segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Desafio musical - parte 40

196) Uma música para fazer uma mudança: David Bowie, Changes
Autodescritiva.



197) Uma música para dançar de uma forma ridícula: Qualquer uma do É o Tchan
E eu me recuso a publicar qualquer porcaria de vídeo deles.

198) Uma música que fale sobre os bastidores da banda, ou de uma banda ou de trabalhar como músico: Oasis, Rock'n'Roll Star
A primeira - e única - de que lembrei.



199) Uma música de uma pessoa que se vista de forma estranha: Kiss, Detroit Rock City
Quatro pessoas que se vestem e se maquiam de forma estranha.



200) Uma música que te lembre alguém de sua família: Titãs, Família
Na verdade acho que lembra um pouco de todo mundo.

domingo, 26 de agosto de 2012

Da série...

...Candidato a teste do sofá

Joel Edgerton

sábado, 25 de agosto de 2012

O meu chato mês de agosto

Julho é um dos meses mais chatos da história Mas Agosto, por incrível que pareça, ganha dele. A começar por ser um mês sem um feriado sequer - ao menos em Julho, no estado de São Paulo, temos o dia nove para tentar dar aquela relaxada e/ou desestressada, embora este ano eu tenha usado o dia para ficar em casa quase de molho por causa de um resfriado que ganhou proporções grandes alguns dias depois.
Agosto é monótono. É inverno, mas não faz muito frio. Eu saio de casa e está ventando. Visto a blusa. No meio do caminho, aparece aquele sol e tudo fica abafado. Tiro a blusa. Na hora de voltar para casa, não sei se visto ou se fico sem blusa, porque é um misto de tempo quente e abafado com vento frio. O clima não colabora em nada, principalmente no que diz respeito à baixa umidade relativa do ar: não chove, daí junta a poluição com o ar seco. A pele, coitada, pede água. Muita água. E a garganta também.
No trabalho, não é diferente: revista chata para fechar e prazos apertados. Olho para frente e conto os dias para setembro chegar logo - férias! Mas até lá, muito trabalho e pouca diversão (fazem de Lucie uma "bobão" - pra rimar toscamente). Sem novidades no front, mas pelo menos tive uma mostra dos irmãos Coen para me fazer contar as horas. Só vi quatro filmes, pois o cansaço e a desinformação impediram-me de pegar algumas sessões. Bem, ao menos revi Fargo, O Grande Lebowski, O Homem que Não Estava Lá e Um Homem Sério
Café, que há anos esteve longe de minha dieta, está com força total. Só cafeína para recarregar minha Duracell gasta. 
Eu, sinceramente, sinto muito por quem faz aniversário em Agosto. Além de estar sob os signos mais chatos do universo - Leão e Virgem, que estão pau a pau com Áries e Câncer -, ainda festeja a nova idade em... Agosto. Meus pêsames. Mas ao menos podemos comemorar o Dia do Folclore, caso estejamos no pré ou primário. Peguem a cartolina e desenhem a Iara, o Saci-Pererê, o Curupira ou a Mula Sem Cabeça - ajuda o tempo passar mais rápido.
A boa notícia é que Agosto já está no fim. E sorte a minha de ter reduzido as chances de depressão ao publicar este texto bem no final desse mês chato. Tchau tchau, Agosto. Vai tarde.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Mais notas cinematográficas

Paraísos artificiais: Drama nacional fraquíssimo, com atuações dignas de Malhação (embora a protagonista não seja ruim), personagens apáticos e uma história que parece ter saído da novela das nove. As mensagens que parece passar é "use drogas, mas com moderação" ou "use, mas não trafique", de tão boboca é o roteiro.

Febre do rato: Um filme muito diferente das produções comerciais brasileiras, podendo até causar estranhamento em alguns espectadores não familiarizados com esse tipo de película - imagino até que muitos possam odiá-lo. Mas trata-se de uma obra sincera, perfeitamente dirigida e atuada. Sem contar a belíssima fotografia em preto e branco de Walter Carvalho, um dos mais importantes do cinema brasileiro.

Caminhos perigosos: Um dos primeiros filmes de Martin Scorsese, com um roteiro um tanto "perdido", mas que já trazia a marca registrada do cineasta: história de gangsters, sexo e violência. Robert De Niro e Harvey Keitel jovens são o chamariz do longa.

