Antes de retomar a terceira parte das minhas férias, aqui estou eu, numa madrugada de domingo, deleitando-me em frente ao computador, depois de voltar de uma (não tão) breve (assim) saída, regada a drink de café, wraps vegetariano, conversas e ataque de "mimimice" na Livraria Cultura.
Meu passatempo? Shows do Black Keys publicados na íntegra no YouTube. Já assisti à apresentação no Coachella 2011 - e desde já aguardo ansiosamente alguma boa alma disponibilizar o de 2012! Incrível como esta banda tem hoje o mesmo efeito que o Oasis tinha em mim em meados de 1997/98, no auge na minha meninice viciada em bandas de rock. Naquela época, eu preocupei os meus pais com meu fanatismo. Uma vez, minha mãe chegou até mesmo a esconder meus CDs da banda dos Gallagher. Em 1998, quase me matei por não poder ir no show deles - mas fui em 2006! Não conseguia parar de ouvi-los e falar sobre eles, arranjava briga com as fanzetes de Bon Jovi/Hanson/Spice Girls/Backstreet Boys, porque achava esses trecos uma porcaria e Oasis dava de 1000 a 0 em todos eles. Era uma rebelde, quem diria...
Nem Travis, que gostei muito durante um período, me pegou tão de jeito quando o duo de Dan Auerbach e Patrick Carney. Sei lá, eles preenchem uma lacuna social e pessoal na minha vida, viajo escutando e suspiro vendo. E se jazz é para escutar bebendo vinho, Black Keys é com cerveja. Às vezes sinto uma vergonhazinha por extravasar tanto meu lado groupie, tietando o Dannylicious (a.k.a. Dan Auerbach) feito uma adolescente carente, mas fazer o quê se o cara é tipo o meu Michael Fassbender do rock'n'roll? Ruivo, olhos claros e lindo, com um ar meio melancólico e selvagem (porém, mais "parrudinho").
No início, era simplesmente pelas músicas. A primeira vez que os vi, no excelente clipe de Tighten Up, achei o Dan Auerbach meio estranho - OK, o Pat Carney também. Mas depois... sei lá... a voz dele e o jeito poser de tocar guitarra totalmente sexy me pegaram. E logo me viciei na dupla, escutando todos os álbuns de boca aberta - aliás, nunca consigo tirar The Rubber Factory, Magic Potion, Brothers e El Camino do meu player.
Por isso, passar algumas horas da madrugada vendo e ouvindo videos de apresentações ao vivo da dupla preenchem não apenas meu tempo, como minha necessidade de delirar um pouco e ter aquela sensação de adolescente obcecada por alguma banda de rock. E pode parecer piada, mas outro dia mesmo pensei que um pré-requisito para eu voltar a namorar seria que o cara fosse, além de cinéfilo, um fã de The Black Keys. Assim, talvez o ciúme dele pela minha tietagem pelo duo estadunidense não seja tão grande.
Assim vocês me matam! No Coachella 2011, totalmente excelentes do início ao fim.
Dan Auerbach e as olheiras mais sexy do rock'n'roll; Patrick Carney e os óculos mais cool, que ele só usa na primeira música. O melhor é que o duo toca uma das músicas da minha vida, Little Black Submarines (sem tempo para ver a apresentação toda? Então veja/ouça essa música ao vivo aqui!)
Não consigo encontrar uma palavra para descrevê-los ao vivo, então que tal orgásmico? Em Glastonbury em 2010, com direito a deliciosas versões ao vivo de Everlasting Light e Tighten Up (aqui para facilitar)!
Este post contou com o apoio especial de Bavaria 8.6 Special Red Beer (hahahaha!).
Leia também: Little Black Submarines e Groupiagem sem dó.
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