quinta-feira, 27 de março de 2014

Mais duas séries pro pacote

A primeira vez que ouvi falar de True Detective foi através do Twitter, em um post publicado pela Ana Maria Bahiana. Sendo uma jornalista que admiro (muito), fiquei curiosa e dei uma rápida pesquisada sobre do que se tratava. Vi que tinha o Woody Harrelson e o Matthew McConaughey e achei que seria interessante dar uma chance e ver o episódio de estreia. 
Com as maravilhas da Internet, pude baixar e conferir. Achei intenso. É impressionante como um único episódio pode conter tanta informação. Você pode até ficar meio perdido. Felizmente, a trama fica mais redonda nos episódios seguintes e o enredo, menos complicado. Em dois dias, fiz uma maratona com os sete episódios restantes. 
Veredito: Obra-prima. Cada cena e diálogo são cuidadosamente construídos. Cary Fukunaga, que dirigiu o belíssimo Jane Eyre (2011), mostra-se um mestre na narrativa audiovisual. O roteiro é cheio de detalhes e surpresas, fazendo conexões com fatos e personagens. Acredite, nada passa em branco.


Outra série que me pegou de jeito foi House of Cards. OK, demorei mais de um ano para conferir a primeira temporada da trama estrelada por Kevin Spacey e Robin Wright, mas que negócio bom! Política, que nunca foi meu forte, é apresentada em uma mistura de thriller e drama, com pitadas de humor ácido e o sarcasmo transbordante de Frank Underwood (Spacey).
Terminei a primeira temporada hoje e vou dar um "respiro" para continuar com a segunda, já que ainda estou digerindo o que assisti até agora.
Veredito: Não é tão intensa quanto True Detective, mas a maneira inteligente, e até ousada, com a qual trata o tema, faz com que não se tire os olhos da tela.

sábado, 22 de março de 2014

Da série...

... Loiros
Não sou fã de loiros, mas estes até me fazem pensar no assunto.

Charlie Hunnam
Chris Pine
Garrett Hedlund
Ryan Gosling
Tom Hiddleston

quarta-feira, 19 de março de 2014

Feice x Face

Percebi que estava mais dependente do Facebook do que deveria. Então, resolvi suspender a conta, mas lembrei que os grupos de discussão da pós-graduação são bastante úteis e poderia sair perdendo por causa disso. Uma solução foi desinstalar o aplicativo do celular - algo que acabei de fazer.
Eu não quero ficar esperando resposta, atualização e comentário de ninguém. Pra começar, se a pessoa realmente se importasse, não recorreria apenas ao Facebook para falar comigo. Tenho outras formas de contato e de ser encontrada. E urgência se resolve com telefone, não por "inbox".
Estava me desgastando à toa, turbinando minha ansiedade e presa a coisas idiotas. Deletar uma conta seria o extremo. Suspender teria resultado eficaz. Deletar o aplicativo do celular, eis uma solução rápida.
Percebi que nada muda com Facebook. As pessoas sabem que está lá, mas fisicamente a história é outra: está sozinho, chateado, desapontado... Enfim, com seus problemas. A não ser que faça parte do time das (In)diretas Já, ninguém saberá o que está sentindo, porque ninguém procura o outro e pergunta - salvo raras exceções.
Eu mesma sei que faço parte do grupo de individualistas, embora vez ou outra procure amigos/as para perguntar deles ou marcar algum programa legal pra fazer. Ler esta publicação do Mashable também clareou minha mente de que me afastar, sem ser totalmente, pode ser bom pra mim.
No mais, só saberei se a experiência realmente me ajudou daqui a alguns dias. Veremos.

terça-feira, 18 de março de 2014

Desafio dos 200 filmes - parte 10

46) Um filme que você gostaria de atuar: Meia noite em Paris (Midnight in Paris, 2011)
Na verdade, eu gostaria de viver nesse filme.


47) Um filme ridículo: Os delírios de consumo de Becky Bloom (Confessions of a shopaholic, 2009)

Nem o Hugh Dancy salva esta comédia romântica do ridículo. Será que o livro é tão intragável quanto o filme?


48) Algum filme que tenham te contado o final antes de você assistir: Seven (Seven, 1995)
Por isso demorei anos para assistir. E valeu a pena esperar, pois esqueci vários detalhes e achei ótimo.


49) Um filme que seja biográfico: Gandhi (Gandhi, 1982)

Um épico marcante e inspirador.


50) Um filme paródia: O Jovem Frankenstein (Young Frankenstein, 1974)

Um dos melhores filmes de Mel Brooks, parodiando Frankenstein de maneira absurdamente genial.


sábado, 15 de março de 2014

Aquilo que recai

Temer é uma das piores sensações que existem. É uma mistura de ansiedade e medo, que resulta em covardia. O medo de ter uma recaída já é a própria recaída - aquela sensação de sentir algo ruim se aproximar, e ele se apodera das entranhas e comprime o coração e os pulmões. A mente passa a se ocupar de pensamentos nebulosos e desejos escusos. 
É como uma sombra espessa que encobre o sol, impedindo admirar o azul celeste e as formas elegantes das nuvens. A beleza ao redor recebe contornos pálidos; as melodias repetem-se em uma mesma nota apática. As expectativas zeram e o sentido perde seu significado. O nada toma conta das ideias, que se abrem apenas para súplicas desesperadas.
E quando percebe que a negatividade é absorvida como solução, o que resta a fazer: admitir a si mesma o cansaço e a entrega ou tentar mudar a cabeça? É um lado extremo da personalidade, oculto e raramente manifestado. 
Não há fé ou religiosidade, mas ainda assim impõe um desafio que aceita como prova daquilo que não existe. Hester Collyer e Sylvia tornam-se anti-heroínas trágicas. Exageros à parte, é o que atravessa os pensamentos, como feixes luminosos dentro da caixa craniana. E a recaída procura uma saída. Silencia-se, chora, rebela-se, grita. Acalma-se e premedita uma solução.
O ato de escrever tenta colocar tudo em seu devido lugar. É o que dizem: o estado melancólico liberta a criatividade humana. Deve ser porque assim o cerne criativo busca uma luz para libertar-se de quando esteve apaziguado por outros interesses e sentimentos.
Enquanto o corpo relaxa lentamente sob o efeito dos paliativos, os sentidos adormecem e a busca pelo sentido realinha-se com a apatia. A recaída volta ao estado neutro, mas o temor de despertá-la novamente torna a respiração pesada e quente. Já não entende mais a diferença entre covardia e coragem.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Sobre príncipes e encantos

"Mas de nada adianta toda a beleza do mundo sem sentimento ou paixão. Talvez eu seja um caso de romantismo antigo perdido no século XXI. Pode ser. Há mais de vinte anos, Ruy Castro, outro ex-colega da Editora Abril, em uma discussão sobre o assunto, afirmou, meio sério, meio brincando, que eu acreditava em príncipes encantados. E acreditava mesmo.
Pois se quer saber? Ainda acredito. Não tanto em príncipes talvez. Mas certamente no encanto."

(MATARAZZO, Claudia. Amor Sem Frescura. Editora Planeta, 2013)

sexta-feira, 7 de março de 2014

A ascensão de uma cinéfila

Em 2009, publiquei um post intitulado "10 filmes que mudaram minha percepção sobre o cinema". Relendo-o hoje, cinco anos após sua publicação (grande coincidência), percebo que pouco mudaria na lista, embora não seja minha intenção analisar o post nem a escolha dos filmes.
Das minhas diversas fases, a de cinéfila é a mais duradoura. Esteve em declínio no ano passado, quando não me entusiasmei para ver filmes - os lançamentos pouco interessantes não ajudaram também. Ironicamente, meu filme favorito havia sido o romance autodestrutivo The Deep Blue Sea, que na verdade revi - foi lançado por aqui apenas em 2013, mas eu já havia baixado e assistido no ano anterior (revi no cinema porque É um filme de cinema).
Embora qualquer crítico experiente tente convencer seu fiel leitor de que a crítica cinematográfica é baseada em argumentos e no seu conhecimento enciclopédico de filmes, qualquer um sabe que não é apenas isso. O que também pesa em uma crítica e/ou opinião é o gosto pessoal, experiência de vida e (sim!) o arrebatamento que a obra provoca. Este último é difícil de questionar, pois é tão íntimo que quando alguém fala sobre isso chega a ser mais interessante do que assistir ao filme - dependendo de qual for, claro.
Ultimamente, tenho recuperado o prazer de assistir filmes. Atribuo essa responsabilidade a duas obras: O Lobo de Wall Street e Inside Llewyn Davis. O primeiro, desde já, considero o melhor que assisti desde Bravura Indômita, dos irmãos Coen, lançado no Brasil em 2011. O segundo, não coincidentemente, foi dirigido pelos Coen. 
São filmes muito diferentes, mas que me hipnotizaram desde a primeira cena. Seus protagonistas não são grandes homens, tão pouco heróis. Um marca pela ousadia; o outro, pela melancolia. São obras que não querem apaixonar o espectador, nem servir como lição de vida ou levar à reflexão. Suas narrativas e, consequentemente, enredos são envolventes, encantando pela estranheza de fatos e personagens. Enfim, são filmes que acontecem, e não planejam acontecer. 

A mim, simples cinéfila em ascensão após um ano de queda, só resta agradecer: Obrigada, Martin, Ethan e Joel.

terça-feira, 4 de março de 2014

O último/ A última...

... Filme visto: Enough Said
... Filme visto no cinema: Ela
... Episódio de série visto: S03E03 de Sherlock
... Episódio de série animada visto: S05E14 de Futurama
... Música escutada: I'll Be Your Man, do Black Keys
... Álbum escutado: OST Inside Llewyn Davis
... Filme na lista de aguardados: The Grand Budapest Hotel, de Wes Anderson 
... Vício: Pinterest
... Guloseima provada e aprovada: brigadeiros de cappuccino e de whisky (by Lucie e Eduardo)
... Cerveja nova degustada: O Calibre, da Bamberg

sábado, 1 de março de 2014

Desafio dos 200 filmes - parte 9

41) Um faroeste: Era Uma Vez no Oeste (Once upon a time in the West, 1968)
Não assisti muitos faroestes, mas dos que vi este é o meu favorito. Obra-prima.


42) Algum filme que te fez chorar: Meu primeiro amor (My Girl, 1991)
Me fez chorar de soluçar.


43) Um ótimo filme de guerra: A ponte do rio Kwai (The bridge on the river Kwai, 1957)
Excelente filme dirigido pelo excelente David Lean e estrelado pelos excelentes Alec Guinness e William Holden.


44) Um filme de um diretor não muito conhecido: Medianeras (Medianeras, 2011)
Do argentino Gustavo Taretto.


45) Um filme que te deprima: Cemitério dos Vagalumes (Hotaru no haka, 1988)
É a animação mais triste que assisti até hoje. Só o trailer já me faz chorar.