domingo, 29 de novembro de 2009

Da série...

...Quero pegar no colo e não soltar mais


Josh Ritter

sábado, 28 de novembro de 2009

Literatura inspiradora

É impossível um irmão Marx não extrair um sorriso de meu rosto. Mesmo o estado emocional mais borocoxô não escapou de uma agradável levantada de espírito proporcionada pela releitura de Harpo fala... de Nova York, deliciosa crônica de pouco mais de 30 páginas coescrita por Harpo Marx e Rowland Barber. O crítico Luiz Carlos Merten, de O Estado de S. Paulo, comenta o livro aqui. Já o trecho escolhido por mim traz Harpo (também conhecido por Adolph e, posteriormente, Arthur) relatando a importância da escola em sua vida:


"E assim, aos oito anos de idade, eu estava fora da escola e em liberdade. Não sabia o que fazer comigo mesmo. Uma coisa era certa: jamais chegaria perto da Escola Pública 86 ou dentro do alcance do dedo acusador da srta. Flatto de novo. A escola era ótima para Chico, que estava na quinta série e era um gênio da aritmética, e para Groucho, que só tirava nota 100 na primeira série, mas não para mim. Eu só era bom para sonhar acordado, uma disciplina à qual não davam crédito no sistema escolar da cidade Nova York.
(...) Nunca duvidei que tivesse feito a coisa certa quando caminhei deixando para trás a janela aberta da E. P. 86, para nunca mais voltar. A escola estava toda errada. Não ensinava a ninguém como existir no dia a dia, que era como os pobres tinham de viver. A escola preparava você para a vida - aquela coisa no futuro remoto -, mas não para o mundo, a coisa que você tinha de encarar hoje, esta noite, quando acordava na manhã seguinte sem a menor ideia do que o novo dia traria.
Quando eu era criança não existia realmente futuro. Lutar para sobreviver num período de 24 horas já era duro o bastante sem precisar refletir sobre o período seguinte. Você podia rir do passado, porque tivera sorte bastante para sobrevivê-lo. Mas principalmente havia o presente com que se preocupar.
(...) A escola simplesmente não lhe ensinava como ser pobre e viver cada dia. Isto eu tive de aprender sozinho, da melhor maneira que pude. Nas ruas eu era, segundo os padrões atuais, um delinquente juvenil. Mas pelos padrões do Lado Leste de 1902, eu era um estudante de honra."


BARBER, Rowland; MARX, Harpo. Harpo fala... de Nova York. Trad. Roberto Muggiati. 1. ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 2006.  

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Eu tinha medo...

Merthiolate
Quando eu era criança me machucava bastante. Minha mãe já estava acostumada a me ver chegando em casa estropiada depois de um breve passeio de bicicleta, e tinha um arsenal de gaze, água oxigenada e band-aid no armário. No lugar de Merthiolate, eu só deixava passar Mercúrio Cromo porque não ardia. Tudo por causa de um trauma: eu chorei mais quando passaram Merthiolate no meu joelho do que quando tomei o tombo.


Escuro
Eu achava que era no escuro do meu quarto que as mais terríveis criaturas apareceriam para me pegar durante a noite. Para ajudar, enquanto eu era a caçula da família meus primos me infernizavam com histórias de monstros. Por isso minha mãe não podia me deixar ver filmes de terror nem ouvir histórias assustadoras, algo que para muitos não passava de diversão, mas para mim era só causa para pesadelos.


Ficar órfã
Além dos pesadelos com monstros, bichos-papões e afins, eu sonhava que ficava órfã. Até me lembro de um desses sonhos ruins até hoje: um assassino matava meus pais e eu chorava e o culpava. Mas esse medo ia além dos pesadelos, pois eu me sentia muito dependente dos meus pais e tinha medo de que algo nos separasse, e esse algo sempre parecia ser uma coisa muito trágica.


