segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Top 6 - Personagens assustadores

A ideia era citar seis personagens do cinema que acho assustadores, mas quando percebi que tinha filmes baseados em Stephen King na lista, mudei o foco para Personagens assustadores de adaptações baseadas em Stephen King




01) Mrs. Carmody (Marcia Gay Harden), de O Nevoeiro (2007, dir. Frank Darabont)
Mais assustadora do que as misteriosas criaturas que infestam a cidade, a personagem é uma fanática religiosa que conseguiu me meter muito medo graças a interpretação de Marcia Gay Harden.
02) Gage Creed (Miko Hughes), de Cemitério Maldito (1989, dir. Mary Lambert)
Da mente obscura de Stephen King brotou a ideia de fazer com que o amor incondicional de um pai o fizesse enterrar o filho num "cemitério maldito". E deu no que deu.


03) Annie Wilkes (Kathy Bates), de Louca Obsessão (1990, dir. Rob Reiner)
O sorriso largo e o jeitão simpático ocultam a personalidade psicótica de uma enfermeira fanática... não por religião, mas por uma série de livros de Paul Sheldon. E bota fanatismo nisso!



04) Margaret White (Piper Laurie), de Carrie, A Estranha (1976, dir. Brian DePalma)
A maior culpada pela série de assassinatos terríveis que aconteceram durante o baile de formatura foi a mãe de Carrie, outra fanática religiosa horripilante.


05) Kurt Dussander (Ian McKellen), de O Aprendiz (1998, dir. Bryan Singer)
Um velho solitário que passa a ser a obsessão de um garoto curioso que se acha esperto o bastante para se sair vitorioso em um jogo psicológico. Mas o passado nazista de Dussander só lhe dá vantagem.
06) Danny Torrance (Danny Lloyd), de O Iluminado  (1980, dir. Stanley Kubrick)
Um menino que conversa com o dedo indicador e sai falando "redrum" pelo quarto com uma faca na mão. Por isso o pai enlouqueceu!

sábado, 29 de outubro de 2011

Comédia 097 - Amar... Não Tem Preço

Ficha técnica
Título original: Hors de Prix. Ano: 2006. País: França. Direção: Pierre Salvadori. Com Audrey Tautou, Gad Elmaleh, Marie-Christine Adam, Vernon Dobtcheff, Jacques Spiesser. 106 min - Colorido.

O filme
Audrey Tautou consegue se desvencilhar da adorável Amélie Poulain nesta charmosa comédia romântica que não dispensa uma dose de malícia. O grande destaque, porém, vai para o comediante Gad Elmaleh, um sujeito que consegue ser engraçado com uma naturalidade incrível. A história traz uma golpista que se envolve com homens ricos - na maior parte das vezes bem mais velhos do que ela - para conseguir mimos como viagens caras, joias e roupas de grife. Mas quando se envolve "acidentalmente" com um barman, coloca em risco seus planos de vida fácil.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Promessa

No ônibus, duas amigas conversam:
- Faz seis meses que eu não como pizza.
- Seis meses?
- É, e não como pizza nem tomo coca cola.
- As duas melhores coisas que existem!
- E ainda tem mais seis meses. 

No mesmo momento, pensei "só pode ser promessa". E não deu outra: em seguida, a mulher falou com a amiga que esse "sacrifício" teria que valer a pena para o que ela pediu se realizar. Como o trânsito estava lento, segundos depois essa mesma mulher leu um cartaz colado no poste que dizia algo como "blindagem no amor".
- Olha lá, promete blindar o amor.
- E aqueles que prometem amarração? - debochou a amiga. E as duas riram das bobagens de pai de santo, sem se tocar de que ficar um ano sem comer pizza e beber coca cola só poderia resultar em uma coisa: perder uns quilinhos.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Notas cinematográficas

127 Horas: Depois das críticas que li sobre este filme do diretor Danny Boyle, nem criei muita expectativa. E mais: adiei assisti-lo quando soube da tal cena do braço sendo amputado com um canivete. Fora essa parte (durante a qual fechei os olhos), é apenas bom. A narrativa é um pouco confusa, fica parecendo que diretor e roteirista não conseguiram encontrar um meio eficiente para contar uma história incrível.

