Sobrevivi para contar a história. Ou para guardá-la comigo.
De repente, uma melancolia sutil se apoderou de seu corpo e cresceu conforme pensamentos e ideias reviravam em sua mente.
A respiração pesada atingiu o fundo da alma e retomou fôlego na forma espiralada de um suspiro. Os olhos piscaram lentamente e fitaram o nada.
Algo queimava dentro de si, exalando uma desagradável sensação de incerteza, enquanto a noite a encobria com seu manto negro e áspero.
O bocejo denotava cansaço. O olhar, tristeza. As mãos, ansiedade. Os pés, pressa. E o coração, tudo ao mesmo tempo em um milésimo de segundo.
Tudo girava ao seu redor. As vozes ecoavam lentamente e o calor permeava o ambiente. A sobriedade que ainda restava evaporou, tal qual a idealização minguante que insistia em permanecer na cabeça.
Os lapsos de memória traziam de volta o aroma, que parecia cintilar, até enfraquecer e desaparecer completamente.
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