Mariposa
Não sei ao certo se era apenas mariposa ou se qualquer borboleta de cor escura já me metia medo. Mas essa fobia rendeu uma história engraçada: eu e uma amiguinha estávamos no elevador do prédio quando uma borboleta preta ficou presa lá com a gente. Eu lembro que gritamos tanto que quando saímos do elevador tinha até uma pessoa esperando para ver o que estava acontecendo.


Repetir de ano
Eu era muito CDF com 10 anos de idade - e uma nerd precoce. Estudava bastante porque tinha medo de repetir de ano, e não tanto porque adorava, embora eu gostasse bastante de Ciências (quis ser astrônoma) e Língua Portuguesa (dizia que seria escritora). Todo mundo me metia medo contando o quanto era terrível repetir uma série, ser a mais velha da turma e fazer aquilo tudo de novo.  

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Coleção de versos randômicos

"Her other boyfriends and the hopeful men
Call her on the telephone
But at the end of the night she's holdin' me tight
And I'm the one takin' her home"

Indigo Swing - How Lucky Can One Guy Be 


"I heard the night birds picking up the song
You threw your hair back and sang along
And I realized that I might lose you you might lose me
Drift apart in the night and never know why and not know how"

Josh Ritter - Right Moves


"So you wanted to take a break?
Slow it down some, and have some space?
Well fuck you too!
"

Ben Folds Five - Song For The Dumped


"Vou me distrair, vou pestanejar, vou engatilhar
Talvez disparar e ai de você
Se não me entender
Não faças caso, ou vou me perder
Entre chuva má ou mágoa sem cessar"

Vanguart - Antes que eu me esqueça


"Seis da tarde
Como era de se esperar
Ela pega
E me espera no portão
Diz que está muito louca
Prá beijar
E me beija com a boca
De paixão..."

Chico Buarque - Cotidiano

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Feedback

As pessoas se conhecem, se envolvem, se apaixonam, se entregam… Tudo parece absolutamente normal, ou mesmo lindo. Até que uma das partes resolve ter a tal da conversa séria. A partir desse momento, o sangue que corre pelas veias gela, mas o rosto, ao invés de pálido, se torna vermelho. Os olhos percorrem paredes, chãos e objetos ao redor.
“Se não estava bom, por que durou até aquele ponto? Para testar até onde iria? Para ver se a pessoa daria a volta por cima e agiria exatamente do jeito como o outro gostaria, mesmo sem saber que jeito é esse?” Muitas perguntas – e todas para si mesmo.
O que eu defendo é uma atitude estilo feedback. Sabe quando você é novato em uma empresa e espera superar as expectativas do chefe, até que um dia, logo nas primeiras semanas, ele te chama para um bate-papo e aponta aquilo em que precisa melhorar, o que ele espera que continue como está? Pois então, seria exatamente assim, mas entre essas duas pessoas que saem juntas há menos de um mês e notam até a mais leve entonação na voz da outra ao dizer a palavra cedo na frase “preciso levanter cedo amanhã”.
Como nessa situação não existe o chefe (a pessoa que chama a outra para a conversa), uma regra delimitaria depois de quantos encontros esse feedback seria marcado – uns cinco ou seis. Então, um daria o feedback ao outro:


Ele: Gosto que você não demora muito para se arrumar quando vamos sair. Mas o jeito que você olhou para o garçom naquele restaurante me deixou inquieto.
Ela: Você é muito cavalheiro, adoro isso. Mas acabou de implicar com uma coisa que não aconteceu.


O problema é que isso exige sinceridade – e como! Mas imagine a relação como um mero contrato de trabalho, afinal é provável que, no futuro, as partes dividam as prestações do apartamento, as parcelas dos eletrodomésticos e, é óbvio, a cama. Por isso, um feedback de vez em quando sobre como o outro está se saindo pode ser uma importante base para o relacionamento. Pelo menos se tudo acabar, é mais gostoso ter raiva da sinceridade do que covardia em inventar desculpas estapafúrdias.

domingo, 22 de novembro de 2009

In what classic Woody Allen film do you belong

Faça o teste aqui.


sábado, 21 de novembro de 2009

Overdose woodyalleniana

A Elegância de Woody Allen. Seria esse o evento cinematográfico do ano?



