O mundo até poderia ser um lugar agradável para viver, se não fossem as pessoas que vivem nele.
O ônibus cheio sacoleja e os passageiros que precisam descer antes se apertam próximos à porta para não perder o ponto. Precavida, pergunto à mulher que pede licença para passar à minha frente:
- Você vai descer no próximo?
- Vou.
Só se fosse próximo à puta que a pariu, porque eu desci dali a duas paradas e ela continuou lá parada na frente na porta.
Em algumas estações de metrô, há apenas a escada rolante para descer e para subir. Ou seja: você não tem a escada tradicional se estiver com pressa. Mas como a população é egoísta e despreocupada, manter a fofoca em dia na escada rolante é bem mais proveitoso do que deixar o lado esquerdo livre para quem realmente precisa ir a algum lugar. E dá-lhe um bando de lesado atrapalhando a vida dos outros!
Depender do transporte público me irrita mais porque eu tenho que aturar os outros. Não gosto de pessoas, sou uma individualista. Mas sou do tipo que respeita - ou seja, nem tão individualista assim. Detesto sentar no assento reservado aos idosos e tenho vontade de chutar quem senta e finge que não vê o senhor parado em pé na frente. Várias vezes já dei meu lugar do assento comum enquanto umas gordas - quase sempre são gordas - fingem que não veem.
E tem outro fator irritante: os pobres metidos a bonzões. É só conseguir um crediário para parcelar o celular modernoso em dez vezes nas Casas Bahia que eles precisam esbanjar e mostrar o que têm. Assiste-se, ou melhor, ouve-se uma demonstração de mau gosto musical, falta de educação e pobreza. Afinal, não ter dinheiro para comprar um fone de ouvido é dose.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
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5 comentários:
Bá, felizmente não dependedo de transporte público para ir trabalhar, já que as distâncias aqui não são grande coisa.
hehehe
Mas, a do fone de ouvido assino embaixo.
Estupram nossos ouvidos todo dia.
Bj
Hoje você está bem "Morrissey" ehhehe "there is no love in modern life"
A quantidade de zé-ruelas que a gente tem que aturar no dia-a-dia é impressionante, haja paciência. Caso contrário, só se cada um morasse dentro de uma bolha, literalmente falando.
Postagem nervosona. Babacas ocupam grande parcela da humanidade, mas não podemos nos esquecer da outra e tocar o barco.
Uso trem e metrô todos os dias em SP, sei BEM do que você está falando e também me irrito profundamente com isso.
Acho que o problema da maioria é a falta daquela educação básica, a que vem de casa. Ninguém pensa em ninguém a não ser em si mesmo. É um egoísmo estúpido, que faz com que sentem-se onde quiserem, ouçam o que quiserem no volume que bem entenderem, parem na catraca pra procurar o bilhete único... sem se importar com quem vem atrás, com quem precisa sentar, com quem está ouvindo...
Enfim, também não suporto isso.
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