Evitei escrever aqui nos últimos dias para dar um tempo à minha cabeça, tentar desviar os pensamentos e procurar outras coisas para me ocupar. Ajudou um pouco, mas ainda sinto a necessidade de escrever neste espaço.
Nesta semana, consultei com um especialista e comecei o tratamento. Um dos medicamentos tem efeitos mais fortes, porém nada comparado ao que tentei tomar ano passado. Início de tratamento é sempre difícil, o organismo está se adaptando e a gente parece querer resultados ultra-rápidos. Acho que por isso a ansiedade parece dobrar.
Sinto-me cada dia mais introspectiva, embora dedique tempo ao lazer e passatempos. Busco sair nos finais de semana, ir ao cinema, ao bar, conversar, dar umas voltas... andar faz bem - seja a pé ou mesmo de ônibus.
Hoje pensei no quanto ainda estou confusa. Quando tentava manter contato com ele, eu sentia que estava me torturando, por gostar e fingir que conseguiria lidar com tudo. Agora que não tenho mais contato, continuo me torturando, por querer conversar e me forçar a manter distância. Ainda não sei qual atitude é a pior, mas ambas me fazem sofrer.
Quando penso nele, procuro lembrar também tudo o que me incomodava e, de certa forma, me fez tomar a decisão final. Porém, no fim acabo me culpando por certas escolhas que eu mesma fiz - o que me faz mais mal. É tão complexo que se eu escrevesse um livro, não faria o menor sentido. O fato de eu saber de algumas coisas que, com o tempo, agravaram-se na minha mente, também não ajuda em nada.
Só digo isso: não há um motivo ou uma verdade, mas vários fatos que orbitam ao redor de um mesmo eixo. E não suporto quando tentam diminuir o que sinto com frases prontas e até estereótipos como "a gente não pode idealizar uma pessoa ou querer mudá-la". Se soubessem metade do que aconteceu, jamais perderiam o tempo com "conselhos" do tipo.
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