Não sei ainda, mas ver  - e rever - filmes do cineasta em película com a companhia de um público que admira seu trabalho é sensacional. A programação completa está no site da mostra organizada pelo Centro Cultural Banco do Brasil, www.woodyallen.com.br

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

25 personagens de cinema da década

Os 25 personagens de cinema mais marcantes dessa década que chega ao fim.


- Maximus (Russell Crowe) - Gladiador (2000)
- Wolverine (Hugh Jackman) - Trilogia X-Men (2000, 2003, 2006)
- Amélie Poulain (Audrey Tautou) - O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (2001)
- Bridget Jones (Renée Zellweger) - O Diário de Bridget Jones (2001)
- Mark Darcy (Colin Firth) - O Diário de Bridget Jones (2001)
- Burro (voz de Eddie Murphy) - Shrek (2001 e 2004)
- Seymour (Steve Buscemi) - Ghost World (2001)
- Charlie e Donald Kaufman (Nicolas Cage) - Adaptação (2002)
- Jason Bourne (Matt Damon) - Trilogia Bourne (2002, 2004, 2007)
- Zé Pequeno/ Dadinho (Leandro Firmino/ Douglas Silva) - Cidade de Deus (2002)
- Beatrix Kiddo/ A Noiva/ Mamba Negra (Uma Thurman) - Kill Bill Vol. I e II (2003 e 2004)
- Dory (voz de Ellen DeGeneres) - Procurando Nemo (2003)
- Jack Sparrow (Johnny Depp) - Trilogia Piratas do Caribe (2003, 2006, 2007)
- Alice (Natalie Portman) - Closer (2004)
- Napoleon Dynamite (Jon Heder) - Napoleon Dynamite (2004)
- Borat Sagdiyev (Sacha Baron Coen) - Borat (2006)
- Olive Hoover (Abigail Breslin) - Pequena Miss Sunshine (2006)
- Raimunda (Penélope Cruz) - Volver (2006)
- Anton Chigurh (Javier Bardem) - Onde os Fracos Não têm Vez (2007)
- Capitão Nascimento (Wagner Moura) - Tropa de Elite (2007)
- Daniel Plainview (Daniel Day-Lewis) - Sangue Negro (2007)
- Fogell/ McLovin (Christopher Mintz-Plasse) - Superbad (2007)
- Coringa (Heath Ledger) - O Cavaleiro das Trevas (2008)
- Kirk Lazarus (Robert Downey Jr.) - Trovão Tropical (2008)
- Wall-E (voz de Ben Burtt) - Wall-E (2008)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

25 álbuns da década

Já que a década de 00 (?!) está no fim, resolvi revisitar meus álbuns preferidos internacionais desses últimos dez anos. A metodologia para escolhê-los? O gosto pessoal mesmo.

Just Enough Education To Perform - Stereophonics (2001)
Rockin' The Suburbs - Ben Folds (2001)
The Invisible Band - Travis (2001)
Up The Bracket - The Libertines (2002)
A Rush Of Blood To The Head - Coldplay (2002)
The Remote Part - Idlewild (2002)
Elephant - The White Stripes (2003)
Get Born - Jet (2003)
Room On Fire - The Strokes (2003)
You Gotta Go There To Come Back - Stereophonics (2003)
Franz Ferdinand - Franz Ferdinand (2004)
The Ditty Bops - The Ditty Bops (2004)
Universal Audio - The Delgados (2004)
Don't Believe The Truth - Oasis (2005)
Employment - Kaiser Chiefs (2005)
Pushing The Senses - Feeder (2005)
Stars of the CCTV - Hard-Fi (2005)
Black Holes And Revelations - Muse (2006)
Inside In/ Inside Out - The Kooks (2006)
Making Dens - Mystery Jets (2006)
Robbers & Cowards - Cold War Kids (2006) 
Trompe-L'Oeil - Malajube (2006)
Sur Les Murs - 10 Rue D'La Madeleine (2006)
The Historical Conquests of Josh Ritter - Josh Ritter (2007)  
Flight Of The Conchords - Flight Of The Conchords (2008)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Sr. e Sra. Miller

