Há algum tempo eu não praticava binge watching com alguma série que realmente me importasse, sendo as últimas House of Cards e True Detective. Até que fim de semana passado vi que a Netflix tinha disponibilizado a britânica (da BBC) Life on Mars. Já haviam comentado sobre ela comigo há algum tempo, mas nunca tinha corrido atrás. Aproveitei o tempo livre e conferi o episódio piloto. Adorei. Vi o seguinte. E num fim de semana terminei a primeira temporada (são 8 episódios de 50 e poucos minutos cada).
Devo terminar a segunda - e última - temporada até o próximo final de semana. Se o series finale me agradar bastante, vou procurar o spin-off de Life on Mars, intitulado Ashes to Ashes. Fãs de David Bowie e conhecedores de (boa) música devem ter percebido que ambas têm nome inspirado em dois sucessos do multi-artista britânico. No Caso de Life on Mars, é a música que toca no rádio do protagonista quando ele sofre um acidente e é misteriosamente mandado para o ano de 1973.
Aliás, ele tem nome: Sam Tyler (John Simm), investigador de polícia em Manchester, Inglaterra. Ao acordar 33 anos antes (a série foi criada em 2006), ele acaba assumindo o mesmo cargo de detetive e ajuda os colegas setentistas a resolver crimes com um pouco mais perspicácia. Mas quem dá show mesmo é seu superior, Gene Hunt (Philip Glenister), o personagem mais emblemático do programa: um sujeito durão e arrogante, com pinta de anti-herói e impossível de odiar.
A trilha sonora é um dos destaques: escolheram só o que a época tinha de melhor - até o déjà vu de Tyler é de bom gosto, ao som de Pulp. E apesar da estrutura ser de "um crime por episódio", é eficiente por sempre entregar algo sobre o misterioso incidente da viagem no tempo e o impacto do presente no passado e vice-versa.
Enfim, se as novidades da televisão estadunidense não forem empolgantes o bastante para passar o tempo, Life on Mars pelo menos faz entretenimento com qualidade.
Obs.: Fiquei sabendo que os norte-americanos fizeram uma tentativa (frustrada) de adaptar a série para o estilo deles. Apesar de ter Harvey Keitel - que eu não duvido que interpretou o investigador-chefe -, eu a descartaria completamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário