terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Aquele cansaço

Eu não diria que é desânimo, mas um cansaço extremo. Um ano sem férias, um ano sem viajar. Decidi adiar alguns meses para me planejar melhor e resolver algumas pendências primeiro - porque eu não mereço passar as férias inteira em casa. Resultado: cansaço físico maior do que o mental, algo raro para mim.
Curto meus hobbies do meu jeito, mas às vezes dou aquela enjoada deles e já começo a pensar longe, viajando mentalmente em qualquer coisa. Desanimo porque é difícil conseguir companhia para viajar, já que cada um tem seu tempo e o meu nunca parece "bater" com o de ninguém mais. 
Uma coisa é certa: preciso me desligar de tudo nas férias (ainda que as próximas sejam curtas), assim como fiz em 2010. Eu queria muito ir a algum lugar a milhas de distância daqui, onde eu tivesse que me conformar, mais uma vez, com a máxima "mas que pena, nada posso fazer daqui". Quero voltar a ser a estranha num lugar estranho - e não a estranha que sou num lugar familiar. E, acima de tudo, descançar me cansando de ver coisas novas e lugares diferentes. 
Esse cansaço que faz as pessoas perguntarem "sente-se bem?", numa alusão indireta àquele programa de TV que eu assistia durante a infância e além. Cansaço que faz com que meu corpo fique pregado ao colchão ao desperar do alarme. Cansaço contornado pela hiperatividade cerebral, sempre se ocupando e pensando em algo desafiador. Cansaço, aquele. É o que espero dizer daqui a alguns meses.

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