terça-feira, 29 de abril de 2014

Desafio dos 200 filmes - parte 12

56) Um filme com muito sangue: Kill Bill Vol. 1 (idem, 2003)
Não costumo ver filmes sangrentos, mas diria que este foi um dos mais sanguinolentos - e exagerados - que já vi.


57) Um filme preto e branco: Aconteceu Naquela Noite (It Happened One Night, 1934)

Foi o primeiro que lembrei - já vi dezenas em preto e branco. Fora que é muito divertido.


58) O último filme que você assistiu: A Birder's Guide to Everything (2013)

Bonitinho.


59) Uma comédia sem graça: Se Beber Não Case - Parte 2 (The Hangover - Part 2, 2011)

Uma cópia piorada do primeiro filme.


60) Um filme complexo: Alphaville (idem, 1965)
Mas acho que talvez não seja tão complexo assim, só chato mesmo.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Lupita

Nesta semana, a atriz Lupita Nyong'o foi eleita pela revista People a mulher mais bela do mundo. E, como toda lista, muita gente discorda. Antes de dizer se concordo ou não com a escolha, observo que listas do tipo não devem ser levadas a sério por muitos motivos. Vamos lá:
- A própria People, uma publicação sobre celebridades, não deve ser levada a sério.
- A beleza é relativa e cada um tem o próprio conceito sobre o assunto.
- É impossível definir a pessoa mais bonita do mundo, sendo que conhecemos uma parcela ínfima de habitantes do planeta Terra.
- As pessoas escolhidas costumam estar no auge na carreira, então seria mais honesto se a lista fosse intitulada "celebridade bem-sucedida/popular mais bonita do momento".

Dito isso, afirmo que essas listas trazem benefícios apenas para as publicações, celebridades mencionadas e agentes das mesmas. Por outro lado, a escolha da mais bela deste ano está abrindo espaço para outro tipo de debate: o padrão de beleza hollywoodiano está diversificando. 
Se antes as listas eram lideradas por branquelas magérrimas, de cabelos claros e alisados e nariz afinado, atualmente elas estão mais variadas. Este ano, por exemplo, além de Lupita, Mindy Kaling, Gabrielle Union, Kerry Washington e Pink são as belas que fogem do estereótipo mencionado. Por isso, antes de simplesmente dizer "concordo/discordo", é preciso analisar a diversidade do padrão de beleza, que está mais próximo das mulheres reais do que nunca. E, vale dizer, muitas pessoas, sobretudo jovens, inspiram-se nesses padrões perpetuados por revistas para elevar a própria autoestima, percebendo que não há apenas um tipo de mulher bela, mas inúmeros.

Sobre a Lupita: sim, ela realmente é uma das mulheres mais lindas do mundo, independentemente de ter sido eleita pela People, ter ganho o Oscar ou estar pegando o Michael Fassbender.


segunda-feira, 14 de abril de 2014

Camafeu

Fechou os olhos e contou até dez. Quando abriu, viu uma pequena caixa sobre a mesa. Passou os dedos sobre a tampa e sentiu a textura macia do tecido vermelho. Era leve e estava envolta por uma fita de cetim rosa-bebê. Enquanto analisava a caixa, ele a observava com o olhar ansioso, tentando disfarçar a apreensão com um gole de vinho. Com um sorriso nos lábios, olhou para ele e começou a puxar o laço delicadamente, como se desfazê-lo fizesse parte de um cerimonial. 
Quando a tampa da caixa estava desimpedida, levantou-a. Demorou alguns segundos para olhar dentro. Retirou outra caixinha e teve dificuldade para abri-la. Assim que ele ofereceu ajuda... clique. Sentiu o coração bater aceleradamente, suspirou e olhou novamente para ele. Finalmente, retirou uma corrente prateada com um camafeu. Nele, identificou seu perfil: os cabelos ondulados, o queixo reto, os lábios grossos. A imagem parecia uma releitura clássica de si mesma.
Surpresa, tentou agradecer, mas algo a impedia de dizer. Os olhos marejaram, mas nenhuma lágrima escapou. Destravou o fecho e pediu que ele colocasse em seu pescoço. Aproximou-se e a ajudou com o colar. Tocou no camafeu e olhou para ela, admirando ambos.
A cada encontro, o camafeu estampava-lhe o colo. Ela nunca agradeceu pelo presente. Ele nunca perguntou se havia gostado. Conforme a convivência se tornou diária, o acessório era constante. Passaram-se décadas e, todos os dias, ele notava como o camafeu permanecia um retrato fiel. 
Em uma quinta-feira nublada, bateram à porta de casa. Interrompida pela visita, fechou o livro e levantou-se do sofá. Ao atender, ouviu a notícia de que ele havia passado mal subitamente, sendo levado ao hospital. Era o coração, provavelmente. Um tremor agitou-lhe as mãos, enquanto a vista escurecia lentamente. Ao recuperar o fôlego, pediu que fosse levada imediatamente até ele.
Ao vê-lo na cama, sentiu que aquele seria o último encontro. Aproximou-se silenciosamente e chamou pelo seu nome. Quando ele abriu os olhos, viu o camafeu sobre o colo e os dedos alisando-o levemente.
- Adorei o camafeu que me deu. 
- Eu sempre soube. 

