Eu não sou o tipo de pessoa que busca diversidade musical e ouvir de tudo um pouco. Muito pelo contrário: ouço muito de pouco. E se eu realmente gosto, escuto sem cansar. Portanto, foram poucos os artistas e bandas que passaram pelo meu player. Se de cara eu não curto, raramente dou uma segunda chance, como aconteceu com o Strokes e seu álbum Angles, que não passou de uma escutada morna.
Outro álbum recente que (ainda) não me pegou de jeito foi Wasting Light, do Foo Fighters. Longe de ser ruim, apenas considero não estar em uma fase barulhenta, com berros do Dave Grohl.
Por outro lado, já no finzinho do ano, tenho escutado bastante The Black Keys e o espetacular El Camino, que aposta na máxima “em time que ganha não se mexe” (Danger Mouse permanece como co-produtor), mas muda a técnica das jogadas (menos soul, menos blues, mais moderno). É impressionante como todas as canções têm cara som de hit. E a dupla prova que não gosta mesmo de se repetir.
Miles Kane também me pegou de jeito nas últimas semanas de dezembro. Seu primeiro álbum solo, The Colour of the Trap, é uma mistura de bandas boas hypadas da década passada (Kasabian e Arctic Monkeys, principalmente) com The Verve e Oasis. Confesso que nunca tinha ouvido falar dele até então, mas o rapaz já está na cena musical há alguns anos.
E não posso deixar de mencionar também Noel Gallagher High Flying Birds, que dá uma ressuscitada no saudoso britpop da década de 1990 com um trabalho que tem corpo e alma. Vindo do ex-líder do Oasis, não poderia ser menos do que isso.
Claro que também tem as bandas que ouvi incessantemente em 2011, sem necessariamente serem trabalhos lançados neste ano, tais quais a discografia completa do Black Keys pré-El Camino (com destaque para Rubber Factory (2004), Magic Potion (2006) e Brothers (2010)); Vampire Weekend, The Avett Brothers e Mumford & Sons.
E pra fechar a lista, deixando um pouco a testosterona de lado: dificilmente me encanto com a voz de alguma cantora, mas enquanto muito apontam a Adele como o nome de 2011, eu curti mesmo a Lissie, que acabei conhecendo nos 45 minutos do segundo tempo.
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