Guilty pleasures

Músicas do Flight of the Conchords: O duo cômico, formado pelos neozelandeses Bret McKenzie e Jemaine Clement, tem músicas tão ruins que são boas. O segredo é não levar a sério e se divertir com suas interpretações e letras bizarras. Destaque para a afrancesada Foux du Fafa, a pseudo-séria Think About It e a sexy Business Time. 

Filmes com o Will Ferrell: O ator chamou minha atenção graças a Mais Estranho que a Ficção, filme no qual suas palhaçadas estão mais contidas. Mas também gosto de assistir às suas comédias tontas e/ ou estúpidas, como Escorregando para a glória, Papai bate um bolão, Quase irmãos e Ricky Bobby, além de seus quadros no Saturday Night Live.

Analisar os figurinos das famosas: Nós, meras mortais, queiramos ou não, somos bombardeadas pela mídia, que nos "empurra" tendências de moda, beleza e comportamento baseadas em mulheres famosas. E já que o UOL quer saber minha opinião sobre as mais bem vestidas da semana, eu analiso e escolho com prazer.

Cinismo e brilhantismo

"A Itália passou trinta anos sob os Bórgia. Houve guerras, banhos de sangue e terror. Mas houve também Michelangelo, Leonardo da Vinci, o Renascimento. A Suíça tem o seu amor fraternal. Séculos de democracia e paz. O que produziram? O relógio cuco."

Harry Lime (Orson Welles), em O Terceiro Homem (1949)

O último/ A última...

... filme visto no cinema: Rango
... filme visto em DVD: Dívida de Sangue (Cat Ballou)
... episódio de série visto: Pawnee Zoo (S02E01), de Parks and Recreation
... peça de teatro assistida: Os 39 Degraus
... livro retomado: Different Seasons, de Stephen King
... livro na lista de desejos: Photo Icons - The Story Behind the Pictures, da Taschen
... ídolo acrescentado à lista: Vinny Vedecci, personagem de Bill Hader no Saturday Night Live
... comprinha de mulher: meia-calça xadrez 
... tomada de vergonha na cara: finalmente usar o celular ganho no final do ano passado
... cerveja degustada: Erdinger Champ

Da série...

...Candidato a teste do sofá

Michael Fassbender

Arrested Development vs. Seinfeld

Desculpem a redundância, mas isso é tão bom que eu tive que postar aqui também... Cena de um episódio de Arrested Development brincando com Saddam Husseim e o antológico personagem de Seinfeld conhecido como Soup Nazi.

Os preferidos - reloaded

Há mais de um ano fiz uma listinha com meus personagens de séries favoritos. Daí que me deu vontade de fazer uma versão dessa lista com personagens masculinos mais variados - OK, nem tanto. Só não consegui deixar na ordem de preferência.


Sheldon Cooper (Jim Parsons) - The Big Bang Theory
De coadjuvante a principal astro da série, Sheldon chegou ao status atual graças ao brilhantismo de Jim Parsons e dos roteiristas de The Big Bang Theory.


Cosmo Kramer (Michael Richards) - Seinfeld
O vizinho de Jerry é tão excêntrico que parece irreal. Mas a forma como o personagem foi trabalhado ao longo da série o torna não apenas acreditável como adorável.


Phil Dunphy (Ty Burrell) - Modern Family
Ele se acha o melhor pai do mundo: é moderninho e sabe cantar (e dançar!) temas de High School Musical. Mas tem medo de palhaços e é menosprezado pelo sogro.


Shawn Spencer (James Roday) - Psych
Como desvendar um crime: seja muito observador, se finja de vidente, tenha sempre uma piada pronta e coloque seu colega para fazer a pior parte do trabalho.


John "J.D." Dorian (Zach Braff) - Scrubs
Trabalhar num hospital desorganizado e cheio de loucos pode ser o pesadelo de qualquer médico, mas J.D. tem sempre um delírio para mantê-lo anestesiado.


Jemaine (Jemaine Clement) - Flight of the Conchords
Jemaine sem Bret? Afinal, quem decidiu se tornar um prostituto para pagar as contas? E quem teve de enfrentar bandidos nova-iorquinos enquanto o amigo se acovardou e fugiu?


Maurice Moss (Richard Ayoade) - The IT Crowd
Ele é nerd, usa óculos, tem um penteado estranho, se veste com o pior da moda do anos 1980 e mora com a mãe. É um cara esquisito e desequilibrado. É o Moss.


Jeff Winger (Joel McHale) - Community
Bonitão, esperto e popular. Mas se ele fosse tão bom, não estaria em uma Universidade Comunitária, correto? Em algum lugar do mundo ele tinha que se sobressair.


Michael Bluth (Jason Bateman) - Arrested Development
O único filho responsável da família Bluth é um viúvo que precisa se desdobrar para resolver os problemas da empresa, manter os familiares unidos e ter um relacionamento duradouro.


Rick Grimes (Andrew Lincoln) - The Walking Dead
O xerife que se tornou perito em sobreviver a zumbis é o protagonista de uma das melhores estreias de 2010. Bom moço e heróico, se tornou um líder natural de seu grupo.


