Em clima de "depressão pós Comic Con Experience", relembro os momentos inesquecíveis do último dia do evento. Depois de um trabalho pesado no sábado, o dia mais lotado, quente e maluco, que me rendeu bolha no pé e até dor nas costas, domingo foi até tranquilo. Embora o ar-condicionado não quisesse colaborar muito no Artists' Alley, mais tarde deu uma amenizada - claro que o fato de fechar mais cedo e de as pessoas saírem antes ajudou bastante.
Para começar, aquela volta pelo salão de exposição, com maquininha na mão e ar descontraído. Comprei mais livros de artista brasileiro independente e li ontem mesmo. Tietei o Groot, de Guardiões na Galáxia. Posso dizer que achei o cosplay mais legal do que a criatura digital do filme? Pois é sim! E ele praticamente me abraçou na foto. Achei tão fofo!
No momento do expediente, adivinha? Fui organizar fila. Desta vez, do Jorge Luís García-López, da DC Comics. Depois, dei uma mãozinha para ajeitar a fila do Gustavo Duarte e, depois... claro, Vitor e Lu Caffagi. Acho que eles foram os artistas brasileiros que mais autografaram. Na verdade, eles não só assinavam como faziam desenhos super-fofos para os fãs.
Depois de jantar (ai, não aguentava mais aquele lanchinho), ouvi uma gritaria no Meet & Greet. "Jason! Jason! Jason!". Fui ver e o Jason Momoa estava tirando fotos com fãs que estavam fora da grade. Ele pegava celulares e fazia selfies com o pessoal no fundo. Gente, foi demais! Eu nunca assisti nada desse ator, mas ele me ganhou só com essa atitude, porque ele parece ser tão gente boa. Simpático e bonitão (ele é mais gato pessoalmente, acredite), ganhou o status de celebridade simpatia do evento.
O final foi se aproximando e todo mundo queria ir embora - digo, co-ordenadores e voluntários -, mas muitos artistas estavam firmes nos autógrafos, especialmente Timothy Zhan, escritor de livros do universo Star Wars, que me olhou se aproximando e achou que eu quisesse tirar foto com ele, mas fui tietar o Alex de Laranja Mecânica, que estava do lado dele hahaha. Só eu mesma...
Depois veio a co-ordenadora me perguntar se eu tinha visto um cosplayer com cabeça de unicórnio. "Não vi ninguém assim", respondi. Daí ela me contou a história: a pessoa estava barbarizando no evento, saía correndo, trombava com os outros, puxava bolsa, batia nos estandes... e não conseguiram saber quem era. Foi o único sem noção que apareceu por lá, e bem no final do último dia.
Eu gostei bastante de ter ido, aproveitado e trabalhado. Só que o trabalho desgasta, porque não tenho o costume de passar horas em pé. Mas eu sei que dificilmente pagaria para ir - fora que um dia só não teria graça, porque todos os dias são diferentes, tem pessoas novas, outros cosplayers. E ainda sobrou o dinheiro para comprar lá dentro, se eu pagasse pelo ingresso teria mais dó de comprar coisas.
A CCXP do ano que vem já está confirmada, resta saber se será ao lado de casa - e se terei tanto ânimo para trabalhar nos quatro dias. Mas uma coisa é certa: eu já sei o quanto vale a pena ir.