terça-feira, 8 de abril de 2014

O último/ A última...

... Filme visto: O Castelo no Céu
... Filme visto no cinema: Belém - Zona de Conflito
... Episódio de série visto: final de Garth Marenghi's Darkplace
... Álbum escutado: Tell It To The Volcano, do Miniature Tigers
... Livro comprado: "Almanaque 1964", da Ana Maria Bahiana
... Compra mais do que necessária: uma mesa
... Hobby retomado: Tumblr
... Exposição visitada: "Visões na Coleção Ludwig", no CCBB-SP
... Guloseima provada e aprovada: cannoli da Cannoleria Casa Di Dante
... Cerveja nova degustada: Karavelle Weiss

sábado, 5 de abril de 2014

Desafio dos 200 filmes - parte 11

51) Um filme para assistir a dois: A Primeira Noite de um Homem (The Graduate, 1967)
Acho que qualquer filme pode ser visto a dois - embora eu prefira ver filmes românticos e melosos sozinha. Mas já que preciso citar um, vai este.


52) Um filme cult: The Rocky Horror Picture Show (1975)
Acho que o trailer explica a minha escolha.


53) Algum filme com mérito pouco reconhecido: Cyrano De Bergerac (1990)
Escolhi um da minha lista de 100 filmes favoritos. Acho que está esquecido hoje em dia, então como eu adoro a história teatral de Edmond Rostand, penso que seu mérito seja pouco reconhecido.


54) Um filme cujo personagem principal é um animal: A Incrível Jornada (Homeward Bound: The Incredible Journey, 1993)

Podem ser três animais?


55) Um filme de enredo simples: Até o Fim (All is Lost, 2013)

Simples, mas que resultou em um grande filme.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Café da tarde

Aquele lanchinho no final da tarde é sempre uma recompensa para um dia difícil ou tedioso. Em bons momentos, pode embalar a tarde com um laço prateado e preparar para uma noite agradável. Não precisa ter requinte nem excessos; pode ser em companhia ou sozinho; pode ser o lanchinho favorito ou alguma surpresa.

Em tempos de economia, ficar horas fora de casa requer um lanchinho para forrar o estômago antes de voltar para casa e jantar. Nas últimas semanas, elegi outros preferidos e estou aberta a conhecer lugar novos e provar outras delícias que não pesam no bolso.


Para começar, os deliciosos cookies do Mr. Cheney. Os cookies mais saborosos que eu havia experimentado até então foram na Nova Zelândia, mas os biscoitos fresquinhos da rede de franquias brasileira não ficam devendo em nada. Embora o preço não seja tão convidativo (cada um sai por R$ 4,30), compensa cada mordida.


Se a pedida for experimentar cannoli em um ambiente aconchegante, a dica é passar na Cannoleria Casa Di Dante. Foi o primeiro e único cannoli que provei, então não tenho como comparar com outros, mas posso dizer que só não pedi mais um de outro sabor (o que comi foi o tradicional de ricota, pistache e cereja) porque estava com pressa para ir embora.


Caso o momento peça um cafezinho, o Cafezal, localizado no Centro Cultural Banco do Brasil, é um dos meus favoritos. Para o frio, indico o Café do Papa. No calor - ou em momentos de pura gulodice -, sempre peço o Affogato (ainda não bebi um tão bom quanto o que eles servem).