Estou tentando parar de tomar o remédio que induz ao sono - tecnicamente já estou parando, só não me acostumei ainda a dormir sem ele. Para isso, tive que readaptar minha rotina e voltar a velhas atividades que há anos não tinha, como ler à noite, especialmente antes de dormir.
No período de estudos para a monografia, eu precisei retomar o hábito de leitura à noite para ter tempo de sobra à tarde para fazer outras coisas (passear, trabalhar, viajar). Mas era meio que uma leitura "por obrigação", embora os livros fossem tão bons que eu nem me incomodava.
Agora, no entanto, é um fator mais psicológico, porque eu sei que ler me dá sono, por mais que goste do livro, e assim relaxo melhor para dormir. E, também, para me esquivar dessa mania de ficar na internet à noite, seja assistindo série, desenho ou filme; ou ainda, ficar conectada pesquisando pauta para revistas e fan page que administro (a.k.a. trabalhando).
Retomei um livro que tinha começado ano passado e parei por causa da monografia (Almanaque 1964), voltei a ler ficção e comprei um livro sobre as obras dos irmãos Coen. O de ficção é superfininho e li em dois dias (A vida privada das árvores, do chileno Alejandro Zambra). Vi numa promoção da Cosac Naify, sem nunca ter ouvido falar, e li uma sinopse dele. Chamou-me a atenção o título e saber que é literatura latino-americana contemporânea, gênero que quero conhecer mais.
Quero terminar os outros dois em março e continuar com Pavões Misteriosos, do André Barcinski. E ver o que mais tenho na estante que acabei deixando de lado e, finalmente, finalizar a leitura. Também pretendo continuar comprando livros, seja em sebo ou promoções, teóricos ou de ficção, quadrinhos ou literários.
Eu percebi que estava meio estacionada, porque por mais que goste de ver séries todos os dias, meu cérebro estava se atrofiando - esquecer palavras, focar apenas em alguns temas e atividades, não ter paciência para uma leitura mais longa sem um "objetivo" aparente. Ler sempre foi meu principal hobby (ok, segundo, depois de cinema), então deixá-lo de lado por preguiça não é justo. E ler em papel é diferente de ler num tablet, porque a vista parece cansar menos - fora que não aguentava mais ler em inglês, embora o livro sobre os irmãos Coen seja no idioma.
Quero ler menos anglo-saxões e mais brasileiros e latino-americanos; quero menos leituras acadêmicas e ler mais pelo prazer da narrativa, aproveitando que o cinema, de modo geral, está devendo muito nesse quesito ultimamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário