terça-feira, 31 de agosto de 2010

O último/ A última...

... filme visto: O Diabo Veste Prada (The Devil Wears Prada)
... filme visto no cinema: O Pequeno Nicolau (Le Petit Nicolas)
... episódio de série visto: Pilot (S01E01), de Breaking Bad
... álbum ouvido: The Swell Season - Strict Joy
... show visto: The Swell Season, em São Paulo
... música ouvida: Call me, do Blondie
... incursão em rede social: Facebook
... item incluído na lista de "coisas para comprar antes da viagem": pijama
... muso acrescentado ao álbum do Orkut: na verdade foram dois - Glen Hansard e Jesse Spencer
... receita de comida testada: latke de batata com requeijão 

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

The Swell Season em São Paulo

No início de agosto já estava com o ingresso na mão para ver o show do The Swell Season em São Paulo. Formado pela dupla de Apenas um vez (Once), o irlandês Glen Hansard e a tcheca Marketá Irglová, o (ex)casal conquistou minha atenção não apenas por causa do filme nem da música Falling Slowly, vencedora do Oscar de canção original em 2008. No auge da minha obsessão pelo Josh Ritter descobri que ele estava abrindo para alguns shows do The Swell Season nos Estados Unidos, no Reino Unido e na Irlanda, e isso acendeu meu interesse. E mais: li na Paste Magazine que, no começo da carreira, Josh Ritter teve o apoio do Glen Hansard, então líder da banda The Frames, e foi para a Europa graças a esse apoio que se transformou em uma amizade muito forte. Por aí já dá para perceber que Glen Hansard deve ser um dos caras mais gente boa do circuito musical.
Na noite de 27 de agosto, uma sexta-feira, lá fui eu ao HSBC Brasil sozinha - os grandes shows internacionais da minha vida (Oasis, The Chemical Brothers, Muse) eu assisti sozinha. No esqueminha de mesas numeradas com até seis pessoas, achei o meu lugar - mentira, fui levada para lá porque não encontrava de jeito nenhum - e peguei mais da metade do show de abertura dos Varandistas com participação da Maria Gadú
Se tem uma coisa que detesto em show é flash de máquina fotográfica. E se a apresentação é para público na pista, odeio qualquer aparelho eletrônico com câmera, já que fica quase impossível ver o artista no palco com aquele monte de múmia egoísta com a mão levantada tentando tirar foto ou filmar (isso é pior, já que o esforço em atrapalhar a visão dos outros resulta em filmagens péssimas e com áudio tosco). Como era mesinha, a única coisa que me atrapalhou foram os flashes. Então quando Glen Hansard entrou no palco sozinho com seu violão surrado (o mesmo usado no filme), não é de surpreender que todo mundo queria ter o melhor registro fotográfico do mundo.
Depois da primeira música, Marketá e os integrantes do The Frames entraram no palco e tocaram a belíssima Low Rising, do recente Strict Joy. Logo no início eu já tinha certeza de que o show seria excelente. Mas como, infelizmente, tenho memória péssima para nomes de músicas, não serei capaz de citar a maioria das que foram tocadas. 
A Marketá tem um jeito tímido e fala com a mesma voz delicada com a qual canta. É talentosíssima no piano e também toca violão; tem uma voz tão afinada que impressiona. Tanto ela quanto o Glen tentaram se comunicar com o público em português (ela se saiu melhor), mas jogaram a toalha e se renderam ao inglês. Glen é o típico irlandês fanfarrão: comunicativo, engraçado e imprevisível. Eu ri tanto com ele no show que  nem se estivesse numa apresentação de comédia stand up me divertiria tanto. Quando ele começou a se soltar, céus! Falou para o público acompanhá-lo na próxima música (Back Broke) e explicou que deveria ser como se fôssemos "drunken Irish angels". De repente, mudou completamente de assunto para falar de como os motoboys de São Paulo se comportavam no trânsito, dizendo que as pessoas dirigem de maneira insana (isso porque ele nem andou muito pela cidade). No melhor estilo improviso, o irlandês ruivo e barbudo fez uma homenagem cujos versos se resumiam a Honda. Hilário demais!
Sobre os integrantes do The Frames são todos ótimos. O violinista Colm Mac Con Iomaire até apresentou uma canção tradicional irlandesa do seu álbum solo, no melhor estilo KT Tunstall de usar bases pré-gravadas. Outros músicos da banda são Joe Doyle (baixo), Rob Bochnik (guitarra) e Graham Hopkins (bateria).
As músicas do repertório foram dos álbuns Once (a trilha do filme) e Strict Joy, mas também teve outras surpresinhas, como Gold (a música tocada no sarau, no filme); Fitzcarraldo, do The Frames; uma cover de Caetano Veloso (Cucurrucucu Paloma) interpretada por Marketá e a reunião com os músicos dos Varandistas para outra cover, You Ain't Goin' Nowhere, de Bob Dylan - essa aí foi mais improvisada ainda do que HondaNo final, saí com um belo sorriso estampado no rosto, embora ainda quisesse muito ouvir Fallen from the sky. Quem sabe numa próxima?

