Toda vez que acontece, não consigo explicar. Fico estranha. Às vezes apática, às vezes amável. Falo as coisas certas, mas as erradas saem quase simultaneamente. Sinto-me louca, mas racional. Irritada, mas serena. Romântica, mas realista. Triste, mas alegre. São dualidades de sentimentos que me confundem e definem, ao mesmo tempo.
Palavras são difíceis de serem capturadas, enquanto corro à sua procura com meu apanhador nas mãos, coletando uma e deixando outra escapar. No entanto, quando uso palavras de outros, preenchidas por letra e música, tudo parece fazer mais sentido. Uma velha canção, que ecoa na memória e me instiga a relembrá-la mais uma vez. "I can't explain", já disseram. "Eu não consigo explicar", repito.
Assim, tento fazer com que tudo tenha sentido e não se perca em um vulcão em atividade sob uma tempestade de neve. Às vezes quente, às vezes frio. Sempre inexplicável.
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