domingo, 21 de dezembro de 2014

Do momento

Quem me conhece sabe o quanto eu tenho me esforçado para sair desse turbilhão emotivo que parece uma escuridão que pode me engolir a qualquer hora do dia. O quanto tenho evitado escutar o que não quero, fazer o que não quero, dizer o que não quero, discutir em quaisquer circunstâncias... enfim, tolerar o que não quero. Tenho meus outros meios para desabafar, mas agora simplesmente me senti compelida a utilizar meu espaço para isso.
Eu tento me distrair muito para não ficar mal. Saio com amigos ou mesmo sozinha, para fazer algo que quero na hora, e não deixar para depois. Mas agora, as lembranças ruins simplesmente me agarraram e o choro não cessa. Eu tento pensar nas coisas boas que fiz recentemente. Se eu não tivesse ido e trabalhado na Comic Con, sinceramente, acho que teria ficado muito mal Por isso falo com tanto carinho daqueles quatro dias, que me cansaram muito, mas acrescentaram muito para mim também.
Quando repenso a minha posição como mulher, as coisas que ouvi nos últimos dois anos e até pelo que passei, fico profundamente entristecida. Por meses, coisas que pensei serem normais, não eram. Eu sei que não devo me culpar por minha própria mentalidade ter quase acabado comigo, mas queria muito ter pensado assim antes que várias dessas coisas me acontecessem.
Quando alguém em quem você confia faz e diz coisas que acabam com você com o passar do tempo, parece que foi tudo jogado no lixo. Apesar de falar desses acontecimentos com algumas pessoas, para tirar o peso que eles têm sobre mim, fazer-me um certo bem, eles não vão deixar de ter acontecido e muito menos deixar de estar atrelados a alguém. Eu já tentei encolhê-los e esmagá-los antes, tirar todo o significado que têm sobre mim, mas estarão sempre naqueles pontos do passado, sem poderem ser apagados, apenas enfraquecidos.

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