O entrevistado seria Arthur Miller, dramaturgo norte-americano. O brasileiro, que estava nos Estados Unidos para aprender como os programas de televisão eram feitos e levar o know how ao Brasil, aproveitou a estadia para conhecer personalidades que admirava – e conseguir alguns tostões com as entrevistas que venderia à Folha.
O jornalista-nas-horas-vagas bateu à porta da residência nova-iorquina e foi atendido pela esposa do Sr. Miller, uma loira baixa, descalça e sorridente, sem o glamour que exibia nas telas – os cabelos esvoaçantes e a maquiagem cinematográfica. Estupefato, apresentou-se e foi convidado a entrar.
Arthur Miller o recebeu e foram conversar em uma sala mais reservada. Logo no início, Sra. Miller interrompeu, avisando o marido de um compromisso importante que ele teria mais tarde, mas a entrevista duraria cerca de 40 minutos e não acarretaria em atraso, comentou o entrevistador. Naquela época, Miller era um dos investigados da famosa caçada às bruxas, quando o governo norte-americano perseguia e espionava supostos comunistas e simpatizantes.
Ao final da entrevista, o jornalista foi conduzido ao hall de entrada, onde aguardava pelo Sr. Miller, até a esposa do dramaturgo aparecer e ele se sentir na obrigação de trocar algumas palavras com a bela mulher.
- Gostei muito de seus filmes. Mesmo nos papéis menores, sua presença se destaca nas telas. All about Eve, The seven year itch
A jovem agradeceu e comentou o último projeto, no qual atuou e produziu, e que não resultou em um bom filme. Em seguida, revelou o passo seguinte de sua carreira.
- O meu próximo trabalho será escrito e dirigido por Billy Wilder, uma comédia sobre gangsters chamada Some like it hot.
- Some like it hot? Mas o que quer dizer?
- É o estilo de jazz da época, os protagonistas são músicos.
De repente, o Sr. Miller aparece e interrompe a rápida, porém interessante, conversa. O jornalista vai embora e, cinquenta anos depois, relata o nostálgico dia em que conheceu Marilyn Monroe.


Baseado nos relatos de Alberto de Moya.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Desabafos urbanos

O mundo até poderia ser um lugar agradável para viver, se não fossem as pessoas que vivem nele.


O ônibus cheio sacoleja e os passageiros que precisam descer antes se apertam próximos à porta para não perder o ponto. Precavida, pergunto à mulher que pede licença para passar à minha frente:
- Você vai descer no próximo?
- Vou.
Só se fosse próximo à puta que a pariu, porque eu desci dali a duas paradas e ela continuou lá parada na frente na porta.


Em algumas estações de metrô, há apenas a escada rolante para descer e para subir. Ou seja: você não tem a escada tradicional se estiver com pressa. Mas como a população é egoísta e despreocupada, manter a fofoca em dia na escada rolante é bem mais proveitoso do que deixar o lado esquerdo livre para quem realmente precisa ir a algum lugar. E dá-lhe um bando de lesado atrapalhando a vida dos outros!


Depender do transporte público me irrita mais porque eu tenho que aturar os outros. Não gosto de pessoas, sou uma individualista. Mas sou do tipo que respeita - ou seja, nem tão individualista assim. Detesto sentar no assento reservado aos idosos e tenho vontade de chutar quem senta e finge que não vê o senhor parado em pé na frente. Várias vezes já dei meu lugar do assento comum enquanto umas gordas - quase sempre são gordas - fingem que não veem.


