Quem lê meu blog desde o início [alguém?] certamente irá se lembrar de um crônica que escrevi inspirada em um episódio de Seinfeld, no qual comentava um par de tênis Reebok pelo qual era obcecada ((re)leia aqui). Pois bem, é com muito pesar que venho por meio deste texto declarar que ele foi hoje para a adoção. Sim, meu tênis lindo, com cara de jornal velho, que me acompanhou em algumas aventuras por esta cidade suja - pobrezinho, nem foi o titular que me calçou na Nova Zelândia - está aposentado. Ao menos dos meus pés.
Depois de arrancar alguns elogios e comentários, ele foi ficando velhinho e colocado de lado. Lá no fundo da sapateira, tristonho, aguardava o dia no qual seria definitivamente substituído. E foi hoje.
Seu substituto veio para casa há dois dias. Também foi amor à primeira vista. Aliás, como podem atestar na foto abaixo, ele até que lembra um pouco o Zenswa Press: é um sapatênis estampado, mas não é de marca famosa e custou menos. O modelo estilosinho não tem um nome específico, mas vou batizá-lo de Pequeno Lichtensetin - porque, afinal, a estampa lembra as obras do artista pop Roy Lichtenstein.
O novato fez sua estreia ontem. Em casa, quando estava no canto do quarto tomando um ar, foi percebido e chamado de "esquisito", mas no sentido de "diferente". Porque né, eu gosto de ter peças diferentes - adivinha quem seria a pessoa capaz de chegar à redação com calça jeans desbotada, tênis de história em quadrinhos e camiseta do Black Keys?
Pequeno Lichtensetin ainda é limpinho e não tem arranhões. Calça confortavelmente meus pés e terá de provar ser capaz de aguentar chuva e longas caminhadas. Vamos ver se ele conseguirá se sair como o Zenswa Press - mais escandaloso e chamativo ele é.
O escolhido
Um comentário:
Eu tenho um Dharma enfiado no armário que deve ter uns 15 anos de existência, preguiça indesculpável de se desfazer.
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