Caminho da liberdade: O elenco chama a atenção - Ed Harris, Saoirse Ronan, Mark Strong, Colin Farrell e Alexandru Potocean (OK, este é semi-desconhecido, mas já vi alguns filmes e gosto de suas atuações). Porém, o protagonista é Jim Sturgess, que eu acho fraco, mas aqui até que dá conta. Na direção, o mestre Peter Weir, que costuma conduzir bem filmes sobre os desafios que o homem enfrenta em busca de seu destino. Aqui, trata-se de um grupo de prisioneiros na Sibéria em plena Segunda Guerra Mundial, que escapa dos soviéticos e parte rumo à Índia em uma longa jornada por lugares inóspitos e perigosos (as imagens de encher os olhos fazem jus ao à coprodutora National Geographic). Senti falta, no entanto, de uma profundidade maior dos personagens. E, apesar de ser inspirado em fatos reais, várias situações não convencem e o filme precisaria de um tempo de duração ainda maior para desenvolvê-las.
Hanna: Joe Wright é um diretor revelação da última década cujos trabalhos parecem procurar uma forma de terem sua autoria reconhecida. De fato, ele é responsável por belos planos sequência que permanecem na memória mesmo anos após assisti-los (a Normandia em guerra em Desejo e Reparação, por exemplo). Em Hanna, uma mistura de ação, drama e suspense que parece ter bebido na fonte de Mogli, O Menino Lobo e A Identidade Bourne, o diretor cria uma sequência de luta com Eric Bana de deixar o queixo caído. Mas o filme em si precisava de um "algo a mais".
Um clarão nas trevas: Audrey Hepburn em um suspense como uma mulher cega encurralada por bandidos em seu apartamento? Premissa surpreendente e uma boa atuação da musa - embora exagerada em algumas partes -, resultando em um filme claustrofóbico e tenso. Destaque para Alan Arkin no primeiro grande papel de sua longeva carreira.
Precisamos falar sobre o Kevin: Um filme tenso e marcado pela ótima atuação de Tilda Swinton e do (quase) novato Ezra Miller. Com uma narrativa instigante, achei que o personagem do título merecia um tratamento mais aprofundado por parte dos roteiristas, já que vemos apenas a mesma faceta rebelde - e má.
Carros 2: Sequência desnecessária de uma animação da Pixar que eu nem gostava tanto assim, apesar de reconhecer seus méritos.
Ca$h: Oui, Jean Dujardin! Peguei esse filme só para conhecer algum outro trabalho dele além de O Artista. Achei uma trama muito americanizada, apesar de ser um filme francês. A reviravolta não é empolgante, assim como a história central. Mas vale um fim de tarde.
Nunca diga nunca: Outro com o Jean Dujardin, uma comédia de época fraquinha que só vale para vê-lo na plenitude da cafajestagem (seja bem vestido ou "ao natural").
O Besouro Verde: Não é ruim como dizem. Quer dizer, o roteiro de Seth Rogen e Evan Goldberg é uma grande bobagem, mas considerando o que tinha em mãos para dirigir, Michel Gondry até que fez um trabalho admirável. E vamos parar de desperdiçar o Christoph Waltz com vilões babacas, né gente.
Filhos da guerra: Filme franco-alemão-polonês de 1990 que se propôs a retratar o nazismo sob o ponto de vista de um adolescente judeu que conseguiu se infiltrar entre os alemães sob uma nova identidade. Uma história incrivelmente real, mas que perde um pouco pela forma usual com a qual infinitos filmes já trataram do mesmo tema.
Amor À Toda Prova: Comédia romântica boba (assim como 90% delas) que prega lutar pelo grande amor até o fim, seja qual for a humilhação pela qual ele tenha feito você passar. Apesar do ponto de vista ignorante do roteirista Dan Fogelman, alguns momentos inspiradores dão pontos positivos ao filme, assim como o elenco magistral (Steve Carell, Ryan Gosling, Julianne Moore e Marisa Tomei).
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