Não me abandone jamais: Drama de ficção que quase sufoca o espectador. Imagine uma história na qual clones de seres humanos são criados para servirem de doadores de órgão - como se fossem criaturas sem alma que não merecessem ter a própria vida. A dinâmica entre os personagens centrais consegue dar mais dramaticidade à história, ainda mais se levar em conta o talentoso trio de atores (Carey Mulligan, Keira Knightley e Andrew Garfield).

A criança da meia noite: Películas que focam em crianças com doenças incuráveis são aposta certa de melodrama e choro. Aqui, porém, a diretora e roteirista Delphine Gleize evita mostrar apenas a luta pela vida para retratar a relação entre o paciente, um garoto com uma doença rara de pele que o impede de se expor aos raios UV, e seu médico dermatologista.

Preciosa: Último filme indicado ao Oscar 2010 a que assisti. Traz uma história que provocou-me o engasgo semelhante de Bem-vindo à casa de bonecas, com a diferença de que o segundo chega até a ser engraçado. Finalmente entendi porque Mo'Nique levou dezenas de prêmios pela sua atuação como a mãe da protagonista.

Plata Quemada: Leonardo Sbaraglia e Eduardo Noriega brilham neste longa argentino baseado em fatos reais, cujo pano de fundo é um assalto e seus desdobramentos (nota: os protagonistas são lindos de doer). É um filme suspreendente - apesar de ter momentos mais lentos, estes são recompensados pela trama, pelo ótimo roteiro e pelo final espetacular.

A voz do coração: Sabe aquele filme feito para o espectador se emocionar com a história de crianças incompreendidas que só precisavam de apoio para superar as adversidades e descobrir o talento em si mesmas? Bem, ele pode ser A voz do coração, película francesa que não traz nada de novo sobre o tema, mas que pode fazer alguns se emocionarem.

Brothers: Depois de saber que Entre irmãos é um remake norte-americano deste drama dinamarquês, fiquei curiosa para conferir o original. Apesar de gostar muito do Jim Sheridan e da atuação do Tobey Maguire, este é melhor, principalmente pelo elenco mais maduro e convincente - vai me dizer que a Connie Nielsen não dá um show na pobrezinha da Natalie Portman?

Os sapatinhos vermelhos: Uma bailarina em busca da perfeição, um diretor obcecado. Seis décadas antes de Cisne Negro, Michael Powell e Emeric Pressburger dirigiram este estonteante drama musical - e o melhor, com uma bailarina de verdade que não precisou de dublês ou efeitos visuais. Obrigatório para fãs de balé e de coreografia.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Desafio musical - parte 7

031) Uma música com título complicado: Julie Andrews, Supercalifragilisticexpialidocious
Para ser sincera, nem lembro do filme (vi quando era muito criança), mas eita nomezinho de música difícil de decorar!

032) Uma música que você considera longa: Underworld, Born Slippy
Eu poderia citar algum rock progressivo, mas daria muito trabalho pesquisar o nome de alguma só para colocar aqui. Então, eis um dos temas de Trainspotting, uma música eletrônica de quase 10 minutos. Longa, não?

033) Uma música que você considera clássica: Louis Armstrong, What a Wonderful World
Parece que quanto mais fácil é o item do desafio musical, mais difícil é escolher a música. E que tal a mais memorável canção gravada pelo clássico por natureza Louis Armstrong?

034) Uma música que te faz sorrir: KT Tunstall, Suddenly I See
A KT Tunstall já uma fofa por si só, mas ouvi-la cantando essa música tão bonitinha me faz sorrir - além de querer dublá-la.

035) Uma música que faz críticas: Caetano Veloso, É Proibido Proibir
Muitas canções compostas durante o período da ditadura caberiam aqui, mas vamos botar o filho da Dona Canô neste item. 

domingo, 23 de outubro de 2011

Da série...

... Ô lá em casa (em dose tripla!)
Jesse Eisenberg, Andrew Garfield e Armie Hammer

sábado, 22 de outubro de 2011

Comédia 096 - O Professor Aloprado

Ficha técnica
Título original: The Nutty Professor. Ano: 1963. País: Estados Unidos. Direção: Jerry Lewis. Com Jerry Lewis, Stella Stevens, Del Moore, Kathleen Freeman, Med Flory. 107 min - Colorido.

O filme
Comédia mais famosa da filmografia de Jerry Lewis, O Professor Aloprado é uma espécie de O Médico e o Monstro pastelão. A história do sujeito desajeitado que toma uma poção para se tornar um bon vivant conquistador de mulheres diverte até hoje com sua adorável ingenuidade - ainda mais se levarmos em consideração o remake protagonizado por Eddie Murphy, que adapta a trama para um humor quase extremo, visando agradar uma nova geração desacostumada às gags visuais de Lewis.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O último/ A última...