E tem outro fator irritante: os pobres metidos a bonzões. É só conseguir um crediário para parcelar o celular modernoso em dez vezes nas Casas Bahia que eles precisam esbanjar e mostrar o que têm. Assiste-se, ou melhor, ouve-se uma demonstração de mau gosto musical, falta de educação e pobreza. Afinal, não ter dinheiro para comprar um fone de ouvido é dose.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Fados, uma escolha acidental

Ontem assisti a Fados, de Carlos Saura. Não, eu não sou fã do gênero e nem do diretor. A escolha se deu porque os ingressos para I love you Phillip Morris, da programação da Mostra, estavam esgotados quase três horas antes da sessão. O plano B seria pegar um filme interessante que não demorasse a começar. Saí da Consolação insatisfeita com os outros filmes do HSBC Belas Artes - os melhores começariam bem mais tarde - e lembrei da promoção de quinta-feira do Espaço Unibanco, na Augusta, com preço mais convidativo. Lá, decidi por Fados.
Trata-se de um documentário-musical. Não contém análises sociológicas ou culturais sobre o gênero, nem músicos relatando suas relações com ele. Do início ao fim, traz diferentes artistas interpretando, de forma instrumental ou cantando, as diferentes vertentes do fado, de Angola a Portugal, passando por Brasil, Moçambique e Cabo Verde. Com a exceção de alguns cantos femininos agudos e estridentes e de canções mais enfadonhas do que as músicas mais chatas do Radiohead, Fados oferece um passeio pela cultura musical lusitana, onde olhos e ouvidos se encantam com a beleza das imagens construídas e conduzidas por Saura. Ao final, fiquei com vontade de ouvir mais fados instrumentais, com a sonoridade épica da guitarra portuguesa. 
O que eu conhecia do gênero se resume, de forma simples e direta, à participação do Madredeus no filme O céu de Lisboa, de Wim Wenders. Os músicos do grupo português, uns gajos muito elegantes, são excelentes, mas o vocal da cantora chegava a me irritar (percebe que não gosto de agudos?). Agora, Lisboa e outras cidadades lusas subiram na minha lista de lugares para visitar em um futuro não muito distante.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Papo calcinha

Sabe o que me broxa? Imagine o seguinte: homem de boné, óculos escuros (pior se forem espelhados), camiseta regata, bermuda florida e chinelão. Esse é o visual que me afasta de qualquer suposta atração física, seja quem for a pessoa. Não é preconceito, apenas um gosto refinado.
Não que eu seja apaixonada só por homens elegantemente vestidos – acrescente óculos de grau e perfume e terá um tipo hipnotizador. Mas relaxo e estilo praiano estão fora do meu radar de atenção. Ah sim, eu sou muito “Elaine” e escolho demais; só que olhar e admirar não arranca pedaço e é até mesmo divertido (ainda que muitas vezes seja frustrante torcer para o admirado notar – e nada).
Resumindo e girando 180º, eu não tenho necessariamente um tipo. E ando tão distante do mundo real que a distração se torna um escudo. Até quando agir assim? Não sei. Muitas vezes é menos dolorido imaginar histórias do que vivê-las. E vive-se acovardada.
“Josh Ritter, marry me! I wanna have your babies!” – deliro. Torna-se mais fácil rir de si mesma por imaginar encontros e declarações impossíveis do que seguir com aquele sorriso bobo de quem esqueceu a carteira em casa porque recebeu uma mensagem no celular capaz de causar pane no lado racional do cérebro.
Os dias se sucedem como uma paródia de O feitiço do tempo. A mesma canção diária no despertador, a mesma trilha sonora que transporta a mente cansada para um lugar distante do ônibus lotado e do metrô barulhento. É como se aquilo que ouço devesse ter acontecido, mas a árvore das decisões perdeu o ramo e interrompeu a trajetória…
Acho que preciso beber.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Joseph "Buster" Keaton

Buster, o salva-vidas

Buster, o desconfiado

Buster, o... apaixonado?

Buster, o apaixonado!



O desastroso Procura-se uma noiva (The Bachelor, 1999), estrelado por Chris O'Donnell e Renée Zellweger, é baseado em Os sete amores (Seven chances, 1925), de Buster Keaton. A diferença de 74 anos entre as películas comprova uma coisa: Jamais transforme uma obra de Keaton em um romance açucarado




Para se apaixonar mais ainda por Joseph "Buster" Keaton, ao som de About the boy

Créditos: SilentBuster