“Live from New York, it’s Saturday Night!” é o bordão do programa de humor semanal mais querido dos Estados Unidos, o Saturday Night Live. Mas aqui, o CQC é o meu programa do coração. Dia 08/12, estive nos estúdios da Band e participei da platéia mais gostosinha da tevê brasileira. A seguir, comento alguns factóides dessa crônica. Olha isso!
Fui com uma escola de idiomas. O ônibus era velho, mas tudo bem: foi de graça. Como era de se esperar, uma pivetada falando e gritando o trajeto inteiro. Não me sentia assim desde o ginásio.
Chegando à Band, por volta das 20h30, esperamos na fila para passar do portão para dentro. Uma moça do programa entregou as pulseiras para colocarmos. A minha era azul.
Finalmente entramos, mas não no estúdio. Esperamos mais, até entregarem os lanches (misto frio, coca-cola, bolinho e chocolate). Abri meu pão e fiz minha boa-ação do dia: “Alguém quer o presunto? Eu não como.”
Avisaram que o público já estava conseguindo lugar para sentar no estúdio. Eu nem terminei meu bolinho e quase saí correndo. Consegui um lugar mais à frente, dava para ver bem... exceto por uma caixa de som que cobria (justo quem?) o Marco Luque e limitava minha visão. Mas como os espectadores foram obrigados a se espremer para caber todo mundo, fui privilegiada pelo novo lugar.
O Marco Luque foi o primeiro a aparecer lá. Não preciso nem mencionar os gritinhos das meninas – até ele olhou surpreso. Eu não gritei, só pensei: “PQP, ele é lindo mesmo!” Em seguida, Marcelo Tas e Rafinha Bastos chegaram ao palco. O Tas logo avisou que eles haviam gravado outras duas edições do programa durante a tarde – ou seja, apresentaram três CQCs em um só dia – e que por isso iriam precisar da energia da platéia.
Os três estavam visivelmente cansados, principalmente o Rafinha. O Luque foi o mais brincalhão deles, falando besteiras, fazendo piadas, imitando alguns personagens do Terça Insana... Realmente, o porra-louca da bancada. O Rafinha fez uma ou outra brincadeira, sobre são-paulinos e corintianos; depois, apontou para uma garota da platéia, com blusa listrada branca e vermelha, e disse “achei o Wally!” Ela ficou puta com isso.
Antes de o programa ir ao ar, os três foram para trás do estúdio e ficaram conversando. Mas o microfone estava ligado e quem sentou perto da caixa de som – como eu – ouvia algumas partes da conversa, até que eles notaram algumas risadas e o Luque perguntou: “Vocês estão ouvindo a gente?” A resposta afirmativa parece tê-los deixado meio sem-graça.
O programa começou. Quaisquer tipo de câmeras ali foram proibidas. Antes, tentei tirar algumas fotos sem flash, mas ficaram ruins. Só do Luque ficaram melhores, pois em alguns momentos ele estava bem próximo do meu lugar e eu aproveitei a oportunidade.
Na matéria do Danilo Gentili sobre uma premiação promovida pelo Jornal Extra aos melhores da tevê, ficou visível o quão ridículas foram as escolhas, afinal trata-se de um veículo de comunicação das Organizações Globo, o que justifica vários dos ganhadores, como Zorra Total e Luciano Huck. Mas o protesto no palco do CQC foi bastante surpreendente, parodiando uma dor-de-cotovelo, cheio de palavrões – não sei se na tevê deu para perceber tão bem quanto ao vivo. Momentos depois, quando estava no intervalo, Luque e Rafinha demonstraram preocupação com o choque que poderiam ter causado no público. Isso porque antes de começar, o Luque fez várias piadas com palavrões, justificando não ter problema porque não iria ao ar mesmo.
Sabia que algum repórter do CQC poderia aparecer ali no estúdio. O Felipe Andreoli não iria porque estava gravando matéria – eu li no blog dele. Quem sabe o Danilo Gentili, o Oscar Filho ou o Rafael Cortez desse uma passada lá? Não deu outra: O Cortez chegou – e parece que tinha voltado de uma gravação externa.
O novo quadro, Cadeia de favores, apresentado pelo Rafinha, fez sua estréia dia 08/12. Além de ser ótimo, ele comoveu a bancada de apresentadores: O Rafinha não se conteve e colocou os óculos escuros. Depois, saiu emocionado do palco.
No final do programa, todo mundo queria fotos com os ídolos. Eu consegui umas palavrinhas com o Cortez e com o Tas. Ao primeiro, elogiei sua intervenção no tapete vermelho do Festival de Veneza com o elenco do filme Queime depois de ler. Blasé, ele apenas respondeu que tinha dado sorte. Tirei foto dele – e não com ele – e peguei um autógrafo. Ao Tas, brinquei e disse que era sua coleguinha de profissão e também pedi autógrafo. Ele perguntou em que veículo eu trabalhava, respondi, e uma menina se meteu e falou “Por que você não entrevista o Tas? Eu já entrevistei ele, né Tas?”. Respondi “Porque estou sem gravador.” Qual é... só porque a gente é jornalista tem que estar a trabalho o tempo todo?
No fim, esperei muito, mas o Luque e o Rafinha não saíram. Meu ônibus já estava saindo e eu tive que sair correndo. Da próxima, queridos, espero conseguir trocar umas palavrinhas com vocês...