... filme visto: Preciosa
... filme visto no cinema: A criança da meia noite
... episódio de série visto: The Walking Dead, What Lies Ahead (S02E01)
... música ouvida: Mumford & Sons, Dust Bowl Dance
... álbum ouvido: The Avett Brothers, I and Love and You
... leitura: Conversas com Woody Allen, de Eric Lax (estou quase na metade)
... homem dos sonhos: Michael Fassbender (porque eu sonhei com ele. Awn!)
... viagem: Assis - SP (a trabalho)
... aventura culinária na cozinha: quiche de espinafre com ricota e tomate sweet grape
... cerveja degustada: Eisenbahn Weiss

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Desafio musical - parte 6

026) Uma música que te lembre sua família: Pato Fu, Canção para você viver mais
Evito repetir bandas e artistas aqui, mas essa tinha que entrar neste item. Sem justificativas, a letra fala por si.



027) Uma música que te dá medo: James Newton Howard, Signs Theme
Essa música funciona até mesmo sem o filme (Sinais, de M. Night Shyamalan). Ela é claramente inspirada no tema de Psicose, composto por Bernard Herrmann, mas como não foi tão explorada, me dá mais medo.



028) Uma música cuja melodia você acha bonita: J. S. Bach, Concerto for Harpsichord in F minor, BWV 1056
Não é para parecer culta que escolhi esta composição de Bach: é que como no item anterior lembrei de um tema de filme, esta música que toca em Hannah e suas irmãs, do Woody Allen, acabou vindo à minha memória devido também à sua melodia incrivelmente bonita.



029) Uma música que te lembra sexo: Chris Isaak, Wicked Games
É claro que pensar no clipe colaborou muito com a escolha dessa música.



030) Uma música que tenha um número no título: Capital Inicial, 1999
Uma coisa que poucos sabem: já fui fã de Capital Inicial, na época do colegial, e fui até a um show deles. Gostava bastante dessa música.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Por milhares de dólares a mais

Estava lembrando de um fato que aconteceu há quase dez anos, mais precisamente em 2002. Gisele Bündchen, que já era a top model número um do mundo, tinha uma conta bancária bem recheada e liberdade para escolher as grifes para as quais desfilaria e/ou emprestaria a imagem. Eis que a marca Blackglama ofereceu US$ 500 mil e mais dois casacos caríssimos para que a moça estrelasse uma campanha glamourosa. Como se precisasse muito do dinheiro (vai ver ela precisava mesmo, vai saber), a modelo aceitou e participou das fotos da campanha publicitária. 
Para entender melhor a matéria prima utilizada pela Blackglama, saiba que eles abatem milhares de mamíferos de uma espécie ameaçada em extinção conhecida no Brasil como marta (mink), dos quais retiram a pele coberta de pelos negros. Porém, se grande parte dos milionários acredita que o dinheiro compra definitivamente qualquer coisa (eles exploram seres humanos para se manter onde estão, então o que os impediria de torturar e matar uma dúzia de animais para ostentar seu glamour?), existem pessoas engajadas em defender os direitos daqueles que não podem se expressar e dependem não de bondade, mas de uma boa dose de bom senso e ousadia - é aí que se encaixa o Peta (em português, Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais)  
Voltando à tal da Gisele: eis que lá estava ela, desfilando de lingerie Victoria's Secret, quando algumas ativistas subiram na passarela segurando cartazes com os dizeres "Gisele: escória das peles". Nos dias que se seguiram, a imprensa brasileira deu destaque ao fato, mostrando a modelo fazendo um mea culpa do tipo "eu só estava fazendo meu trabalho [para a Blackglama]" e "elas [as ativistas] não tinham o direito de protestar no meio do desfile de uma marca que nada tinha a ver". Seja como for, representantes do Peta foram muito corajosas e ousadas para chamar a atenção para uma causa muito mais importante do que calcinhas e sutiãs de gosto duvidoso (sim, acho Victoria's Secret cafona).
Não preciso nem dizer que muitos brasileiros deram razão para Gisele. Afinal, é normal fazer qualquer coisa por dinheiro por aqui - não que somente aqui se faça isso. Alguns anos depois, tenho que aturar a ridícula da Gisele com aquela fala mole alertando sobre a importância de preservar a natureza, salvar os animais e as florestas. Depois de embolsar 500 mil dólares, é fácil vir com esse discurso "faça o que eu digo, não faça o que eu faço/fiz". Só fico tentando imaginar o que ela fez com os dois casacos que ganhou da Blackglama. 
Curiosidade: No site da Blackglama tem os ícones que ajudaram a divulgar a grife (veja aqui). É claro que a Gisele não foi a única personalidade de peso a vestir os casacos. Decepcionei-me por saber que Audrey Hepburn, Lauren Bacall, Catherine Deneuve e Shirley MacLaine tenham ajudado a sustentar esse absurdo, e me surpreendi ao ver a própria Brigitte Bardot posando com um casaco (para quem não sabe, ele é uma das principais defensoras dos direitos dos animais da atualidade). Até tento entender que há 30 anos (e mais) não houvesse essa conscientização que temos hoje do que é feito para produzir um casaco de pele e as alternativas sustentáveis disponibilizadas para nos proteger do frio de maneira elegante e bonita. Mas agora é mirar no presente e no futuro e manter o olhar crítico contra essas pessoas que fazem tudo por dinheiro. Literalmente.

Gisele não é a única culpada, mas... que vergonha!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A arte de falar sobre si mesmo

Eu lembro que nos meus tempos de ginásio e colegial, diários, agendas e páginas de cadernos antigos serviam de espaço para a cultura narcisista. Porque, acima de tudo, gostava de escrever sobre mim - mesmo que ninguém mais fosse ler, o que importava era eu reler alguns meses depois e tentar decifrar o meu "eu" do passado. Algumas menções a outras pessoas figuravam naquelas linhas, mas os escritos eram principalmente sobre a autora.
Hoje, comparo o antigo hábito às facilidades online de compartilhar os meus gostos, ideias e pensamentos - ou pelo menos tudo isso de uma outra versão minha, a pública. E existe algo que não descobri e nem sou a primeira ou última a falar sobre: a internet está cheia de "eus". Após a popularização dos blogs, há aproximadamente 10 anos, e com o boom das redes sociais, tudo multiplicou-se. Evoluímos para a coletividade? Discordo. Diria "individualidade". Porque mais do que compreender o outro, queremos compartilhar o que é nosso, receber feedback, comentários, "curtis", "retuítes". Queremos nos divulgar, mostrar o quanto são boas as bandas que ouvimos ultimamente ou que aquele filme que todos andam aclamando tanto não passa de uma obra esquizofrênica que será esquecida em um ano.
Também aplaudimos e divulgamos ideias dos outros - desde que sejam semelhantes às nossas. Compartilhamos elogios alheios para satisfazer nosso ego em dobro - quer algo mais egocêntrico do que isso? Fazemos nosso "marketing do meia-boca" e esperamos que amigos, colegas e seguidores leiam e se manifestem - de preferência a favor. Tudo isso nesse mundo estranho, oculto por um monitor brilhante e habitado por avatares cool, provocantes ou simplesmente cafonas. Queremos atenção aqui, e muitas vezes nos desesperamos por isso, pois do lado de fora da tela, sabemos o quanto é difícil conseguir uma aprovação, uma conversa sincera, um sinal de lealdade. Enfim, sabemos o quanto é difícil sermos ouvidos e reconhecidos. 
Enquanto ambos os mundos correm velozmente em direção ao excesso, nós nos equilibramos entre lembranças, anotações, desvarios, novidades e expectativas. E, infelizmente, não temos tempo nem disposição para enxergar o outro ou reler nós mesmos.

domingo, 16 de outubro de 2011

Top 6 - Beleza atrás das câmeras

Seis diretores de cinema bonitões. Com a exceção de dois nomes (os mais clássicos da lista), evitei citar aqueles que começaram a carreira como atores e depois se tornaram diretores (Edward Norton, Ben Affleck, Zach Braff, Mel Gibson, Robert Redford...). Obs.: Acho o Eli Roth bonitão, mas ele não está na lista por causa da filmografia duvidosa.

01) Edgar Wright 
Principais filmes: Pode ser a filmografia completa? Todo Mundo Quase Morto, Chumbo Grosso e Scott Pilgrim Contra o Mundo - sem contar a ótima série britânica Spaced.

02) Cary Fukunaga 
Principal filme: Jane Eyre (2011).

03) Orson Welles
Principais filmes: Cidadão Kane e A Marca da Maldade.
   

04) Paul Thomas Anderson
Principais filmes: Boogie Nights, Magnolia e Sangue Negro.

05) Anselmo Duarte
Principal filme: O Pagador de Promessas.

06) Wes Anderson 
Principais filmes: Os Excêntricos Tenembaums e O Fantástico Sr. Raposo.

sábado, 15 de outubro de 2011

Termos (curiosos) de busca (2)

Filme PRIMAVERA PARA HITHLER SOBRE HOMOSSEXUAL: Além da grafia impecável do nome do líder nazista, a pessoa confundiu totalmente a comédia de Mel Brooks com algum outro filme.


Thor o filme 2011 shirtlessThor roupaThor bombado: Chris Hemsworth jamais vai conseguir outro papel tão famoso como em Thor - a não ser que ele tenha inúmeras cenas sem camisa, e não uma só.


wagner moura sexy: Concordo!


atores do filme o tiro que sai pela culatra: É mais fácil olhar no IMDB.


gif jim carrey levantando a sobrancelha: Agora fiquei curiosa - até eu quero esse gif!


Hugh Dancy nu: Mais gente tarada.


casal tomando Häagen-Dazs: Ou seja - um casal com bom gosto.


chuteira do Deco: Não sou tão Maria Chuteira assim.


nova zelândia raguebi christchurch: Raguebi = rugby. 


modelo óculos para Tobey Maguire: É para presente?


michael fassbender veste: O mais interessante seria "não veste" ;-)


charming old man: A pessoa gosta de um coroa, pelo jeito.


barba do wolverine: Ah, eu sei - é estranha, mas é sexy.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Outras notas cinematográficas

Almas à venda: Um wannabe Charlie Kaufman com uma premissa interessante: uma clínica que retira almas e até aluga ou faz transplantes. Mas faltou um algo a mais, aquilo que Kaufman consegue imprimir na maioria de seus filmes: uma aura verdadeiramente filosófica ou simplesmente fascinante.

A caçada: Usando os conflitos na Bósnia como pano de fundo, não consegue alcançar nenhum objetivo (de discutir a guerra, o papel de jornalistas nem qualquer outro assunto). Pelo menos deu para suspirar pelo fofíssimo Jesse Eisenberg.  

Além da estrada: Co-produção uruguaia-brasileira, belissimamente filmada e com uma história bastante simples: uma viajante belga perdida conhece um argentino disposto a ajudá-la a chegar a Rocha, no Uruguai. Um road movie que lembra os filmes de Carlos Sorin

O último exorcismo: Por se tratar de um filme produzido por Eli Roth, é melhor do que eu imaginava. Tem bons momentos de horror, mas essa ideia de falso-documentário já me cansou (a não ser os cômicos, que eu acredito poderem render bem mais).

Distrito 9: Boa ficção-científica produzida por Peter Jackson. Situado na África do Sul - o que o diferencia um pouco das demais produções do gênero -, tenta fazer uma relação entre o apartheid e o campo de refugiados alienígenas, dando uns toques de A Metamorfose, do Kafka. Além de levar prêmios, revelou o ator Sharlto Copley para o resto do mundo.

Gnomeu e Julieta: Disputa com Madagascar e Meu malvado favorito o título de animação mais chata. Para quê contar um história à la Romeu e Julieta com gnomos de jardim, com uma trilha sonora sem-graça de Elton John? Mas ainda assim pode valer a pena para quem quiser reconhecer as vozes dos dubladores famosos (Emily Blunt, James McAvoy, Michael Caine, Maggie Smith...).

Educação: Basta dizer que Nick Hornby escreveu o roteiro para que fãs e crítica ovacionassem este filme, que pretende ser um "romance de formação" feminino. Uma pena que fique só na pretensão, pois me fez considerar ainda mais as obras que retratam a passagem para a vida adulta de garotos (sinto muita falta de filmes realmente ótimos que mostrem a infância/adolescência de mulheres e a passagem para a vida adulta).

