quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Poucas palavras

Não vou publicar aqui reflexões nem listas sobre o ano que passou. Acho que já escrevi demais sobre ele ao decorrer dos tempos. Tampouco farei planos e promessas para o que vier a seguir.  
Tenho poucas palavras para expressar neste momento, o que por um lado pode ser bom. Talvez seja melhor registrar o trivial, como fiz em tantos momentos de minha existência blogueira. 
Não tem fim nem recomeço, mas uma continuidade em uma nova folha de calendário - que, aliás, em tempos digitais, nem utilizo mais. 

Aos que sonham, bons sonhos. Aos que acreditam, boa sorte. Aos que sobrevivem, boa luta.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Da série...

...Se eu fosse groupie


Nathan Hewitt (Cheatahs)



domingo, 21 de dezembro de 2014

Do momento

Quem me conhece sabe o quanto eu tenho me esforçado para sair desse turbilhão emotivo que parece uma escuridão que pode me engolir a qualquer hora do dia. O quanto tenho evitado escutar o que não quero, fazer o que não quero, dizer o que não quero, discutir em quaisquer circunstâncias... enfim, tolerar o que não quero. Tenho meus outros meios para desabafar, mas agora simplesmente me senti compelida a utilizar meu espaço para isso.
Eu tento me distrair muito para não ficar mal. Saio com amigos ou mesmo sozinha, para fazer algo que quero na hora, e não deixar para depois. Mas agora, as lembranças ruins simplesmente me agarraram e o choro não cessa. Eu tento pensar nas coisas boas que fiz recentemente. Se eu não tivesse ido e trabalhado na Comic Con, sinceramente, acho que teria ficado muito mal Por isso falo com tanto carinho daqueles quatro dias, que me cansaram muito, mas acrescentaram muito para mim também.
Quando repenso a minha posição como mulher, as coisas que ouvi nos últimos dois anos e até pelo que passei, fico profundamente entristecida. Por meses, coisas que pensei serem normais, não eram. Eu sei que não devo me culpar por minha própria mentalidade ter quase acabado comigo, mas queria muito ter pensado assim antes que várias dessas coisas me acontecessem.
Quando alguém em quem você confia faz e diz coisas que acabam com você com o passar do tempo, parece que foi tudo jogado no lixo. Apesar de falar desses acontecimentos com algumas pessoas, para tirar o peso que eles têm sobre mim, fazer-me um certo bem, eles não vão deixar de ter acontecido e muito menos deixar de estar atrelados a alguém. Eu já tentei encolhê-los e esmagá-los antes, tirar todo o significado que têm sobre mim, mas estarão sempre naqueles pontos do passado, sem poderem ser apagados, apenas enfraquecidos.

sábado, 20 de dezembro de 2014

Top 10 - Diretores favoritos

O IMDB convida nomes do cinema para fazerem listas de 10 filmes favoritos. Recentemente, os famosos também contribuem com uma lista de diretores. Inspirada nisso - e na impossibilidade de enumerar apenas 10 películas -, elaborei minha lista de diretores favoritos. Difícil foi colocar na ordem de preferência, mas escolher os 10 até que foi fácil.

01) Luchino Visconti
Três obras imperdíveis: Rocco e Seus Irmãos, O Leopardo e Noites Brancas.

02) Stanley Kubrick
Três obras imperdíveis: Laranja Mecânica, 2001: Uma Odisseia no Espaço e Glória Feita de Sangue.

03) Martin Scorsese
Três obras imperdíveis: Os Bons Companheiros, Taxi Driver e O Lobo de Wall Street.

04) Ethan e Joel Coen
Três obras imperdíveis: Arizona Nunca Mais, Gosto de Sangue e Onde Os Fracos Não Têm Vez.

05) Edgar Wright
Três obras imperdíveis: Todo Mundo Quase Morto, Chumbo Grosso e a série de TV Spaced.

06) David Lean
Três obras imperdíveis: A Ponte do Rio Kwai, Lawrence da Arábia e Desencanto.

07) Federico Fellini
Três obras imperdíveis: A Estrada da Vida, 8 e 1/2 e Noites de Cabíria.

08) Woody Allen
Três obras imperdíveis: Hannah e Suas Irmãs, Annie Hall e A Rosa Púrpura do Cairo.

09) Billy Wilder
Três obras imperdíveis: Crepúsculo dos Deuses, Quanto Mais Quente Melhor e Se Meu Apartamento Falasse.

