Às vezes sinto falta do frio na barriga e da ansiedade. São sensações que me fazem pensar, por um segundo, em desistir de tudo e voltar à rotina e ao conforto, mas nos 59 segundos seguintes os planos continuam despertando minha mente e a botam para trabalhar. Daí, na hora de dormir, meu cérebro começa a viajar, enquanto meu corpo continua ali, imóvel.
Aos poucos, os planos começam a ser delineados. E a proximidade da data me faz pensar que preciso ser mais rápida para decidir sobre o que irei realmente fazer. Explico: vou tirar férias curtas daqui a um mês e outra mais longa em alguns meses. A primeira está quase certa (vou viajar por aqui mesmo, então não tenho muito o que resolver), mas na segunda quero fazer algo diferente, que vai depender de mais força de vontade, planejamento e dinheiro.
Já comecei a ler o guia de viagem e, aos poucos, vou tendo certeza de onde quero ir e do que quero fazer. Em abril preciso estar com tudo tudo acertado - passagens compradas e roteiro delimitado -, para nos meses seguintes ficar mais tranquila para pensar em outros detalhes, como escolher agências no próprio país, ver se vale mais a pena hotel, hostel ou couch surfing, o que exatamente levar e como me virar para lavar a roupa... essa parte chata.
A falta de férias me deixa ou com estresse ou com desânimo. E para mim elas não foram feitas para simplesmente descansar ou colocar outros assuntos pessoais em dia: servem para eu me desligar e ter um tempo só meu, longe de aborrecimentos. Sentir novos ares e não me preocupar tanto com os ponteiros do relógio (detalhe: foi assim que passei o dia inteiro no museu de Wellington e não tive tempo de ver tudo, pois a hora de fechar chegou antes que eu lembrasse dela). Desligar da correria e barulho dessa cidade que eu gosto, mas que me deixa enjoada de vez em quando.
O único tic tac que quero escutar é o da minha cabeça pensando e contando os minutos para levantar da cama e fazer algo que não seja nada rotineiro. Veremos.
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