segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Mais notas cinematográficas

Cavalo de Guerra: Sério, Spielberg? Não falo nem no mau uso de ótimos atores, mas do enredo entruncado e do quase desespero em emocionar o público. A trilha de John Williams está entre os trabalhos menos memoráveis do compositor. Alguns aspectos técnicos, entretanto, conseguem funcionar bem - mas o que dizer de alguns efeitos de fundo dignos de PhotoShop?

Ganhar Ganhar: Filmes estrelados pelo Paul Giamatti sempre despertam meu interesse. Essa simpática comédia do diretor de O agente da estação, o também ator Thomas McCarthy, cumpre a premissa de ser um filme agradável e sutil, sem apelar para fórmulas fáceis.

Missão Impossível - Protcolo Fantasma: Realmente, é o melhor filme da desinteressante série cinematográfica. Mas como errar colocando o Brad Bird na direção, dando mais espaço para Simon Pegg fazer suas graças e apostando no sensacional Jeremy Renner (ainda que num papel que não faça jus ao seu talento)?

Se beber, não case - Parte 2: Eu tinha que ver com meus próprios olhos essa besteira. Infelizmente.

A sombra de uma dúvida: Ainda que o diretor não seja ainda o mestre Hitchcock (o filme é do início da década de 1940), nuances do futuro gênio do suspense são perceptíveis. Gostei muito da história ambígua sobre a relação entre um tio e a sobrinha, que aponta para um mistério macabro permeado pelo american way of life. E Joseph Cotten... ah, Joseph Cotten!

A pele que habito: Confesso que mesmo com os elogios midiáticos sobre o filme, estava com o pé atrás, ainda porque qualquer coisa que o Almodóvar faça é ovacionada - como o dispensável Abraços Partidos -, mas este é realmente dos bons. Um filme que prende a atenção do início ao fim e surpreende com sua audácia.

A Honra do Poderoso Prizzi: Gosto muito dos filmes do diretor John Huston, mas este aqui é quase um desastre. Nem Jack Nicholson ou Kathleen Turner - só Anjelica Huston, filha do cineasta, salva. Aliás, não entendo como recebeu tanta indicação ao Oscar, mas pelo menos faturou o prêmio na única categoria justa, que foi atriz coadjuvante para... Anjelica Huston. 

O espião que sabia demais: Filmão britânico com um elenco que desconfio ser o melhor da década. Complexo, envolvente, bem dirigido-escrito-editado-atuado. Lembra muito as séries da BBC, com seu estilo meio blasé e elegante. Porém, é preciso ceder para gostar dele.

Uma manhã gloriosa: Estúpido e simpático, ao mesmo tempo. Harrison Ford em um bom papel como não vejo há anos, mas Diane Keaton desperdiçada. Rachel McAdams é encantadora, ainda mais interpretando uma workaholic da área do jornalismo (é produtora de um programa de variedades na TV). Vale a pena para aquele fim de tarde. 

Kung Fu Panda 2: Eu não sou fã do primeiro, mas adorei a sequência da animação do simpático panda glutão lutador de kung fu. Tem momentos de fazer o espectador derreter de ternura, mas com cenas de ação que não devem nada aos blockbusters hollywoodianos.

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