Almas à venda: Um wannabe Charlie Kaufman com uma premissa interessante: uma clínica que retira almas e até aluga ou faz transplantes. Mas faltou um algo a mais, aquilo que Kaufman consegue imprimir na maioria de seus filmes: uma aura verdadeiramente filosófica ou simplesmente fascinante.
A caçada: Usando os conflitos na Bósnia como pano de fundo, não consegue alcançar nenhum objetivo (de discutir a guerra, o papel de jornalistas nem qualquer outro assunto). Pelo menos deu para suspirar pelo fofíssimo Jesse Eisenberg.
Além da estrada: Co-produção uruguaia-brasileira, belissimamente filmada e com uma história bastante simples: uma viajante belga perdida conhece um argentino disposto a ajudá-la a chegar a Rocha, no Uruguai. Um road movie que lembra os filmes de Carlos Sorin.
O último exorcismo: Por se tratar de um filme produzido por Eli Roth, é melhor do que eu imaginava. Tem bons momentos de horror, mas essa ideia de falso-documentário já me cansou (a não ser os cômicos, que eu acredito poderem render bem mais).
Distrito 9: Boa ficção-científica produzida por Peter Jackson. Situado na África do Sul - o que o diferencia um pouco das demais produções do gênero -, tenta fazer uma relação entre o apartheid e o campo de refugiados alienígenas, dando uns toques de A Metamorfose, do Kafka. Além de levar prêmios, revelou o ator Sharlto Copley para o resto do mundo.
Gnomeu e Julieta: Disputa com Madagascar e Meu malvado favorito o título de animação mais chata. Para quê contar um história à la Romeu e Julieta com gnomos de jardim, com uma trilha sonora sem-graça de Elton John? Mas ainda assim pode valer a pena para quem quiser reconhecer as vozes dos dubladores famosos (Emily Blunt, James McAvoy, Michael Caine, Maggie Smith...).
Educação: Basta dizer que Nick Hornby escreveu o roteiro para que fãs e crítica ovacionassem este filme, que pretende ser um "romance de formação" feminino. Uma pena que fique só na pretensão, pois me fez considerar ainda mais as obras que retratam a passagem para a vida adulta de garotos (sinto muita falta de filmes realmente ótimos que mostrem a infância/adolescência de mulheres e a passagem para a vida adulta).
O Equilibrista: Um documentário poético (até em excesso) sobre Phillipe Petit, artista francês que ficou famoso por atravessar o espaço entre o topo das Torres Gêmeas em um cabo de aço na década de 1970. Os relatos são emocionantes (principalmente os do melhor amigo de Petit, Jean-Louis), porém achei as reconstituições da época um tanto quanto desnecessárias.
Um comentário:
fui ver Distrito 9 sem a menor pretensão e acabei adorando o filme! achei super bem feito e com uma metáfora nada clichê e super válida.
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