Alice Não Mora Mais Aqui: Uma mistura de drama e comédia que me encantou. Também de Scorsese, traz Ellen Burstyn em uma maravilhosa atuação como Alice Hyatt, desde já uma de minhas personagens favoritas do cinema. Aliás, a atriz levou vários prêmios, inclusive o Oscar, pelo papel.

Quem bate à minha porta?: Mais um da "maratona Scorsese", desta vez o primeiro longa-metragem do diretor nova-iorquino. Gostei bastante, principalmente da direção e do Harvey Keitel. Influência clara do cinema francês, mas com um toque do marginalismo do cinema independente estadunidense.

Sua alteza?: O que mais me entristece é o Damian Lewis ter aceitado fazer um filme desses. E a Natalie Portman se expondo ao ridículo numa comédia besta como essa - ela pode não ser uma grande atriz, mas não precisava se igualar à Zooey Deschanel.

No tempo das diligências: Um filme de John Ford estrelado por John Wayne. Um marco do cinema americano. Por aí já dá para perceber que se trata de um longa indispensável para qualquer cinéfilo - embora eu tenha demorado para assisti-lo e prefira outro filme da dupla, O Homem que Matou o Facínora

Meu marido de batom: Comédia francesa dos anos 1980 bobinha, muito kitsch e excessivamente teatral. Tipo um filme que Almodóvar adoraria ter escrito e dirigido.

Contos da Era Dourada: Eu tenho um certo fascínio por cinema romeno, embora não conheça tantos assim e não tenha favoritos. Aqui, diferentes diretores apresentam uma coletânea de curtas sobre a era do ditador Nicolae Ceausescu. Mas não se engane - são contos cômicos de fazer rir alto. E o melhor: um deles tem o Alexandru Potocean (momento fangirl confessa).

Identidade paranormal: Apesar de ter Julianne Moore, Jonathan Rhys Meyers e Jeffrey DeMunn, fuja! É um suspense totalmente dispensável que só salva pelos quesitos técnicos - em especial a fotografia.

Sete dias com Marilyn: Esperava pouca coisa dessa dramédia, mesmo porque nunca gostei da Marilyn Monroe. Mas trata-se de uma boa cinebiografia com um elenco admirável - em especial Michelle Williams, Kenneth Branagh e Eddie Redmayne. Um filme leve, despretensioso e (por quê não?) delicioso.

Gigantes de aço: Outro que não dava nada - nem pela presença do Hugh Jackman. Mas foi uma pequena surpresa: o roteiro é bem melhor do que eu imaginava e os efeitos visuais quase perfeitos. Longe de ser imperdível, porém o resultado final faz valer a pena assistir.

domingo, 12 de agosto de 2012

Desafio musical - parte 39

191) Uma música que faça referência a pensadores clássicos
Putz... sei lá! Nunca prestei atenção nisso.

192) Uma música com sample de outra música e a música da onde esse sample foi retirado: I'll Be Missing You, de Puff Daddy, e a original Every Breath You Take, do Police




193) Uma música com erros de gramática: Adoniran Barbosa, Tiro ao Álvaro
Nossa já rolou um item muito parecido com esse.


194) Uma música que você ouviria no café da manhã: Dionne Warwick & Burt Bacharach, I Say a Little Prayer For You
Adoro músicas calmas no café da manhã.


195) Uma música para estudar: Chet Baker & Paul Desmond, Autumn Leaves
Músicas instrumentais são boas para estudar. Então vou de jazz.


