domingo, 30 de dezembro de 2012

Atores e atrizes de 2012

Atuações favoritas (cinema) - atores
1) Michael Fassbender (Shame, À Toda Prova, Um Método Perigoso, Prometheus)
2) Jean Dujardin (O Artista, Os Infiéis)
3) Gary Oldman (O Espião que Sabia Demais, O Cavaleiro das Trevas Ressurge)
4) Ezra Miller (Precisamos Falar Sobre o Kevin, As Vantagens de Ser Invisível)
5) Joseph Gordon-Levitt (50%, O Cavaleiro das Trevas Ressurge, Looper)
6) Robert Downey Jr. (Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras, Os Vingadores)

Menções honrosas: Omar Sy (Intocáveis); Ryan Gosling (Drive); Martin Freeman (O Hobbit); Javier Bardem (Skyfall); Michael Shannon (O Abrigo); Rodrigo Santoro (Heleno).


Atuações favoritas (cinema) - atrizes
1) Tilda Swinton (Precisamos Falar Sobre o Kevin, Moonrise Kingdom)
2) Rachel Weisz (The Deep Blue Sea)
3) Carey Mulligan (Shame, Drive)
4) Michelle Williams (Sete Dias Com Marilyn)
5) Rooney Mara (Os Homens que Não Amavam as Mulheres)
6) Charlize Theron (Jovens Adultos)

Menções honrosas: Bérenice Bejo (O Artista); Jessica Chastain (O Abrigo); Emma Watson (As Vantagens de Ser Invisível); Noomi Rapace (Prometheus); Jennifer Lawrence (Jogos Vorazes); Juliette Binoche (A Vida de Outra Mulher).


Atores revelação
1) Ezra Miller (Precisamos Falar Sobre o Kevin, As Vantagens de Ser Invisível)
2) Craig Roberts (Submarine)
3) Jared Gilman (Moonrise Kingdom)

Atrizes revelação
1) Shailene Woodley (Os Descendentes)
2) Zoe Kazan (Ruby Sparks)
3) Brit Marling (A Outra Terra)

sábado, 29 de dezembro de 2012

Ella e nós

Ella canta e me embala, enquanto fantasio e danço sozinha pela sala. Os olhos fechados, a sensação de estar  nas nuvens. Os mais bem guardados segredos escapando sutilmente de dentro da caixa. "Anything goes". O grito de "corta!" me paralisa, enquanto o diretor se aproxima e aconselha esboçar um leve sorriso enquanto me movimento e rodopio, mexendo levemente a cabeça, com os lábios entreabertos, repetindo um ou outro verso.
Uma vertigem estranha atravessa-me repentinamente, tal qual uma flechada. O brilho nos olhos se torna mais visível, ao mesmo tempo que o corpo pesa e cambaleia na direção da poltrona. "It's too darn hot", e o ventilador sopra timidamente no recinto. Como uma diva provocante, levanto-me e jogo a cabeça para trás, levantando-a bruscamente para que o cabelo encubra minha face ruborizada. Os versos já não saem mais de meus lábios. No lugar deles, sussurros esboçam melodias graves. 
Ella canta e me encanta, enquanto "I get a kick out of you" e rio da situação, sem parecer me importar com o futuro e a verdade por trás de tudo. É o momento e a fantasia do encontro que me movem a manter a coreografia. Delicadamente, sigo em frente. Paro e jogo meu quadril  para o lado, como num falso jogo de sedução visto em um filme qualquer. "Do I love you?" Jamais saberei ao certo, mas enquanto a música tocar, encarno a personagem. Afinal, "What is this thing called love?" 
As melodias sopram no ambiente, tal qual o vento quando assovia em uma noite de inverno enquanto agarro o edredom e o abraço imaginando seu corpo me aquecendo. Mas o frio está a milhas de distância de mim. "Let's do it (let's fall in love)", insinuo, enquanto imagino você me encarar sedutoramente. A malícia encarna em mim e caminho em sua direção, desabotoando o primeiro botão da blusa.
No seu colo, insinuo-me e murmuro "Let's misbehave", fugindo do roteiro e fazendo de Cole Porter o intérprete de meus sentimentos. O fade out corta a cena e apenas nós dois saberemos o que se passou depois disso.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Desafio musical - parte 46

226) Uma música para vomitar: Spice Girls, Spice Up Your Life
Nossa, que escatológico! Daí escolhi essa das Spice Girls hahaha.