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O approach

Assim como para guilty pleasures, não consegui encontrar uma palavra em português que definisse tão bem o significado dessa que aparece no título. Approach seria uma abordagem - a nossa cantada. Mas a palavra inglesa (sua conotação) tem um algo a mais; é mais elegante. E aqui vou eu, uma pessoa que não entende nada de approach, falar sobre o assunto de uma maneira pessoal e, portanto, bastante vaga. 
Eu sei o que é um approach e já tentei usá-lo algumas vezes. Já fui bem-sucedida no negócio, mas não sei se foi pela técnica impulsiva que utilizei ou outra coisa que jamais saberei. Minha técnica impulsiva se resume a passar um tempo ensaiando mentalmente - uns 15 minutos - e de repente dizer algo sem ser aquilo que pensei; algo que simplesmente digo de repente, para puxar assunto ou para terminar o ensaio de vez. (Tudo isso graças à minha timidez extrema.)
Ah sim, pessoas tímidas sofrem na hora do approach, seja quando cogitam ensaiá-lo ou no momento em que o "recebem". (Mas costuma ser mais fácil "recebê-lo" do que usá-lo.) O jeito mais fácil de concretizar um approach com uma pessoa que nunca viu na vida é tentar puxar algum assunto. Se está num lugar com música, por exemplo, comente algo como "nossa, adoro essa música" ou "essa banda faz parte da minha vida", daí se houver concordância na resposta já dá para esticar a conversa, pois ele(a) já tem pelo menos uma coisa em comum com você. Uma tática que já usei foi chegar e perguntar o nome, assim do nada. Claro que ele levou um susto, mas já posso dizer que foi uma iniciativa minha e, o melhor, começamos a conversar a partir disso.
Em alguns casos, pode-se usar as famosas indiretas (digamos que no caso de já conhecer a pessoa e tal). O problema é que sou muito lerda para entender indiretas, então se o sujeito for tão lerdo quanto eu não vai adiantar nada. Então, boa sorte para quem tentar um approach desse modo. 
E o que não fazer? De acordo com algumas conversas que já tive com amigas, e também levando em consideração minha própria opinião, chegar dizendo "gata", "como você é linda", "mulher da minha vida" não cola - a não ser que a autoestima da mulher esteja um tanto baixa no dia. Outras clássicas que já esgotaram são "você vem sempre aqui" e "já te vi em/ te conheço de algum lugar". A sutileza ainda é a melhor forma, mas uma sutileza elegante e esclarecedora, e não do tipo que precisa de manual para decifrar o código.
Depois desse texto já posso tentar minha carreira em algum programa de paquera da MTV ou ser uma daquelas escritoras do "faça o que eu escrevo, não faça o que eu faço". 

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Guilty pleasures

Batatas: qualquer coisa feita de batata é irresistível. Veja só, temos batata frita, batata assada, purê de batata, batata à dorê, nhoque... imagine se o Bubba, de Forrest Gump, ao invés de camarão gostasse de batata. Pois é. Mas das industrializadas, difícil alguma superar os Nuggets Batata Crocante, da Sadia. Quem chega perto são as batatas Stax, Pringles e Ruffles. Com tanta batata, haja dieta!