10) Charles Chaplin
Três obras imperdíveis: Em Busca do Ouro, O Grande Ditador e Tempos Modernos.

Poderia citar também... Akira Kurosawa, Francis Ford Coppola, Paul Thomas Anderson, Wes Anderson, Jean-Pierre Jeunet, David Fincher, Alfred Hitchcock, Ingmar Bergman, Eduardo Coutinho, Hayao Miyazaki e Juan José Campanella.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Música & Lágrimas

Esta música é tão linda que dói. A letra, a melodia, a interpretação... tudo. Chorei escutando. Sensibilidade é isso aí. Eu sempre me surpreendo quando canções me lembram eu mesma.

Strand of Oaks - Plymouth




Sometimes I move like shadow 
Sometimes I move like wind 
But most days I stop where I begin 

Naked in the Great Lakes 
Underneath the shine of Mars 
I begged my friend to just let me drift on 

Shower your loves with kisses
Shower the world with tears 
Take advantage of those who got you here

Let me roll, let me go 
Let me roll, let me go 
I’m bound to lose control 

I stopped listening to music 
I kept writing the same song 
Comfort doesn’t mean you're better off 

I met you when your hair was short 
And my ego had barely formed
It took a jug of wine just to ask you home

We took black and white pictures 
With your hooded sweatshirt on 
We were beautiful, broken, and young 

Let me roll, let me go 
Let me roll, let me go I
I’m bound to lose control

domingo, 14 de dezembro de 2014

Anti-heroísmo

Dificilmente um iniciante em uma loja de quadrinhos arriscaria levar este título lacrado em meio às suas compras de autores pop e com traços coloridos e amigáveis. Caso não tivesse assistido a American Splendor, alguns anos atrás, não sentiria nem uma curiosidade remota para colocar o livro na cesta - a não ser que pudesse folhear antes para ver se realmente iria curtir.


Vejamos, a capa é feia - um homem de traços grosseiros vestindo uma regata branca, que deixa à mostra a grande variedade de pelos que lhe revestem a pele. A cara de tiozão tarado, acenando pervertidamente, com uma bandeira descorada dos Estados Unidos logo atrás. O título acima não ajuda muito: Bob & Harv - Dois Anti-Heróis Americanos.

Não é uma publicação para um público seleto, especial ou expert. Mas um pouco de conhecimento cinematográfico poderia ajudar na hora da compra. Ora, Anti-Herói Americano - ou American Splendor -, aquele filme fabuloso de 2003 que trouxe Paul Giamatti no papel mais incrível de sua carreira; mistura de documentário, drama e comédia, temperado com ironia e sarcasmo e recheado de crônicas de Cleveland (este sim seria um título mais forte e rentável).

O filme foi amor à primeira assistida. Revi no dia seguinte à leitura da HQ, o que me causou certa estranheza, já que ainda lembrava de muita coisa dele e os quadrinhos estavam fresquíssimos na minha memória, foi como se um complementasse o outro. Mas a adaptação entra fácil nas minhas listas de filmes dos anos 2000, filmes baseados em HQs, filmes com narrativas criativas e filmes que me apresentaram à venerável fonte da adaptação.

Não espere atos de heroísmo ou rendições água com açúcar. Esporros, ruminações sócio-filosóficas, crônicas cotidianas e reflexões de um homem comum, chamado Harvey Pekar, capturadas pelo seu olhar ácido e transcritas em papel, ilustradas pelo famoso amigo, o artista Robert Crumb.

Não basta ler porque ficou cult, porque é quadrinho para adultos ou é um dos expoentes da arte underground norte-americana. É para ler para ser divertir, concordar com Harv, intrometer-se na folga do amigo, adentrar em uma repartição pública multiétnica e tentar entender o diálogo na hora do almoço. Ver-se em uma história e desaparecer na seguinte. Porque pessoas comuns também têm histórias fantásticas. Afinal, quer algo mais fantástico do que convencer o próprio amigo desenhista a dedicar tempo às suas histórias enquanto sua rotina continua a mesma após meia dúzia de edições publicadas país afora?

Porque sem mudanças drásticas, a vida continua. Somos os mesmos de ontem, talvez apenas mais sonhadores, irritados ou bem-humorados.


sábado, 13 de dezembro de 2014

O último/ a última...