Agente Nelson Van Alden (Michael Shannon) - Boardwalk Empire
Um homem da lei obcecado, religioso e louco. A ambiguidade do personagem é fascinante, fazendo com que ele roube todas as cenas em que aparece.


Dr. Walter Bishop (John Noble) - Fringe
Seguindo a regra estabelecida pela ficção científica do "cientista nada convencional", Dr. Bishop é uma mente brilhante que não se deixa abater nem pelos casos mais bizarros.


Jesse Pinkman (Aaron Paul) - Breaking Bad
Ele era um mero traficante antes de ser procurado pelo ex-professor de química, interessado em produzir uma droga sintética de qualidade. Apesar de patético, tem lá seu carisma.


GOB Bluth (Will Arnett) - Arrested Development
O primogênito da família Bluth é um ilusionista em busca da "mágica" perfeita. Burro como uma porta, não surpreende que só consiga humilhar a si mesmo com seus truques.


Richard Harrow (Jack Houston) - Boardwalk Empire
Personagem coadjuvante que caiu no gosto do público. Um atirador profissional cujo rosto dilacerado, ocultado por uma máscara, não consegue desviar a atenção de sua frieza. 

"The Parade Ends"

O poema original em espanhol pode ser lido aqui. Fiz uma adaptação para o português tendo como base a tradução do filme Antes do Anoitecer (Before Night Falls, 2000). Mas como a legenda era um tanto ruizinha, traduzi a maioria dos versos por conta própria. Para qualquer correção, experts em espanhol, avisem.

The Parade Ends


Por Reinaldo Arenas


Passeio pelas ruas que arrebentam,
pois os esgotos já não servem mais
por entre edifícios dos quais tem de se desviar
pois parecem cair sobre nós
por entre rostos que nos indagam e sentenciam 
por estabelecimentos fechados
mercados fechados,
cinemas fechados,
parques fechados, 
café fechados,
Exibindo, às vezes, cartazes (justificativas) já empoeirados,
FECHADO PARA REFORMAS
FECHADO PARA RESTAURO
Que tipo de restauro?
Quando termina o chamado restauro, a chamada reforma?
Quando, ao menos, começará?
Fechado... fechado... fechado...
tudo fechado..

Chego, abro os inúmeros cadeados, subo correndo a escada improvisada.

Lá está ela, me aguardando.

Descubro-a, retiro a lona e contemplo suas empoeiradas e frias dimensões.

Tiro-lhe o pó e volto a passar-lhe a mão.

Com pequenas palmadas, limpo seu dorso, sua base, suas laterais

Sinto-me desesperado e feliz, ao seu lado, na frente dela,

passo as mãos pelo seu teclado e, rapidamente, tudo recomeça.

O tec tec, o tilintar, a música começa, pouco a pouco, 

agora mais rápida, a toda velocidade

Muros, árvores, ruas,

catedrais, rostos e praias,

celas, celas minúsculas, celas enormes,

noite estrelada, pés nus, 

pinheiros, nuvens,

centenas, milhares,

um milhão de maritacas

tamboretes e uma trepadeira.

Todos atendem ao meu chamado e vêm para mim.

Os muros retrocedem, o teto desaparece e, naturalmente, você flutua,

flutua, flutua arrancado, arrastado, 

elevado,

levado, transportado, eternizado,

salvo, graças a esse ritmo sutil e constante,

a essa música,

a esse tec tec incessante.

Os 39 Degraus

Segunda-feira de Carnaval aproveitei para cair na folia. Ao meu modo, claro. O que fiz? Fui ao teatro. A peça em questão? Os 39 Degraus. Eu gosto bastante de teatro, mas vou raramente. É que, assim como shows, acho o ingresso muito caro. Não que não valha a pena, mas para as minhas condições pesa muito ficar indo nesses eventos culturais. Então, aproveitei a promoção de 50% de desconto nas sessões que antecediam o Carnaval e fui conferir essa peça.

Os 39 Degraus é baseada no filme homônimo de Alfred Hitchcock, produzido na década de 1930. É uma trama de espionagem e perseguição, no melhor estilo do diretor britânico. A adaptação para os palcos leva em consideração o humor sutil presente no filme, transformando-o em algo mais escrachado, principalmente se considerar que dos quatro atores do elenco, três interpretam múltiplos personagens: Fabiana Gugli, Danton Mello e Henrique Stroeter. Dan Stulbach vive o protagonista, um homem perseguido por um crime que não cometeu.

Assisti ao filme depois de ter visto a peça e não achei grande coisa (OK, vou admitir que não sou fã de Hitchcock nem dos roteiros de seus filmes, que mais parecem alegorias do que boas histórias, salvo algumas exceções). Mas para quem quer se divertir e rir bastante, a peça é uma ótima pedida. O filme fica recomendado apenas para quem tiver curiosidade em ver algum filme da fase pré-Hollywood de Hitchcock ou gostar muito do diretor.