227) Uma música para fazer coisas "erradas": Metallica, Whiskey in the Jar
Cover do Thin Lizzy para "arrebentar"!




228) Uma música que te lembre elevadores: Aerosmith, Love in an Elevator
Óbvia.




229) Uma música para dar um pé na bunda: Robbie Williams, Sexed Up
É cafoninha, mas tem tudo a ver com este item. 




230) Uma música elegante: Chet Baker, Deep in a Dream
A elegância da interpretação do Chet Baker (quase) me mata. 



segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Vinho, jazz e folk

A tal garrafa de vinho barato tinha vindo em uma cesta de Natal. "Vinho tinto suave de mesa", descrevia o rótulo. A vontade de beber veio associada à solidão - não o sentimento de solidão, mas o "estar sozinha" naquele momento - e ao desejo de ouvir jazz, que a despertou. Porque cerveja é com rock'n'roll, mas vinho é perfeito embalado por jazz e aquela sonoridade urbana e chuvosa. Coincidentemente, era uma noite chuvosa também.
O aroma pouco convidativo da bebida não despertou o desejo de prová-la, e quando bebeu um pequeno gole, um gosto levemente ácido preencheu a boca. "Ella Fitzgerald, Chet Baker ou Brad Melhdau?", questionou-se, para subitamente responder "Brad Mehldau!". 
Sentou-se e bebeu mais um gole, com a consciência de que estava longe de ser o melhor sabor do mundo. Pressionou o play e viajou mentalmente por entre dedilhados de piano. Como gostava de pianos, em seu ritmo delicado, como se o passeio suave dos dedos por entre as teclas não apenas tentassem dizer algo, mas simplesmente expressassem e dissessem. E somado a isso, a bateria e o baixo acústico, tudo combinado de maneira bela e harmoniosa . 
Saltando para outro gênero, escolheu o folk progressivo. "Punch Brothers!". O entrosamento entre mandolim, banjo, violão, violino e baixo, marcados pela delicada voz de Chris Thile, serviram de background para um gole e outro. O vinho já havia adquirido paladar mais agradável, com a mistura de sentidos e a leveza de espírito daquela noite. Sozinha, sim. Solitária, jamais.

sábado, 22 de dezembro de 2012

O último/ a última...

... filme visto: Jogos Vorazes
... filme visto no cinema: O Hobbit
... filme na lista de mais aguardados: Além da Escuridão - Star Trek 
... episódio de série visto: Homeland - S02E11
... álbum escutado: Shaka Rock, do Jet
... música escutada: Badly Drawn Boy, Silent Sigh
... presente ganhado: um "vale-gastronomia"
... presente comprado: o último mesmo foi uma bermuda para o pai
... balada: Indie Party
... último plano prestes a ser concretizado: começar a pós-graduação

domingo, 16 de dezembro de 2012

Impressões pessoais sobre O Hobbit

 Finalmente um dos filmes mais aguardados de 2012 estreou: O Hobbit - Um Jornada Inesperada. Assim que confirmaram a produção e o envolvimento direto de Peter Jackson, fiquei bastante empolgada. Motivo? Gosto muito da trilogia O Senhor dos Anéis, que foi responsável por eu gostar do gênero cinematográfico de fantasia - os filmes da série Harry Potter não conto porque já conhecia e gostava dos livros antes de assisti-los.
Longe de ser fã de Tolkien (jamais li um livro sequer por pura preguiça) e tão pouco conhecedora profunda das adaptações - visto que assisti A Sociedade do Anel três vezes (duas no cinema); As Duas Torres, duas vezes; e O Retorno do Rei apenas uma - considero os longas excelentes exercícios para soltar a imaginação e  adentrar no fabuloso universo recriado pelos estúdios Weta, dos quais Jackson é um dos sócios. 
Para O Hobbit, entretanto, um fator importante pesou muito para que exercesse fascínio sobre mim: foi filmado alguns meses depois de eu voltar da minha viagem à Nova Zelândia, durante a qual conheci algumas locações da trilogia e visitei a loja da Weta, dentro do quarteirão dos estúdios.