... filme visto: Homens, Mulheres & Filhos
... episódio de série visto: S05 E08, de The Walking Dead
... maratona na Netflix: Adventure Time
... exposição visitada: Hans Hartung - Oficina do Gesto, no CCBB-SP
... livro lido: Bob & Harv - Dois Anti-heróis americanos, de Robert Crumb e Harvey Pekar
... álbum escutado: Volume III, de She & Him
... momento nerd intenso: tirar foto com cosplay na Comic Con Experience
... sonho de consumo realizado: um Galaxy Tab
... comprinha de mulher: um vestido com estampa de bolinhas >.<
... aventura gastronômica em restaurante: okonomiyaki, no Izakaya Issa

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Querida Zooey


Nunca tive nada contra você. Mas, após assistir a alguns filmes nos quais você assume papéis importantes para a narrativa, passei a tomar birra. Você aparece toda linda na tela, mas quando atua, logo percebo que algo não está bem. São as câmeras que te deixam meio tímida? É o excesso de luz? Ou a preocupação em não conseguir decorar todas as falas?
Você atua de um jeito feijão-com-arroz, embora os filmes que faça não exijam nada muito acima disso. É uma coisa meio preguiçosa, porque conseguimos nos encantar pelo seu estilo próprio, mas não pelas suas atuações e presença na tela. Daí, desisti de você.
Porém, quando te ouvi contando Stars Fell On Alabama, com o M. Ward, decidi dar mais uma chance - ao menos musicalmente falando. Por que você se expressa tão lindamente com a voz enquanto, na frente das câmeras, coloca-se no piloto automático para os seu olhões azuis cuidarem de tudo? 
Pois bem, Zooey, é isso que você é: uma folk star, uma moça que escolhe a dedo as canções clássicas de standard que vai gravar, reunindo-se com M. Ward para um brainstorm de ideias que rendem ótimas músicas, deliciosas de ouvir. E a sua voz é tão única neste universo pop onde gritar é pré-requisito, além de mostrar partes do corpos que podem ser cobertas até com uma minissaia e um top.
Então, Zooey, peço desculpas por tê-la subestimado. Sua dupla, She & Him, é adorável e parece querer me levar para viajar a uma época distante, em que as músicas pareciam dizer algo mais do que hoje em dia. São melodias quase perfeitas encaixadas nos lugares certos, a combinação de sua voz com a do Ward, a sintonia entre vocês torna esse projeto um must.


E ninguém acreditaria se eu contasse que Zooey Deschanel é uma de minhas artistas musicais favoritas da atualidade, com ou sem franja, com os olhos abertos ou fechados. O que importa é a moça por trás do microfone entoando canções que fazem sonhar.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Comic Con Experience - Dia 4

Em clima de "depressão pós Comic Con Experience", relembro os momentos inesquecíveis do último dia do evento. Depois de um trabalho pesado no sábado, o dia mais lotado, quente e maluco, que me rendeu bolha no pé e até dor nas costas, domingo foi até tranquilo. Embora o ar-condicionado não quisesse colaborar muito no Artists' Alley, mais tarde deu uma amenizada - claro que o fato de fechar mais cedo e de as pessoas saírem antes ajudou bastante.
Para começar, aquela volta pelo salão de exposição, com maquininha na mão e ar descontraído. Comprei mais livros de artista brasileiro independente e li ontem mesmo. Tietei o Groot, de Guardiões na Galáxia. Posso dizer que achei o cosplay mais legal do que a criatura digital do filme? Pois é sim! E ele praticamente me abraçou na foto. Achei tão fofo!
No momento do expediente, adivinha? Fui organizar fila. Desta vez, do Jorge Luís García-López, da DC Comics. Depois, dei uma mãozinha para ajeitar a fila do Gustavo Duarte e, depois... claro, Vitor e Lu Caffagi. Acho que eles foram os artistas brasileiros que mais autografaram. Na verdade, eles não só assinavam como faziam desenhos super-fofos para os fãs. 
Depois de jantar (ai, não aguentava mais aquele lanchinho), ouvi uma gritaria no Meet & Greet. "Jason! Jason! Jason!". Fui ver e o Jason Momoa estava tirando fotos com fãs que estavam fora da grade. Ele pegava celulares e fazia selfies com o pessoal no fundo. Gente, foi demais! Eu nunca assisti nada desse ator, mas ele me ganhou só com essa atitude, porque ele parece ser tão gente boa. Simpático e bonitão (ele é mais gato pessoalmente, acredite), ganhou o status de celebridade simpatia do evento.
O final foi se aproximando e todo mundo queria ir embora - digo, co-ordenadores e voluntários -, mas muitos artistas estavam firmes nos autógrafos, especialmente Timothy Zhan, escritor de livros do universo Star Wars, que me olhou se aproximando e achou que eu quisesse tirar foto com ele, mas fui tietar o Alex de Laranja Mecânica, que estava do lado dele hahaha. Só eu mesma...
Depois veio a co-ordenadora me perguntar se eu tinha visto um cosplayer com cabeça de unicórnio. "Não vi ninguém assim", respondi. Daí ela me contou a história: a pessoa estava barbarizando no evento, saía correndo, trombava com os outros, puxava bolsa, batia nos estandes... e não conseguiram saber quem era. Foi o único sem noção que apareceu por lá, e bem no final do último dia.

Eu gostei bastante de ter ido, aproveitado e trabalhado. Só que o trabalho desgasta, porque não tenho o costume de passar horas em pé. Mas eu sei que dificilmente pagaria para ir - fora que um dia só não teria graça, porque todos os dias são diferentes, tem pessoas novas, outros cosplayers. E ainda sobrou o dinheiro para comprar lá dentro, se eu pagasse pelo ingresso teria mais dó de comprar coisas. 
A CCXP do ano que vem já está confirmada, resta saber se será ao lado de casa - e se terei tanto ânimo para trabalhar nos quatro dias. Mas uma coisa é certa: eu já sei o quanto vale a pena ir.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Comic Con Experience - Dia 3

Não esfolei minha carteira na loja oficial do Dr. Who (as coisas são tão caras que fogem da realidade), em compensação meu pé... ai meu pé! Eu nem tinha entrado no meu turno ainda e ele já estava doendo. Fora o calor, pois o ar-condicionado não estava dando conta. Imagine só: 27ºC lá fora e o salão de exposição lotado. Eu cheguei a torcer para barrarem a entrada de visitantes, porque estava insuportável.
Não que meu trabalho estivesse muito tranquilo, mas eu dei uma escapada para ver o painel do presidente da Pixar (o único que eu realmente queria ver). Foram exibidos os sete minutos iniciais de Divertida Mente, a mais recente a animação da Pixar, e achei linda. Eu espero que eles mantenham a ótima premissa, porque gostei muito do que vi.
Mas foi dia de muito trabalho, ajudando a organizar filas de autógrafos do Vitor e Lu Cafaggi e do Fabio Moon e Gabriel Bá. Coincidentemente, duas duplas de irmãos artistas muito procurados no evento. E aproveitando que minha área é o Artists' Alley, dei prestígio ao quadrinho brasileiro. Porém, só comprei um, pois a grande maioria não aceita cartão e não levei muito dinheiro. Agora, tenho leitura para 2015 inteiro.
Sendo sábado, foi um dia muito familiar. Pai e filha, mãe e filho e famílias inteiras. Em alguns casos, eu reparava que o pai era o mais empolgado. Daí ele aproveitava para influenciar os filhos. Os cosplayers mirins também estavam animados, vestidos de heróis e encantados com os estandes oficiais. Muitos bebês também, mas tadinhos... com o calor e a barulheira, não deviam estar muito contentes. 
Chega uma hora que tudo cansa, a hora de ir embora se aproxima. Como o evento está mal sinalizado (não tem placa de saída!), tem que ficar no corredor respondendo "a saída é descendo as escadas, vira à esquerda". Fiquei me distraindo com o Alex de Laranja Mecânica no estande da Editora Aleph, que ficava mexendo com os passantes e assustava algumas pessoas. 

Dizem que o último dia será mais tranquilo, mas eu já sei que de manhã será um inferno, pois terá pré-estreia de O Hobbit, com presença do Richard Armitage (que homem!). Eu queria mais para ver o ator do que o filme (vai estrear de qualquer jeito...), só que não tenho paciência para acordar cedo e pegar fila. E como a #CCXP2014 termina às 20h, digamos que trabalharei pelo menos duas horas a menos. Uma boa pedida, já que meus pés não aguentam mais.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Comic Con Experience - Dia 2

O segundo dia da #CCXP2014 estava, definitivamente, mais cheio e mais organizado do que o primeiro. E isso em todos os quesitos: os voluntários (do qual faço parte) estão mais informados, os estandes mais completos e os cosplayers ainda melhores.
Falando em cosplayers, hoje eu vi o melhor de todos: o Homem Codorna. Quem não se lembra do Homem Codorna, o inesquecível super-herói do adorável desenho da Nickelodeon, Doug? Passava todos os dias na TV Cultura à noite e eu não perdia um sequer. É uma fantasia até que simples, mas estava tão... mágica! Eu não esperava mesmo encontrar um alter-ego do Doug na #CCXP2014.
Também encontrei a Jessica Rabbit (marmanjos babando, obviamente, com a caracterização da moça) e duas meninas fantasiadas de Loki. Digamos que Loki é fantasia de menina, porque não vi nenhum garoto como o melhor vilão da Marvel.
O melhor dos cosplayers é como adoram tirar foto. Eles não adoram, aliás, amam! Eles devem ganhar um dia com cada um que pede foto, pois é uma forma de elogio ao trabalho deles - chegar, se arrumar no camarim, ficar o máximo parecido possível com o personagem, fora o dinheiro e o tempo que se dedicam à fantasia. Eu vi o Punisher hoje e ele tinha mesmo cara de mau. O Wolverine gato (que homem, te juro...) também faz aquela cara de Hugh Jackman com raiva antes de fazer a foto. Eles atuam de uma maneira meio canastra, mas divertem.
Antes do meu turno, aproveitei para passear, ver lojas, colecionáveis, livros etc. Fui parar na Comix. Não queria arriscar muito, então peguei Tintin, Asterix, Luluzinha, American Splendor e Loki. Queria comprar mais umas coisinhas, mas a loja oficial do Dr. Who resolveu abrir só a partir do terceiro dia, então vou dar mais uma esfolada na minha carteira depois.

É divertido, mas é cansativo ao mesmo tempo. E só de pensar "estou aqui e as pessoas me procuram para pedir informações", já vale a dor no pé. Sábado tem tudo para ser o dia mais épico de todos - e mais cheio também. Muito trabalho, algumas compras e um nerd ou outro para suspirar discretamente pelos corredores. Afinal, ninguém é de ferro.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Comic Con Experience - Dia 1

Ontem começou a #CCXP2014, um dos eventos mais aguardados do ano. E assim que surgiu a chance de me inscrever para o programa de voluntários, não pensei nem uma vez e meia: já comecei a preencher o formulário com meus dados, torcendo para ser selecionada. Afinal, eu não trabalharia apenas quatro dias, mas teria a oportunidade de frequentar o evento e curtir como outros visitantes - até chegar o horário do meu expediente voluntário.
Já tirei algumas fotos assim que cheguei (pretendo publicá-las no meu perfil social semana que vem). Aproveitei para compartilhar o que foi possível pelo meu Instagram, para deixar bonitinho e registrado alguns momentos. Não vi muitos famosos - só o pessoal do Omelete e do Jovem Nerd. Mas também, não sou caçadora de celebridades, e passei a maior parte do tempo em trabalho.
O evento está bem divertido, com cosplayers profissionais e cospobres querendo ser promovidos. Visitantes saindo com sacolas cheias de livros, revistas e colecionáveis. Tive a sorte de encontrar somente pessoas solícitas e simpáticas, gente empolgada e ansiosa, todos educados.
Comprei apenas uma plaquinha de Dr. Who (ver no meu Instagram, linkado acima), mas pretendo gastar um pouco mais nos outros dias - afinal, economizei na Black Friday para quê? Hehehe.
Mas uma das melhores partes é reencontrar amigos que não vejo há meses (anos?), mas a correria permitiu apenas colocar os assuntos em dia com a Stephanie, minha ex-chefe no Cine Splendor. 

Agora, resta-me descansar, porque meu corpo dói e minha cabeça parece balançar de um lado para o outro. Sexta tem mais. E sábado. E domingo. Se virem uma baixinha de camiseta oficial amarela e com os cabelos presos, no Artists' Alley, provavelmente serei eu.

E boa sorte para mim no segundo dia, pré-fim de semana e prova de força. Foi bom demais, mas seria épico se fosse ainda melhor.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Últimos filmes e séries assistidos

Woody Allen - A Documentary (Netflix): Documentário dirigido por Robert B. Weide para a emissora de TV norte-americana PBS. Recomendado para fãs e pessoas interessadas em saber mais sobre a carreira e os filmes de Allen. O filme deixa a polêmica de lado, sem aprofundar na vida pessoal do cineasta (não traz nada que o público já não saiba).

Morte em Veneza (mostra especial do Caixa Belas Artes): Belo drama dirigido pelo mestre Luchino Visconti, que adapta o livro de mesmo nome escrito por Thomas Mann. Com poucos diálogos, a força da película vem das imagens, cujo silêncio é preenchido pela poderosa música de Gustav Mahler, compositor que inspirou na criação do protagonista da obra. Um filme filosófico repleto de significados.

Mil Vezes Boa Noite (cinema): Juliette Binoche comprova o que todos já sabem - é uma excelente atriz que se dá ao luxo de escolher seus filmes a dedo. Ela interpreta uma fotógrafa de guerra casada e com duas filhas, que é pressionada pelo marido para decidir entre a família e a bem-sucedida, porém perigosa carreira. O filme reflete sobre o papel da mulher na sociedade moderna e seus desejos pessoais e profissionais.

Tiempo de Valientes (Netflix): Boa comédia policial argentina, do mesmo diretor e roteirista do ótimo Relatos Selvagens. Aqui, um psicanalista precisa acompanhar um policial deprimido enquanto este faz uma investigação criminal. O longa conta ainda com boas doses de ação e uma dupla de protagonistas que foge do estereótipo de filmes do gênero.

Swimming with Sharks (Netflix): Kevin Spacey 20 anos mais jovem é o principal motivo para conferir este pretensioso filme de humor negro, no qual interpreta um chefe psicótico que lembra muito seu personagem na comédia pastelão Quero Matar Meu Chefe. Fora isso, não acrescenta muito à lista de filmes de ninguém.

Interestelar (cinema): O rei do hype Christopher Nolan chupinha 2001: Uma Odisseia no Espaço em vários momentos - até no sarcasmo, já que seus robôs são tão opostos ao Hal 9000 que fica claro como ele queria evitar comparações. Não é tecnicamente tão primoroso quanto Gravidade, nem filosófico como 2001, mas tem o lugar garantido entre os filmes de ficção científica dos últimos 30 anos, mesmo com diálogos incrivelmente expositivos e sequências tão anticlímax que dão sono.

Quero Matar Meu Chefe 2 (pré-estreia): Ligeiramente melhor que o primeiro filme, que já não era grande coisa. Aqui, o destaque vai para Chris Pine, que consegue se destacar com um personagem tão louco quanto carismático. Algumas cenas fazem rir, mas outras apenas comprovam a falta de originalidade das comédias blockbuster americanas.

Dépression et des pots (Netflix): Simpática comédia francesa que aborda a depressão em um grupo de homens em seus trinta e tantos anos. Situações engaçadas, algumas um pouco exageradas, mas no geral é um bom filme. Sem contar a trilha sonora com Noah and the Whale, Avett Brothers e Oasis.

Sétimo (cinema): Outro filme argentino estrelado pelo onipresente Ricardo Darín. E, mais uma vez, um suspense. Embora se perca em alguns diálogos expositivos e na pretensão de querer surpreender o espectador, consegue cumprir a premissa com eficiência. Mas não espere a genialidade que marca muitas obras argentinas contemporâneas.

Séries
Ripper Street (1ª e 2ª temporadas na Netflix): Eu não sou muito fã de histórias sobre investigação criminal, mas Ripper Street (BBC) acerta justamente por contextualizar a trama na Era Vitoriana, poucos meses após Jack, o estripador cometer seu último crime. Ótimos personagens e roteiro fazem com que esta série se transforme em um vício para quem gosta de filmes de época.

Lillyhammer (3ª temporada recém-chegada na Netflix): Um mafioso nova-iorquino em uma pacata cidade norueguesa é o ponto de partida desta despretensiosa e divertida série norueguesa distribuída pela Netflix. Personagens caricatos e estereótipos propositais fazem a graça desta comédia de humor negro, que tem Steve Van Zandt (guitarrista da E Street Band, que se apresenta com Bruce Springsteen) como protagonista. 

The Walking Dead (5ª temporada na mid-season): Esta temporada de The Walking Dead está surpreendente. Nem imagino o que possa acontecer quando a série voltar, em fevereiro. Reviravoltas inteligentes marcaram os últimos episódios, que acertaram por focar naqueles personagens que a gente nem dava muita bola, mas passou a gostar. Afinal, nem só de Ricks, Michonnes e Daryls se faz uma série emotiva de ação.