Após a consulta de quinta-feira com a psicóloga, eu me sinto mais leve - como se estivesse passando para uma nova fase, ao contar-lhe coisas que minha mente bloqueava. Por isso dizem que esse tipo de tratamento pode levar anos, pois demora para nos sentirmos totalmente confortáveis e confiantes até nos abrirmos. Estou comendo melhor e tenho até mais ânimo.
Minha avó já recebeu alta do hospital e está aqui em casa. Preciso evitar ficar down neste período - se bem que não somos nós quem controlamos isso -, por isso vou tentar me manter mais animada.
Foi bom sair, ver pessoas que não encontrava há algum tempo, respirar o ar noturno da cidade, desligar-me um pouco daquilo que tomou conta de mim nos últimos meses. E o mais importante: deixar de me pressionar para tomar decisões que podem esperar o tempo que for.
Não quero pensar em recaídas nem em sentimentos e emoções que possa vir a ter nos próximos dias. Quero viver o agora, dedicar-me a eu mesma, dormir, acordar, comer, trabalhar, estudar, escrever... sem lembranças ruins me acometendo, sem arrependimentos me invadindo, sem o passado me interrompendo. Enfim, deixar o mar da tranquilidade me invadir e ignorar que um dia a maré diminuirá.
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