Bilbo e os anões fanfarrões
Sobre hobbits e anões
Fiquei bastante contente quando anunciaram Martin Freeman como o protagonista Bilbo Baggins, ainda mais porque ele desbancou o sonso do Matthew Goode e estava no auge como John Watson na série Sherlock. Então, no primeiro frame de Bilbo, quase fui ao delírio ao constatar que aquele era o cara certo para o papel. Os anões (treze, no total), dentre os quais só estava familiarizada com o ator Richard Armitage (Thorin), provocaram-me a sensação de que Merry e Pippin haviam sido multiplicados por seis - o líder não conta, é um homem sério. O exagero proposital nas caracterizações confere muita leveza e confirma Bilbo como "o estranho no ninho". Todo o prólogo delineia a figura séria do hobbit, que será moldada ao longo da aventura, realçando seu caráter leal. Aliás, notei muitos comentários impacientes criticando a longa introdução, mas como A Sociedade do Anel é o meu favorito, esse fator não me incomodou nem um pouco.

Iupiiii!
A jornada começou
Acho válido comentar que assisti em 3D e 48 fps, o que criou um realismo impactante e clima de montanha russa, especialmente na longa - e deliciosa - batalha subterrânea contra os orcs. As paisagens neozelandesas, principalmente os Southern Alps, ganham beleza ainda mais intensa. Cinematografia, direção de arte, maquiagem e figurinos são show a parte. Os efeitos visuais evoluíram de forma a criar detalhes, criaturas e cenas de batalhas impressionantes. Enfim, é um delírio visual a cada segundo. E não apenas visual, já que a certeira trilha sonora de Howard Shore e som e efeitos sonoros ajudam a criar a atmosfera fantástica do filme.


Freeman vs. Gol... Serkis
O retorno de Gollum 
Naturalmente, como se trata de um prequel, não é de fato um retorno para Gollum. Mas os espectadores fascinados pela criatura personificada pelo genial Andy Serkis encaram como a volta do querido personagem. Seu tempo em cena é duradouro, e a "química" com Bilbo é muito mais interessante do que com Frodo. Em tempo: Serkis também é diretor de segunda unidade do longa, trabalhando em sequências onde o diretor original pôde ser substituído.


Kili posando para a L'Oréal
Grande elenco 
Cate Blanchett dá o ar da graça como a etérea Galadriel, assim como Hugo Weaving, Christopher Lee e Elijah Wood. Pontinhas curiosas de Bret McKenzie e Lee Pace chamam a atenção. Ian McKellen retorna melhor do que nunca como Gandalf, o Cinzento. Mas, dentre os anões, quem chama a atenção mesmo é Kili, protótipo de Legolas e versão melhorada de Orlando Bloom. O bonitão Aidan Turner ganhou apenas peruca e próteses pontudas nas orelhas, deixando à mostra a beleza física com a qual foi agraciado.

Richard Armitage ao natural
Da TV para a telona
Interpretado por Richard Armitage, figura tarimbada da TV britânica, Thorin é como um Aragorn: líder idealista, corajoso e com altura avantajada sobre os demais. O ator não sai da minha cabeça graças ao John Thornton da minissérie da BBC North & South, o que justifica o uso da imagem ao lado, toda limpinha e à moda de cavalheiro da Era Vitoriana. O melhor de tudo será poder ouvir sua linda voz por mais algumas horas em outros dois filmes (lembre-se de que O Hobbit também será trilogia) e, quem sabe, ter uma overdose quando Smaug entrar em ação - dublado por ninguém menos do que Benedict Cumberbatch.


E que venham os outros filmes!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Notas cinematográficas

Guerra é Guerra!: Comédia de ação bobinha, mas dá para passar o tempo graças ao elenco - principalmente pelos lindos Chris Pine e Tom Hardy.

Steamboy: Animação japonesa bem chata. A premissa é bastante interessante - a tecnologia bélica na Inglaterra em plena Revolução Industrial e Científica -, mas o enredo é tão sonolento quanto o visual steampunk.

Homens de Preto III: Quase tão divertido quanto o primeiro filme, faz esquecer a sequência boba de 2002. As participações de Josh Brolin e Michael Stuhlbarg conseguem iluminar o longa, que tem um vilão ameaçador (Jemaine Clement, de Flight of the Conchords), mas não tão inesquecível quanto a barata gigante.

John Carter: Em termos de história, está no mesmo nível de Avatar - o que me faz achar os críticos muito injustos em endeusar o longa de James Cameron e quase enterrar a estreia de Andrew Stanton (Procurando Nemo, Wall-E) no live action. É bom, mas nada que marque tanto.

J. Edgar: Cinebiografia baseada na vida do criador do FBI, J. Edgar. O que começa como um empolgante estudo da personalidade do sujeito, descamba para drama pessoal e achismo sobre suas preferências sexuais. Destaque para Armie Hammer - mas sem a terrível maquiagem de velhice.