sábado, 11 de agosto de 2012

Embate de super-heróis

Inicialmente, pensei em intitular este texto "Vingadores vs. Batman", mas achei um tanto sensacionalista, afinal não tenho pretensão de discorrer sobre qual universo dos heróis gosto mais, mesmo porque não sou entendedora do assunto para embasar tão bem meus argumentos. Não leio quadrinhos e o pouco que sabia das duas franquias veio de desenhos animados vistos durante a infância e filmes anteriores. No caso dos Vingadores, somam-se os prequels solos; de Batman, os filmes de Tim Burton e as primeiras partes da trilogia de Christopher Nolan - e a hilária série produzida na década de 1960, que passava no SBT e eu simplesmente adorava.
Logo, Os Vingadores e O Cavaleiro das Trevas Ressurge são filmes muito diferentes e as únicas semelhanças entre eles é a fonte de inspiração - histórias em quadrinhos - e os protagonistas heroicos. O que gostaria de discorrer, na verdade, é a sensação de assistir a cada um desses filmes no cinema e o saldo final. Ou seja: a gente sempre sai da sala com uma ideia e, depois de refletir sobre o que acabamos de ver e até ler/ouvir argumentos de outros entendedores do assunto, podemos passar a gostar mais ou menos. Veja o caso de Cisne Negro: pirei durante o filme, mas ao sair da sessão, no caminho para casa, percebi que na realidade o impacto dele sobre mim não havia sido tão forte assim. E mesmo lendo críticas enaltecedoras e bem argumentadas, a importância dele diminuiu muito com o passar dos dias. Mas chega de desviar o assunto e vamos direto ao ponto.

A trilogia de Batman concebida por Chrisopher Nolan foi lançada como "se Batman existisse, seria exatamente assim". É como se toda aquela fantasia do super-herói vivendo num universo distante e imaginário fosse apagada e redesenhada para os dias de hoje, em uma Gotham City realista e gêmea a Nova York. Um playboy bilionário amargurado, com gadgets incríveis, uma caverna no porão da mansão e uma lista de vilões bizarros para derrotar. O problema é que tudo parece ter sido criado para levarmos a sério demais. De Batman Begins a O Cavaleiro das Trevas, OK - admiravelmente fiéis a uma realidade paralela, embora o caos gerado pelos vilões (a.k.a. simples mortais com problemas psiquiátricos) seja um tanto exagerado. 
Nolan vendeu bem os dois primeiros filmes, até confundir-se com suas próprias pretensões no final da trilogia. Porque como um longa-metragem solo (e bota "longa" nisso!), O Cavaleiro das Trevas Ressurge até funciona bem. Mas, quando lembro que existiram outros dois filmes antes dele, enfraquece bastante. Ou seja: Nolan vendeu "uma trilogia de super-herói fiel à realidade e voltada para o público adulto", mas no final entregou "mais um filme de super-herói para agradar os fanboys de Batman". Dá-se a impressão de que se eu nunca li um gibi do Homem-Morcego (mas eu cheguei a ler meia dúzia na pré-adolescência), talvez eu tenha perdido alguma coisa.
O que me irritou, aliás, foi a ideia do "não vi, mas é o melhor do ano", propagada por vários fãs dos filmes anteriores. O que vai na contra-mão de Os Vingadores, que foi recebido com certa cautela, apesar do marketing massivo. O elemento-chave do longa baseado nos heróis da Marvel foi, de certa forma, a surpresa - muitos não sabiam o que esperar dele, mas responderam de forma positiva -, enquanto o final da trilogia de Batman foi algo como "com certeza será o melhor filme de super-herói do ano, Nolan is God".

Falando mais sobre Os Vingadores, é sim um filme voltado ao público infanto-juvenil. Violento, com certeza, mas uma violência mais velada. Nova York é simplesmente Nova York. O alívio cômico funciona. Tem frases de efeito. O vilão é um canastrão que o espectador pode acabar gostando. É um filme que não força - ele se vende pelo que é: um blockbuster de ação divertido que cumpre bem o papel de arrancar risadas, sem esquecer a coesão entre os inúmeros protagonistas e apostando em uma história simples, porém permeada por vários obstáculos que constroem uma narrativa curiosa e envolvente.
Guardadas as devidas proporções, O Cavaleiro das Trevas Ressurge se vende como um filme sério e adulto, mas entrega a mesma quantidade de clichês de Os Vingadores, não tem sequer um diálogo ou frase memorável e se perde nos vários protagonistas. Sem contar o tempo de duração excessivamente longo: trata-se de um filme de super-herói, e não um épico; Bruce Wayne não é um Lawrence da Arábia e sua trajetória é bem menos interessante do que a do Tentente T. E. Lawrence - comparação injusta, eu sei, mas foi a primeira que me veio à cabeça.
Enfim, parecia que público e críticos estavam tentando crucificar filmes de super-heróis que simplesmente tiram os dois pés da realidade e trazem de volta o universo fantasioso de um quadrinho/desenho animado; absurdo aos olhos de quem torce o nariz para uma história de ficção e busca um cinema mais palpável e reflexivo. Desculpem-me, mas super-heróis não existem. Se alguém quiser uma película que pretenda aproximar-se ao máximo da realidade, que vá ver um filme de arte europeu ou do cinema independente americano

