A caixa comprimia o pequeno músculo, que agia lentamente e dolorosamente. A dificuldade em respirar a forçava a lançar um suspiro, que expirava com pouco efeito. Nada ao redor a inspirava. Tudo havia se tornado apático e cinzento. Eram obrigações que precisavam ser cumpridas, quilômetros que precisavam ser percorridos, textos que precisavam ser escritos e vozes que precisavam ser ouvidas.
O bater lento do músculo remetia à vontade de esvanecer. Em um segundo, deixar tudo. Mas os dias se seguiam conforme o sol surgia desbotando o céu azul. A cabeça esvaziava os pensamentos e o corpo se desfazia de emoções e sentimentos. Rememorou Sylvia Plath e guardou consigo a identificação. Nada esperava, pois não havia mais o que esperar. Apenas registrou para a posteridade.
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