Eu me sentia sem força. Depois de tanto lutar contra os pensamentos e as lágrimas que insistiam em cair, desisti e senti meus olhos embaçarem. Em seguida, meu rosto queimou aos poucos, conforme a lágrima descia, dilacerando a pele até o pescoço. Simplesmente deixei de me importar com as pessoas ao redor e chorei ali, silenciosamente, no meu assento no ônibus. Pensamentos a mil e uma tristeza forte.
Repentinamente, uma pessoa em pé, ao meu lado, estendeu um pequeno pacote e pousou a mão delicadamente sobre minha cabeça. Era uma mulher e ela me deu um lenço de papel. Agradeci e comecei a secar as lágrimas, mas a própria atitude dela me fez chorar ainda mais, sempre em silêncio.
Enquanto eu tentava lidar com uma anônima que se importou comigo naquele momento - antes de descer do ônibus, ela disse "fique bem" e tocou meu ombro -, minhas lembranças e falta de esperança, lembrei dos versos "You know what hope is?/ Hope is a bastard/ Hope is a liar". Precisei ouvir a música assim que cheguei, porque esperança... não consigo ter. Eu só queria que não fosse assim, sofro antes de ter qualquer tipo de esperança, colocando um fim como se não houvesse mais nada a ser feito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário