segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Comic Con Experience: sexta-feira

Bom, conforme escrevi no post anterior, sexta-feira foi o único dia que fui à CCXP. Foi também a primeira vez que acompanhei painéis - em 2014, quando fui voluntária, vi apenas uma parte do painel da Pixar.
Eu pretendia chegar à São Paulo Expo - onde aconteceu a CCXP - às 10h, que é o horário de abertura do evento. Porém, na comunidade do evento, algumas pessoas que já haviam ido na quinta-feira estavam recomendando chegar o mais cedo que pudesse, para evitar filas gigantes. Como eu moro muito perto do local - a pé dá 25 minutos -, e não dependeria das vans que saíam do metrô Jabaquara (elas só chegariam lá depois), saí o mais cedo que consegui e cheguei lá às 9h. Surpresa, já tinha uma filona e muita gente aguardando abrirem.
OK, já esperava algo assim. Só me restava torcer para conseguir entrar no primeiro painel e garantir meu lugar até o último (o auditório não é esvaziado entre os painéis, sai quem quer e, se quiser voltar, tem que enfrentar toda a fila de novo - ou seja, saiu perdeu).

Já estava com a mochila abastecida de salgadinhos, iogurte e suco, então beleza eu ficar com a bunda o dia inteiro sentada na poltrona do auditório. Cheguei, mais fila, mas consegui um lugar no auditório - não ótimo nem ruim, bem OK. Primeiro painel já tinha começado: John Rhys-Davies, ator britânico que esteve em Indiana Jones e trilogia O Senhor dos Anéis, como Gimli e Barbárvore. Achei ele sarcástico, com humor tipicamente britânico. Nem ele se leva a sério, o que é divertido. Ele saía do palco com microfone e levava para as pessoas que queriam fazer perguntas, o que incluiu um sujeito muito perto de mim, então o vi na minha frente.

Segundo painel foi da Universal, o pior do dia. O estúdio não tem nenhum grande filme a ser lançado - a não ser que você esteja doido para ver Warcraft, mas como abomino filmes baseados em games (se tiverem o Michael Fassbender, eu até encaro rs), achei blé demais. Gostei quando falaram de A Bruxa, mostraram 7 minutos do filme. Mas... painel fraco demais, ainda mais se considerarmos que a Universal é um dos grandes estúdios hollywoodianos.

Painel de Umbrella Academy, com Gerard Way (ex-vocalista de My Chemical Romance e, atualmente, autor de quadrinhos) e Gabriel Bá, um dos grandes artistas brasileiros da atualidade. Foi interessante, muito legal saber o processo de criação de uma graphic novel premiada. Fiquei com vontade de ler, já entrou para a minha lista.

O painel seguinte foi da Marvel Comics, tipo um "o que está por vir". Eu gostei que levaram uns artistas brasileiros muito gente fina, tinha um deles extremamente engraçado e espontâneo, anti-estrela e muito pé no chão. Foi meio que uma aula de como fazer um painel para gente que não entende nada do seu tema e, ainda assim, ser legal.

O da Fox foi surpreendente. Ao menos na parte que diz respeito ao longa de Snoopy, que contou com a presença do diretor do filme, Steve Martino, apresentado por Carlos Saldanha (google it). Adorei terem falado do processo de criação e adaptação das tirinhas de Charles Schulz. Passaram vários trechos, mostraram muita coisa legal. Ponto para Fox!
Depois falaram de Kung Fu Panda 3. Olha, nem curto muito esses filmes/animações que chegam à terceira parte, mas passaram um trechão e eu adorei. Se bem que curto o Po, é um dos meus personagens favoritos das animações. Ah, o Lucio Mauro Filho estava lá, porque ele dubla a versão em português - eu sempre vejo a original, com voz do Jack Black.
Depois foi a vez de Deadpool, mas sem novidades. Eu já sabia de tudo o que mostrou. Pelo menos deram um pôster do filme para quem estava no painel, só não sei o que fazer com ele haha.

A hora e a vez da lenda Frank Miller. Eu juro que queria ceder meu lugar a um fã de verdade do artista, porque a pessoa iria desfrutar bem mais do que eu - eu nem leio quadrinhos de heróis, só conheço as adaptações de histórias dele para o cinema e nem curto (acho 300 uma bosta e Sin City é um filme mega hypado). OK, foi legal, mas só para dizer um dia que "eu vi um painel do Frank Miller" rs.

Outro artista venerado que esteve lá, logo após o Miller, foi Jim Lee. Eu gostei mais do painel dele porque achei a abordagem diferente. Se bem que o Miller está com câncer, então está bastante debilitado, não dá para exigir muito de uma pessoa que está em recuperação. É que Miller também estava lá como a lenda, e Jim Lee foi tratado com respeito, mas menos venerado. Ele é simpático para caramba, divertido. Gostei quando ele falou do início de carreira, de como entrou para a Marvel e DC - e de como os pais dele não queriam que seguisse a profissão.