O Equilibrista: Um documentário poético (até em excesso) sobre Phillipe Petit, artista francês que ficou famoso por atravessar o espaço entre o topo das Torres Gêmeas em um cabo de aço na década de 1970. Os relatos são emocionantes (principalmente os do melhor amigo de Petit, Jean-Louis), porém achei as reconstituições da época um tanto quanto desnecessárias.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Desafio musical - parte 5

021) Uma música para ouvir em uma viagem: Josh Ritter, Snow is Gone
"But I've flown a long way honey hear my confession then I'll go/ I'd rather be the one who loves than to be loved and never even know" - é como os pássaros que viajam longas distâncias buscando um aconchego mais quente; o ser humano pode fazer isso em busca daquele amor, oras!



022) Uma música para aliviar a raiva: Blur, Song 2
Porque às vezes a gente precisa gritar para aliviar a raiva - e nada melhor do que ter os "woo-hoos" do Damon Albarn como companhia.



023) Uma música que te dá raiva: Britney Spears, I Love Rock'n'Roll
Pior do que o pop de baixa qualidade da Britney Spears é ela regravar um clássico do rock e destruí-lo completamente. Se ela amasse tanto rock'n'roll assim não faria uma versão tão ruim que dá raiva.


024) Uma música para celebrar: Ewan McGregor e Nicole Kidman, Elephant Love Medley
Depende muito do que se quer celebrar, mas Elephant Love Medley, de Moulin Rouge (um filme que não gosto) é para aquela celebração romântica meio brega, mas bonitinha.



025) Uma música para dormir: Pato Fu, Boa Noite
Na verdade esta é a música ideal para ouvir antes de dormir, na falta de ter alguém por perto para dar um "boa noite". Ao menos ela é bem-humorada e consegue arrancar um sorrisinho na hora do sono.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Da série...

...Se eu fosse Maria Gasolina

Jenson Button

domingo, 9 de outubro de 2011

Comédia 095 - A Banda

Ficha técnica
Título original: Bikur Ha-Tizmoret. Ano: 2007. País: Israel, França e Estados Unidos. Direção: Eran Kolirin. Com Sasson Gabai, Ronit Elkabetz, Saleh Bakri, Khalifa Natour, Rubi Moskovitz. 87 min - Colorido.

O filme
Um mal-entendido faz com que uma banda militar egípcia se perca e vá parar em uma pequena cidade israelense no meio do deserto. Como não há nada a fazer a não ser aguardar até o dia seguinte para chegar ao local correto, alguns moradores oferecem a casa para que passem a noite. As diferenças culturais abordadas pelo filme fogem da religião e da visão política, apostando em um humor mais leve. Há, por exemplo, o jovem músico galanteador que usa como cantada a pergunta "você gosta de Chet Baker?", para em seguida emendar versos de My Funny Valentine

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Impressões femininas sobre Missão Madrinha de Casamento

Missão Madrinha de Casamento é um filme essencialmente feminino. Produzido por Judd Apatow, que dirigiu besteiróis inofensivos como O Virgem de 40 anos e Ligeiramente Grávidos, é como se fosse uma versão feminina de suas comédias. Aliás, a crítica até rotulou a película de "Se Beber, Não Case de saias". Então, ao assistir se prepare para momentos absurdos, escatológicos, sensíveis e, claro, hilários.
Co-escrito e atuado pela engraçadíssima Kirsten Wiig, do Saturday Night Live, conta também com outra atriz que fez parte do programa, Maya Rudolph. A química perfeita das atrizes ganha o apoio de Melissa McCarthy (vencedora do Emmy 2011 de atriz em série cômica), Wendi McLendon-Covey e Ellie Kemper. Sem esquecer de mencionar Rose Byrne, tão linda quanto talentosa como a arquirrival da protagonista.

Aquela bandeira é um mau sinal
O mundo é das mulheres
O roteiro foca, basicamente, as mulheres. A premissa é simples: Lillian, uma balzaquiana de trinta e tantos, é pedida em casamento. Imediatamente, chama a melhor amiga, Annie, para ser a madrinha. Na festa de noivado, Annie é apresentada às outras madrinhas e conhece Helen, a esposa elegante e rica do chefe do noivo. No meio dessa trama, pouco importa mostrar o relacionamento de Lillian com o futuro marido: a atenção é toda voltada para as mulheres.
Embora o universo feminino seja exposto de forma caricata, o exagero de cada personagem não deixa de ser engraçado. Características como ciúme da melhor amiga, inveja da bonitona rica e incapacidade de lidar com os problemas amorosos e financeiros dão uma profundidade maior à personalidade da boca suja Annie, que não deixa de ser adorável e faz com que a plateia feminina se identifique com ela, tanto nos momentos de sobriedade quanto naqueles nos quais ela não tem a menor razão sobre as atitudes que toma - enfim, é uma personagem que alguns não se atrevem a julgar porque sabem como ela se sente.

