Não sei porque as pessoas se empolgam tanto com o começo de um ano se o melhor é o final dele: feriados, festas e afins. Isso porque estou longe de ser uma pessoa festeira, mas só de ter um tempo para eu gastar como quiser, já me animo um pouco.
Começo de ano é chato. Mal acabam as festas e você tem que voltar para seu emprego, encarar as mesmas chatices e controlar a impaciência. A rotina segue igual antes - a não ser que tenha dado sorte de recomeçar em um novo trabalho. Essa aura de esperança de que "o próximo ano será melhor" só vale se eu tenho algum projeto em andamento e prestes a ser concretizado - tipo quando viajei, em 2010. De resto, sua vida não vai mudar - e se mudar, os esforços poderiam valer para qualquer ano, até para o que terminou.
Eu não pretendo criticar quem pensa diferente de mim - afinal, quem sou eu para fazer isso? Só acho que se agisse com superstições e esperanças (vestir branco na virada do ano, pensar positivo a todo instante, sair cantando "Shiny Happy People"...) estaria indo contra meus próprios princípios e crenças pessoais. Um ano bom não depende dessas bobagens. Na verdade, depende apenas uns 50% de você.
E quem disse que precisamos ser alegres o tempo inteiro? Que precisamos apenas enxergar o lado bom das coisas, dar segundas chances e melhorar nossos "defeitos"? Pois eu vou continuar sendo preguiçosa, rabugenta e impaciente em 2014. Mentiria se dissesse que vou mudar. Ninguém muda assim, por mais que se esforce. Talvez consiga disfarçar.
Por isso, não desejo que as coisas mudem em 2014. Desejo oportunidades para mudar as coisas, ânimo e sentimento de realização quando algo bom acontecer. O que 2013 teve de bom, espero que permaneça. E o que teve de ruim, se for para repetir, gostaria de ter inteligência e sensibilidade para encarar de maneira diferente. Afinal, é assim todos os anos: o que muda é a experiência, e não os dias que se seguirão após o 31 de dezembro.
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