A minha conclusão é que há espaço para diferentes encenações e reinvenções de heróis, sem uma precisar anular a outra. Não há nada de errado em imaginá-los num contexto realista próximo ao nosso, assim como não há problemas em deixá-los em seu próprio mundo regado a invasões alienígenas combatidas por sujeitos com super-poderes bizarros que não perdem tempo em formular frases de efeito para momentos inoportunos.
Saldo final? Entre um filme de ação que consegue mostrar bem as relações entre todos os personagens principais, sem apelar para o tédio para se vender como sério, e outro que falha na tentativa de usar o tempo de duração a seu favor, tornando-se inexplicavelmente longo e se perdendo no tempo-espaço do enredo, prefiro deixar a seriedade de lado e aceitar o entretenimento fácil como válvula de escape.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

10 shows...

...que eu gostaria de conferir antes de morrer. Hoje!

Eu não sou a pessoa mais animada no que diz respeito a ir a shows. O público sedento, pulando e empurrando, me dá nos nervos. Não que eu vá para ficar parada, mas chega um momento em que a minha canela começa a doer e preciso parar um pouco - isso quando o cansaço não me dá uma vontade desesperadora para sentar e tomar uma água. Já perdi muitos shows que gostaria de ter ido por questões financeiras/logísticas. Por outro lado, consegui ver o Oasis ao vivo em 2006, em uma odisseia solitária a São Paulo (vivia em outra cidade), contando com o apê de uma amiga para ficar e com o dinheiro arranjado para passagem de ônibus e táxis. Em 2007, pulei muito com os beats dos Chemical Brothers - e finalmente vi o Pato Fu, na Virada Cultural.
Tive a oportunidade de conferir várias bandas/artistas nacionais "não covers" (destaco Vanguart, Skank (no auge da boa música), Cachorro Grande (visto três vezes ao vivo - e muito melhor do que em estúdio)) e internacionais em festivais gratuitos (Macy Gray, Herbie Hancock, Charles Bradley, Larry Graham, Fujiya & Miyagi, Yann Tiersen...). Dos pagos, Muse (2008) causou-me uma cotovelada e The Swell Season (2010) foi visto sentado - e este é o meu show favorito até hoje. Noel Gallagher (2012) chega perto, afinal ele é um mito.
Mas eis alguns shows que eu gostaria de ver antes morrer - ainda que algumas bandas nem existam mais:

01) The Black Keys: Já vi vários videos de apresentações e sempre me impressiono com a energia sobrenatural da dupla - e da ótima banda de apoio. O show no Lollapalooza 2012 é a prova de que rock sem firulas e objetivo funciona tão bem - ou melhor? - quanto invencionices.

02) Ben Folds Five: O trio está saindo do túmulo, mas me contentaria também com um show solo do Ben Folds. Embora a química do Folds com o Darren Jessee e o Robert Sledge seja infinitamente maior do que qualquer outro projeto do multi-instrumentista nerd.

03) Bruce Springsteen: Sessentão enxuto. Sobe no palco, canta, grita, toca, desce do palco, cumprimenta o público, corre... céus! Eu quero que ele viva muito e venha ao Brasil apresentar um de seus shows digníssimos!

04) Vampire Weekend: Perdi em 2011, mas ainda tenho esperanças de ver o quarteto nova-iorquino mandando suas belíssimas melodias dançantes lá do palco. Típico show para suspirar "oh, que fofo" a cada música.

05) Talking Heads: David Byrne solo não é tão legal quanto a extraordinária banda da qual foi líder. Seria um show para pirar muito, mas duvido que a banda volte a se reunir - a não ser que seja num "Live Aid" da vida.