OMG, painel da Netflix! As novidades que estão pro vir para o "canal" e dois painéis dedicados exclusivamente às séries Jessica Jones e Sense8. Seriam 2 horas só sobre o conteúdo da empresa. Começaram com os trailers do spin off longa metragem de Marco Polo (série que não consegui passar do primeiro episódio, achei bem ruim) e de uma continuação (ou prequel) de O Tigre e o Dragão, passaram uma cena da segunda temporada aguardadíssima de Daredevil e... Jessica Jones.
Bem, David Tennant foi o motivo de eu ter ido à CCXP na sexta-feira e ficar o dia inteiro sentada vendo painéis. O lugar estava cheio de whovians, alguns sem noção - fanboys e fangirls que não conseguiam se conter. O David ficou impressionado com a quantidade de fãs que tem no Brasil, e frisou isso. A Krysten Ritter estava com ele, mas o David era o mais assediado, obviamente.
Só que eles estavam lá para divulgar Jessica Jones, e a Netflix deve ter ficado putinha porque tinha muitos whovians e ficou parecendo painel de Doctor Who. Segundo dizem, foi a própria Netflix que mandou ENCERRAR o painel depois de apenas 10 minutos. Sim, cortaram até a parte que o David ia responder a uma pergunta do público. O PIOR é que ninguém se retratou publicamente sobre o que aconteceu, ficaram meio que culpando os whovians. Mas o fato é que foi desorganização e falta de respeito por parte de todos os envolvidos - CCXP e Netflix. Afinal, culpar quem ajudou a lotar um auditório - e a vender ingressos encalhados para sexta-feira - é muito fácil, foda mesmo é assumir a culpa e se retratar com todos.
Depois de praticamente expulsarem o David e a Krysten, foi a vez do painel de Sense8. Mas, cá entre nós, o que me interessa uma série dos irmãos Chatowski que sequer vi um episódio? Eu quase me levantei e fui embora, como muitos que estavam lá, mas me segurei até o fim, puta com o descaso com o painel de Jessica Jones.

Saldo final: gostei de ter conferido os outros painéis, mas o desrespeito da Netflix é que foi épico. Saí de lá decepcionada e esgotada, mas ainda assim procurei a mesa do Esad Ribic para autografar meu exemplar de Loki, mas ele já tinha ido embora. Corri para a mesa do Gabriel Bá e Fábio Moon, com Dois Irmãos na minha mochila, e peguei mais fila para ter uma dedicatória eterna deles. Valeu muito a pena!
Depois fui às compras, mas estava meio cheia de andar e ver estandes, fui em algumas lojas e comprei três Asterix, com um ótimo preço, e arrisquei uma HQ que nunca tinha ouvido falar, O Incrível Cabeça de Parafuso e Outros Objetos Curiosos, porque achei a capa muito boa e curti a descrição. Veremos.
 

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Comic Con Experience: o dia anterior

Fiquei indecisa durante meses se participaria do programa de voluntários da CCXP 2016, mas assim que abriram as inscrições, eu me inscrevi rapidamente. Motivos: apesar de ter sido cansativo no ano passado, foi uma experiência muito legal; eu queria ir nos quatro dias, mas não queria pesar meu orçamento com o alto valor do ingresso; queria gastar no evento, como na edição anterior, e, não precisando pagar a entrada, sobraria mais dinheiro para as compras. 
Claro que sendo voluntária, eu estaria pagando para entrar na CCXP - com meu trabalho, afinal de contas. Mas coloquei na balança os prós e contras e estava empolgada para ir de novo como voluntária. Porém, o programa foi cancelado no dia seguinte da abertura das inscrições.
Não vou entrar na discussão, só vou dizer que os esquerdistas-Vila-Madalena (como chamo carinhosamente quem acha que faz o bem para a sociedade só porque leu uns livros e faz protestinho e ameaça no Facebook, mas faz parte da mesma classe-média-sofre coxinha) ficaram fulos e, de fato, apresentaram os argumentos corretos (empresa privada não pode contratar voluntários), mas eles encheram muito o saco e saíram ofendendo e chamando de "burros" aqueles que queriam muito ser voluntários de novo - atitude que desprezo desses seres arrogantes que só conseguem conviver com gente mala que nem eles.
 
Daí f*deu. Já tinha esgotado ingresso para sábado, domingo estava quase acabando e só tinha para quinta e sexta. Ano passado, o dia mais legal tinha sido justamente sábado, então desanimei pagar para ir num dia morno. Até soltarem um vídeo da Krysten Ritter dizendo que viria para a CCXP, para o painel de Jessica Jonese que, talvez, traria o David Tennant. Falaram que seria na sexta e, no mesmo dia que soube, comprei a credencial.
Ficou umas semanas naquela "David Tennant vem ou não vem?". Até que confirmaram e eu me senti igual ao dia em que o Lollapalooza confirmou a vinda do Black Keys. Eu veria meu Doctor favorito, mesmo que de longe, com um monte de whovian mais fanático do que eu. Nossa, fiquei em êxtase.
 
Confesso que desde a confirmação do Tennant, eu nem estive tão ansiosa. Até hoje. Pensar que amanhã vou estar lá, que vou enfrentar filas, que terei que ficar no auditório desde mais cedo para guardar lugar pro painel (que será no finzinho da tarde)... dá um certo pânico, na verdade.
Estou levando dois livros para autografar lá também: Dois Irmãos, de Fábio Moon e Gabriel Bá, e Loki, com arte de Esad Ribic.
Guardei dinheiro para comprar umas coisas lá também, que nem ano passado, mas quero trazer mais coisas ainda. Vamos ver como estarão os preços, né?

No mais, vou ficar emocionada de ver o Tennant. Meu décimo doutor, protagonista de outra série sensacional, Broadchurch, e odiável como o Kilgrave em Jessica Jones. Cara, pensando nisso, acho que nem vou dormir esta noite!