nasci no país errado. Ainda que a cidade onde vivo pareça ser a única na qual consiga "sobreviver", este não é meu espaço.

Relembrando...
- Conheci um casal de colombianos que vive em Wellington há poucos anos. Eles falaram muito bem do lugar e mostraram umas partes da cidade. Na hora fiquei pensando em como deve ser um estrangeiro morando lá.
- Pessoas educadas (em todos os sentidos), ruas limpas, consciência ambiental. Ah, ar e água limpos também.
- Te Papa Tongarewa: um museu lindo e gratuito, no qual passei um dia inteirinho passeando.
- Clima de cidade pequena, estrutura de cidade superdesenvolvida: aproximadamente 390 mil habitantes numa cidade com estação de trem, aeroporto e porto marítimo. É fácil ir tanto ao norte (Auckland) quanto ao sul (Christchurch).
- Cultura por todos os lados: Wellywood (destaque para o estúdio Weta, de Peter Jackson), cinemas, teatros, shows, festivais, galerias de arte, museus, exposições, companhia de balé, orquestra sinfônica...
- Muitos bares, restaurantes e cafés. Sem contar as lojas dos mais variados ramos.
- Vento, muuuito vento. Aliás, é conhecida como a Cidade dos Ventos Ponto negativo? Bom, pelo menos o fenômeno natural ajuda na produção de energia eólica.
- Tem umas subidas poderosas, capazes de tonificar o mais flácido dos músculos. Geograficamente falando, é um Rio de Janeiro mais melancólico e planejado.
- O subúrbio é muito bonito, com suas casas de arquitetura diferenciada nas encostas dos morros.
- Já falei das pessoas? Além de educadas, são pacientes.
- É a capital, portanto a sede do parlamento considerado o menos corrupto do mundo (dizem até que a corrupção é nula).
- Terra natal do Flight of the Conchords (eu não iria deixar passar essa).

Adendo: Assim que cheguei à Nova Zelândia, me perdi no Aeroporto Internacional de Auckland, onde fiz escala antes de seguir para Christchurch. Quem me ajudou a chegar ao terminal doméstico? Um senhor de Wellington, que me acompanhou e levou minha bagagem no carrinho dele. De ascendência asiática, ele trabalhava para o governo neozelandês - me entregou um cartão com telefone e e-mail caso eu precisasse de algo. Pois é, altas histórias do país dos kiwis que relembrarei aos poucos por aqui.

Mar, nuvens e muito vento. Créd.: Lucie Ferreira


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Meme da leitura

Apesar das regrinhas, decidi apenas responder às perguntas. Meme indicado pela Patty.


Quando e como você se tornou um leitor?
Acho que tinha uns 6 anos de idade quando aprendi a ler. Estava muito ansiosa para entender o que as figuras realmente ilustravam - apesar de lerem para mim, eu achava que se eu mesma lesse teria um significado diferente.


Lembra do primeiro livro que leu? Qual foi?
Algum conto de fadas. Ou Ziraldo.


Quanto tempo por dia você costuma ler? Quando e onde costuma ler?
Geralmente em ônibus, metrô ou na hora do almoço no trabalho. Não leio todos os dias, sendo que ultimamente minhas leituras têm sido revistas ou artigos publicados na internet.


Leitura do momento:
Época Negócios. Vale?

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Da série...

...Ô lá em casa!


Jon Kortajarena