"It's Arrested Development"

Vira e mexe escrevo sobre algo do momento. Ou melhor, do meu momento. Então, há tempos estava devendo um post sobre Arrested Development (2003-2006). A série sobreviveu a três hilárias temporadas, terminando por causa da baixa audiência nos Estados Unidos, algo contraditório, já que tem nota 9,6 no IMDB e foi considerada a melhor da década passada pela Paste Magazine. Eu a descobri tardiamente - para ser mais exata, no ano passado. Como não ligo muito para justificativas como "a crítica adora" e "ganhou tais prêmios", comecei a assistir sem esperar muito e me apaixonei desde o primeiro episódio. 

Arrested Development não tem um motivo para ser ter sido ótima. Tudo merece destaque: o elenco fixo, a direção, o roteiro, os personagens, a edição, a narração, as participações especiais... o seriado todo serve como um belo exemplo de criatividade e comédia. 

Elenco: A família Bluth é composta pelo patriarca picareta George - e seu irmão gêmeo hiponga Oscar (Jeffrey Tambor); a matriarca alcóolatra Lucille (Jessica Walter); o filho exemplar Michael (Jason Bateman) e a irmã gêmea fútil Lindsay (Portia de Rossi); o primogênito ilusionista GOB (Will Arnett); o caçula dependente Buster (Tony Hale); os primos George Michael, filho de Michael (Michael Cera), e Maeby, filha de Lindsay (Alia Shawkat); e o ultra-excêntrico Tobias Fünke, marido de Lindsay (David Cross). As participações especiais incluem Liza Minnelli, Julia Louis-Dreyfus, Charlize Theron, Judy Greer, Amy Poehler, Henry Winkler, Ben Stiller, Zach Braff, Martin Short, Thomas Jane... fora a voz de Ron Howard, que narra todos os episódios da série.

"Now the story of a wealthy family who lost everything. And the one son who had no
 choice but to keep them all together. It's Arrested Development!"

Comédia 087 - O Pior Trabalho do Mundo

Ficha técnica

Título original: Get Him To The Greek. Ano: 2010. País: Estados Unidos. Direção: Nicholas Stoller . Com Russell Brand, Jonah Hill, Sean Combs, Rose Byrne, Elisabeth Moss. 109 min - Colorido.

O filme

Embora considere Russell Brand e Jonah Hill comediantes abaixo da média, os dois estão engraçadíssimos e inspirados nesta espécie de spin-off de Resseca de Amor. É claro que o roteiro absurdo e politicamente incorreto e a direção competente ajudam. O roqueiro decadente Aldous Snow é requisitado pela gravadora para se apresentar no Greek Theater, em Los Angeles. Mas, para que o show aconteça de fato, um funcionário é encarregado de buscá-lo em Londres e acompanhá-lo durante toda a viagem, evitando que se envolva com drogas e se meta em mais problemas.

Comédia 086 - Os Desajustados

Ficha técnica

Título original: Withnail & I Ano: 1987. País: Reino Unido. Direção: Bruce Robinson. Com Paul McGann, Richard E. Grant, Richard Griffiths, Ralph Brown, Michael Elphick. 107 min - Colorido.

O filme

Considerado um cult, Os Desajustados (cuidado para não confundir com o filme de mesmo nome com a Marilyn Monroe) é uma comédia britânica de baixo orçamento que não economiza no humor ácido. Os protagonistas são dois atores londrinos desempregados que ocupam o tempo com álcool, drogas e neuroses. Decididos a dar um tempo nessa vida, partem em uma viagem para o interior do país em busca de novos ares. Na cabana do tio de Withnail, precisam lidar com situações como matar uma galinha para a refeição, escapar de um pseudo-psicopata e, no caso do narrador, fugir do pervertido tio Monty.

Lugar de homem é na cozinha

Longe de querer parecer feminista, mas acho que lugar de homem é na cozinha. Além de moçoilos de óculos, tenho uma queda por chefs. E tudo começou com Olivier Anquier...

Nem dirigindo um fusca verde, nem pilotando uma moto: Olivier Anquier fica ainda melhor na frente do fogão fazendo umas receitinhas e explicando tudo com seu adorável sotaque francês. 

Do outro lado do Atlântico, temos a fofura inglesa Jamie Oliver. Os atributos físicos do rapaz com certeza o ajudaram a conquistar uma legião de admiradoras de seus dotes. Culinários, que fique claro.

E da longínqua Austrália, o australiano Pete Evans e o francês Manu Feildel comandam o programa My Kitchen Rules, no qual pessoas comuns elaboram o menu e um jantar para dez convidados: as quatro duplas rivais e os chefs.

No cinema, Mario (Sergio Castellitto) é o charmoso gourmet italiano que ameaça o posto da chef de um restaurante no alemão Simplesmente Martha.

Já em Sem Reservas, remake hollywoodiano do filme citado anteriormente, cabe a Nick (Aaron Eckhart) amolecer o coração da chef perfeccionista Kate.

Desconfiando de Pauline

"Notamos como é triste para os outros não poderem reconhecer nossa genialidade." 
Pauline Parker (Melanie Lynskey), Almas Gêmeas (1994)