06) Josh Ritter: Meu querido folk singer, que tantas vezes me consolou com sua voz, letras, melodias e violão. Trilha sonora para viajar - literalmente -, tem músicas que me deixam meio triste. Fora que ele é tão lindo com aquela timidez modesta!

07) The Avett Brothers: Os irmãos mais lindos da música, talentosos, cantam bem, compõem bem... parecem ter saído da década de 1970 direto para os palcos. E ainda tem banjo e cello nas músicas, como não amar?

08) Mumford & Sons: Outro grupo folk com banjo e cello, mas vindo de Londres. As apresentações costumam ser enérgicas, com o vozeirão do Marcus Mumford ecoando. Mas só tem um álbum, preciso ver o que vai dar no segundo.

09) The Boy Least Likely To: Típica dupla para menininha se apaixonar. Fazer o quê se esses ingleses conseguem juntar músicas lindas, sons simples - porém incríveis - e aquela voz sussurrando gostoso?

10) Jet: Banda australiana que teve a coragem de acabar antes de vir ao Brasil. Essência do rock'n'roll despretensioso e divertido, com um toque de AC/DC e power rock dos anos 1990. E o melhor: vai muito além de Are you gonna be my girl?

Ilustres desconhecidos? Ao menos The Boy Least Likely To tem
música em trilha sonora de filme - embora seja da Emma Stone (hahaha!)

domingo, 5 de agosto de 2012

O último/ A última...


... filme visto: Rocky, um lutador
... episódio de série visto: episódio 3.3 de Sense and Sensibility
... álbum escutado: Lawrence of Arabia, de Maurice Jarre
... música escutada: Hollywood, de Kids in a House of Glass
... leitura: Tudo sobre cinema
... momento de tietagem: assistir à transmissão ao vivo do show do Black Keys no Lollapalooza (Chicago) 
... comprinha de mulher: roupas na Feira da Malha
... aventura culinária na cozinha: brigadeiro de cappuccino que inventei
... cerveja degustada: Franziskaner Hefe-Weiss
... visita ao hospital: bem no dia do meu aniversário...

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Sem título

Eu sei que às vezes sou uma pessoa pedante, com um senso de humor sarcástico e, vez ou outra, debochado. Adoro insistir no que acredito estar certo e sinto uma pontada de decepção ao perceber meu erro e admiti-lo. Se eu brinco com algum amigo, é realmente uma brincadeira. Afinal, se fosse para ser levada a sério, eu nem brincaria. Tenho problemas demais para causar desconforto aos outros - que se transforma em um problema para mim ao reconhecer o erro e sentir a tal pontada.  
Trata-se de um pensamento egoísta não querer ferir os outros por pensar que eu também vou me ferir ao reconhecer meu erro? Sim. Afinal, a reputação é algo costurado na pele, uma espécie de orgulho, uma imagem que se reflete. É um pensamento hipócrita? Com certeza, mas todos somos hipócritas de vez em quando e nos vitimizamos com a menor das ocorrências.
Mas se tem algo que não suporto é ser mal-interpretada. O orgulho lateja de dor quando isso acontece. Sinto-me na obrigação de proporcionar maiores explicações, mas sem a necessidade de me redimir. Afinal, o erro de interpretação não é meu, apesar de eu ter dado margem para ele acontecer. Correções feitas - sejam elas corroboradas ou não, o importante é apontá-las -, ainda fica aquele sinal de pisca-alerta. 
Quando uma amizade se desfaz por pouco, quer dizer que houve intolerância em relação aos erros do outro? E quando uma certa "paranoia conspiratória" paira sobre a cabeça, quem deve desfazê-la: o paranoico ou o causador dela? A gente é obrigado a compreender tudo o que se passa com o outro ou também é livre para exacerbar a leveza de espírito, em vez de levar tudo no melodrama e no "eu te entendo"?
São dúvidas que afloram quando percebo acusações do tipo "eu sei que é pessoal" ou "agora pode falar pelas minhas costas", quando eu sigo minha vida ao meu modo, sem pensar num ou noutro. Afinal, tenho preocupações demais para perder tempo com picuinhas que não levam a lugar algum. E a última coisa que quero é ficar estacionada no lugar, em meio a conversas improdutivas contra alguém com quem não mais mantenho amizade.