Nunca tive nada contra você. Mas, após assistir a alguns filmes nos quais você assume papéis importantes para a narrativa, passei a tomar birra. Você aparece toda linda na tela, mas quando atua, logo percebo que algo não está bem. São as câmeras que te deixam meio tímida? É o excesso de luz? Ou a preocupação em não conseguir decorar todas as falas?
Você atua de um jeito feijão-com-arroz, embora os filmes que faça não exijam nada muito acima disso. É uma coisa meio preguiçosa, porque conseguimos nos encantar pelo seu estilo próprio, mas não pelas suas atuações e presença na tela. Daí, desisti de você.
Porém, quando te ouvi contando Stars Fell On Alabama, com o M. Ward, decidi dar mais uma chance - ao menos musicalmente falando. Por que você se expressa tão lindamente com a voz enquanto, na frente das câmeras, coloca-se no piloto automático para os seu olhões azuis cuidarem de tudo?
Pois bem, Zooey, é isso que você é: uma folk star, uma moça que escolhe a dedo as canções clássicas de standard que vai gravar, reunindo-se com M. Ward para um brainstorm de ideias que rendem ótimas músicas, deliciosas de ouvir. E a sua voz é tão única neste universo pop onde gritar é pré-requisito, além de mostrar partes do corpos que podem ser cobertas até com uma minissaia e um top.
Então, Zooey, peço desculpas por tê-la subestimado. Sua dupla, She & Him, é adorável e parece querer me levar para viajar a uma época distante, em que as músicas pareciam dizer algo mais do que hoje em dia. São melodias quase perfeitas encaixadas nos lugares certos, a combinação de sua voz com a do Ward, a sintonia entre vocês torna esse projeto um must.
E ninguém acreditaria se eu contasse que Zooey Deschanel é uma de minhas artistas musicais favoritas da atualidade, com ou sem franja, com os olhos abertos ou fechados. O que importa é a moça por trás do microfone entoando canções que fazem sonhar.
Um comentário:
Zooey é amor, e malícia nas entrelinhas. rs
Postar um comentário