O Suspeito Errado: Dave Foley voltou às raízes do Kids in the Hall nesta comédia de humor negro sobre um executivo que encontra o presidente da empresa morto e foge com a arma do crime nas mãos. Presumindo que é um fugitivo procurado, ele parte rumo ao México - mas é perseguido pelo verdadeiro assassino.

Demônio: Outro filme com boa premissa, que é subaproveitada em função de um suspense shyamalaniano (que não funciona mais como há uma década). Cinco pessoas presas no elevador têm de lidar com uma estranha força sobrenatural, enquanto um cético detetive de polícia tenta resolver o caso.

O Corvo: Suspense pobremente baseado em Edgar Allan Poe e suas extraordinárias histórias. Dá pena de ver um baita ator como John Cusack numa produção tão esquecível e mal escrita como esta.

Ted: O "polêmico" filme do ursinho falante tem seus momentos engraçados, mas está longe de ser uma comédia memorável, em parte pela escolha do elenco, personagens secundários dispensáveis e uma historinha de amor sem sal. No final, vale apenas pelo Ted mesmo.

Skyfall: Um dos grandes filmes do ano, surpreendentemente bom em todos os aspectos: história, enredo, atuações, cenas de ação e vilão. Até quem não é fã de James Bond, como eu, pode gostar bastante.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Desafio musical - parte 45

221) Uma música com versão em português: Savage Garden, Truly Madly Deeply. Versão: Sandy & Júnior, No Fundo do Coração
Por essa ninguém esperava!





222) Uma música que faça uma paródia de outra: Weird Al Yankovic, Amish Paradise
Não deu para pegar outro artista, o Yankovic é mestre nisso.



223) Uma música que poderia ser uma trilha sonora de um jogo de vídeo game: The Chemical Brothers, Out of Control
 Não jogo vídeo game, então nem sei se já é trilha de algum jogo.


224) Uma música para jogar baralho: Bon Jovi, Keep The Faith
Nem gosto de baralho, então escolhi uma música randômica de uma banda que "adoro".



225) Uma música estrangeira que te lembre o Brasil: Beck, Deadweight
Pela sonoridade meio bossa nova.

domingo, 2 de dezembro de 2012

De volta às séries

Há algumas semanas retomei as séries que tenho acompanhado. Duas retornaram ainda melhores (The Walking Dead e Parks and Recreation), outras mantiveram o nível (Homeland e Modern Family). No caso de The Big Bang Theory, só vi o primeiro episódio da sexta temporada e não me empolguei. Abaixo, comentários sobre essas cinco séries - únicas que assisti da atual fall season.


A segunda temporada foi muito boa, mas teve alguns episódios que pareceram enrolação, deixando a adrenalina e o suspense apenas para o final, sendo o ponto alto a confirmação de Daryl Dixon (Norman Reedus) como um dos personagens centrais. A terceira fase da série, por outro lado, está excepcional a cada episódio, sempre com surpresas e momentos um tanto quanto chocantes.

Essa é uma série que conseguiu se levantar de maneira impressionante. Começou meio parada, com poucas situações realmente engraçadas, até a entrada de Adam Scott e Rob Lowe no elenco. E começou a quinta temporada com o pé direito: agora que Leslie Knope (Amy Poehler) conseguiu alcançar seu grande objetivo, não faltam piadas sobre burocratas e gente que só quer tirar vantagem.

Quando a primeira temporada terminou, a primeira coisa que pensei foi "como ser superior a isto?" Felizmente a qualidade não caiu, mantendo-se naquele nível de alerta máximo: Nicholas Brody (Damian Lewis) atacará novamente ou Carrie Mathison (Claire Danes) conseguirá provar, de uma vez por todas, a duplicidade de seu caráter?

As pérolas de Phil Dunphy (Ty Burrell) continuam dominando essa adorável sitcom, mas o casal Mitchell (Jesse Tyler Ferguson) e Cameron (Eric Stonestreet) está se beneficiando da ideia dos roteiristas em tirar proveito excessivo das alterações hormonais da grávida Gloria (Sofía Vergara). Convidados especiais continuam sendo um ponto importante.

A quarta temporada foi muito fraca, depois melhorou bastante na quinta e... o que será da sexta? Só vi o primeiro episódio e não gostei muito, agora preciso me animar para ver o que a série trará daqui pra frente.