Cat fight!
Drama Comédia de situações
Annie é como se fosse a protagonista de uma comédia de situações. Tudo o que acontece é resultado de algo que ela fez ou disse - às vezes, até quando a atitude é de outros. Sarcástica, fala o que pensa, mas não pensa antes de falar. Longe de ser perfeita, acredita ter a razão e joga a culpa do que acontece nos outros - enfim, não é muito diferente de qualquer ser humano. E quando uma grande chance desponta bem na sua frente, ela prefere ignorar porque acha que está lidando com um fato do passado que prefere esquecer - um fracasso provocado não por uma incompetência sua, mas por um conjunto de circunstâncias sócio-econômicas.

Posso levar o Rhodes pra casa?
Homens... tsc
As primeiras cenas mostram Annie e Ted (o bonitão Jon Hamm, da série Mad Men) em uma noitada de sexo, na qual fica subentendido que não está sendo tão legal para ela. Na manhã seguinte, ele simplesmente pede a Annie que vá embora da casa dele. Com medo de assumir compromisso, Ted usa Annie apenas para satisfazer-se. Mas como toda mulher tola, ela é hipnotizada pelo típico cafajeste e insiste nessa estranha relação. Porém, outro homem aparece inesperadamente na sua vida: Nathan Rhodes, um policial rodoviário interpretado pelo irlandês Chris O'Dowd. Mais conhecido pela série britânica The IT Crowd, O'Dowd ganha sua grande chance no cinema, após pequenos papéis em Piratas do Rock e Um Jantar para Idiotas - sem contar o ruinzinho As Viagens de Gulliver, no qual interpreta um péssimo vilão. A fofura em pessoa, Rhodes arrancou suspiros da plateia feminina na sessão em que fui, comprovando que gentileza, sensibilidade e romantismo têm que fazer parte do pacote.

No fundo eu sou gente boa
Comédia romântica?
O filme tem os seus momentos de romantismo à la Bridget Jones (obrigada, Nathan Rhodes!), mostrando a crise da mulher de quase meia-idade que optou por desistir enquanto cumpria a importante missão de ser a madrinha de casamento perfeita. Aliás, a missão é um divisor de águas na vida da anti-heroína: tudo acontece ao mesmo tempo, enquanto se desdobra para impressionar todos e tenta disfarçar o ciúme e a inveja que sente por Helen. É como diz um certo ditado citado no filme: o bom de estar no fundo do poço é que não há como piorar, só restando se reerguer e dar a volta por cima. Será?

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Desafio musical - parte 4

016) Uma música que você acha a letra ruim: 50 Cent, Candy Shop
Abominável! Terrível! Horripilante! Nem todos os clichês de trailer de filme B conseguem definir o que eu penso da letra dessa coisa. PS.: Optei por não publicar.

017) Uma música cujo ritmo você considera interessante: Vampire Weekend, Cape Cod Kwassa Kwassa
Nesta música, o Vampire Weekend faz uma mistura de pop dos anos 1980 com ritmo africano e uma pitada de música latina. Uma melodia que não sai da cabeça - assim como o verso "do you want to fuck?", cantado pelo cara de bom moço Ezra Koenig.




018) Uma música que você curta e seus amigos também: The Beatles, Help
Nada como escolher uma canção contagiante dos Beatles: duvido que algum dos meus amigos não curta Help.




019) Uma música que você ouviria agora (ou está ouvindo): Django Reinhardt, The Sheik of Araby
Eu gosto muito do Django, músico francês que conheci graças a um filme de Woody Allen (Poucas e Boas). 




020) Uma música para "viajar" ouvindo: Kasabian, ID
A sonoridade dela parece ter saído de filme de ficção científica dos anos 70/80. E a ótima voz do Tom Meighan cantando "music is my world"... UAU!

domingo, 2 de outubro de 2011

Mais notas cinematográficas

Medianeras - Buenos Aires na Era do Amor Digital: Um pequeno grande filme argentino, que lembra o brasileiro Apenas o fim. É clara a influência de Woody Allen sobre o diretor e roteirista Gustavo Taretto, que escreve monólogos e diálogos simplesmente deliciosos.

A mão do diabo: Demorei alguns anos para conferir este elogiado suspense que marca a estreia do ator Bill Paxton na direção (foi lançado em 2002). Porém, não achei nada demais - admito que o final me decepcionou bastante.

Van Gogh, a vida de um gênio: Cinebiografia de Van Gogh dirigida por Robert Altman e estrelada pelos ótimos Tim Roth (como o pintor) e Paul Rhys (o irmão, Theo). Considero melhor do que o filme de 1956, protagonizado por Kirk Douglas.

Os imperdoáveis: Premiado western de Clint Eastwood, sem mocinhos ou vilões (em tese, ninguém presta). É inegável que Eastwood aprendeu muito bem a lição com o mestre Sergio Leone, que o dirigiu em vários filmes no início da carreira.

Paixão de alto risco: Filme digno de Supercine, mas eu gostei! Está bem que o mérito vai muito mais para a química perfeita entre Julia Ormond e Tim Roth do que para o roteiro. Aliás, Roth está um "pedaço de mal caminho" - digno de guilty pleasure.

Borboletas Negras: Fraquinha cinebiografia da poeta sul-africana Ingrid Jonker, que se foca mais na vida sexual da escritora do que na sua produção literária. Enfim, esperava um debate político mais profundo.

Bom demais para ser verdade: Nem o elenco, liderado por Colin Firth, Ellen Burstyn e Patricia Clarkson, consegue salvar esse drama boboca do limbo. 

Freud - Além da Alma: Um filme com momentos sublimes, mas o característico exagero melodramático hollywoodiano acaba incomodando. Entretanto, é um "must see" da filmografia de John Huston, com o belíssimo Montgomery Clift como o psicanalista austríaco.

Em um mundo melhor: Drama dinamarquês vencedor do Globo de Ouro e Oscar de filme estrangeiro. O fato de ter dividido a crítica especializada me chamou a atenção. No fim, não achei ótimo nem ruim - é apenas um filme que promete mais do que entrega.

Benny e Joon - Corações em conflito: Quando soube que fazia homenagem a Buster Keaton e Charlie Chaplin, incluí na minha lista. Realmente, é lindo ver Johnny Depp encarnando os gênios, mas... o filme em si não passa muito disso.

sábado, 1 de outubro de 2011

Sob a pele

I'd sacrifice anything come what might
For the sake of having you near
In spite of a warning voice that comes in the night
And repeats, repeats in my ear


Don't you know you fool, you never can win
Use your mentality, wake up to reality
But each time I do, just the thought of you
Makes me stop before I begin
'Cause I've got you under my skin
(I've Got You Under My Skin - Cole Porter)


Não é como aquela canção romântica que escutava aos suspiros, onde um mundo perfeito em tons pastel, brilhante e sonoro, convida a desfrutar um passeio pelo boulevard multicores, perfumado pelas flores que brotam tímidas na primavera e se revelam sensuais num desabrochar em câmera lenta. A brisa doce dissipa e uma fumaça cinzenta toma o seu lugar, enquanto a música da manhã é encoberta pelos sons urbanos. O raio de sol se apaga quando nuvens espessas o encobrem e trazem a garoa consigo. 
A pele arde e as unhas lutam contra a incômoda coceira, até rasgar a superfície e abrir um corte rosado, de onde tiro um pequeno objeto. Um papel enrolado como um pergaminho, quase minúsculo, que ao ser aberto revela um nome. O seu nome. Solto-o para que o vento se encaminhe de levar para longe de mim, enquanto corro e me fecho no quarto.
Sob a coberta, a respiração ofegante e o suor frio precedem o murmúrio invisível, que sopra as sábias palavras de alerta com as quais tentou me prevenir anteriromente. "Eu avisei, sua tola. Um dia a realidade sóbria ocuparia o lugar da fantasia embriagada e a arrastaria para longe daquela ilusão disfarçada".
Sacrifiquei desejos concretos pela satisfação de estar onde estivesse. Via cores onde repousavam as cinzas de suas presas anteriores, e as jogava para o alto como se fossem glitter. Agora, é a minha alma que se arrasta por entre a poeira enegrecida do seu passado. E embora o meu presente seja escuro e sufocante, enxergo uma pequena abertura neste manto pesado sobre mim, por onde vejo uma outra realidade, desfocada e misteriosa, que me convida a abandonar o conforto da reclusão e desfrutar uma nova perspectiva. Sob a minha pele... tinha o seu nome.