2 become 1, das Spice Girls: Eu nunca comprei um CD das Spice Girls e até teve um momento da minha vida em que odiava o grupo. Mas não adianta: é só ouvir 2 become 1 que começo a cantarolar - e olha que na época em que foi lançada, eu nem gostava da música. Hoje acho que ela tem uma melodia gostosinha e é a única das Spice Girls que elas cantam bem. E, sim, também curto a letra.

Adam: Eu nem sei como esse filme foi parar na minha lista no Netmovies, mas um dia decidi colocá-lo para assistir sem esperar muito e... surpresa! Adam é uma das coisas mais fofas que já vi - é tão fofo que me sinto culpada por ter gostado dele. Claro que a presença do Hugh Dancy acrescenta muito, mas os rapazes podem se contentar com a Rose Byrne - aliás, os dois estão ótimos no filme.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Da série...

...se eu fosse babá

Anton Yelchin

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Comédia 077 - Carrossel de Esperança

Ficha técnica
Título original: Jour de fête. Ano: 1949. País: França. Direção: Jacques Tati. Com Jaques Tati, Guy Decomble, Jacques Beauvais, Maine Vallée, Paul Frankeur. 89 min - Colorido/ Preto e branco.



O filme
Todos os anos, a comemoração do Dia da Bastilha transforma o vilarejo de Sainte-Severe-sur-Indre, no interior da França. Crianças, adultos e idosos se divertem com atrações como o carrossel e o cinema ambulante. Ao participar da festa, o carteiro François se impressiona quando assiste a um documentário sobre a eficiência do serviço postal norte-americano. Querendo provar a todos - e a si mesmo - que é capaz de entregar as cartas de maneira tão rápida quanto os gringos, monta em sua bicicleta e corre pelas vielas como se estivesse no Tour de France. Estrelado e dirigido por Jacques Tati, o mais famoso comediante francês. 

sábado, 21 de agosto de 2010

A contadora de história e o seu penacho

Não gostava muito da escola na qual estudei entre a quarta e a sexta série do primeiro grau, se bem que adorava alguns professores e suas aulas. Em uma dessas séries, tive um professor de língua portuguesa chamado Ferrari (apelidado de Brasília por alguns engraçadinhos), uma dessas pessoas que só se conhece uma vez na vida. A aula dele me dava sono, mas era um velhinho simpático - o uso do diminutivo não é porque a idade dele se aproximava à de Matusalém, mas simplesmente porque não gosto da palavra velho -, com fala mansa e jeito tradicionalista. Lembro que um dia, não sei bem por quê,  perguntei se conhecia alguém que sabia falar latim e ele respondeu com serenidade "eu sei falar latim". Já não era mais uma língua morta, pois professor Ferrari a ressuscitara.
Todo semestre era escolhido um livro que serviria de base para uma prova, e geralmente era a adaptação infanto-juvenil de uma obra clássica. Já havíamos lido As viagens de Gulliver e Sonho de uma noite de verão, e eu, uma nerd desde aqueles tempos, olhava a contracapa do livro e tentava adivinhar qual daqueles títulos listados poderia ser escolhido. Alguns meses atrás, eu tinha assistido a um filme chamado Feito cães e gatos e soube, pela clássica revista Set, que se tratava de uma adaptação modernizada de Cyrano de Bergerac. Como havia me apaixonado pelo filme, cruzei os dedos para que o livro fosse escolhido.
Algumas semanas depois, me encantei ao saber que essa seria a próxima leitura. Trata-se de uma adaptação em prosa de Rubem Braga (autor pelo qual cultivaria grande admiração uma década depois) da famosa peça de Edmond Rostand. Li o livrinho em três dias (um recorde para mim naquela época) e chorei muito no final. Sabe o que isso quer dizer? Cyrano foi o primeiro personagem literário que me deixou deprimida e me fez chorar. A história não se define como tragédia. É cômica na verdade. Mas o desfecho, belo e trágico, se encerra com o herói moribundo murmurando "o meu penacho", lembrando do adorno do chapéu até o último instante de sua vida. 
A prova de leitura estava próxima e descobri que era uma das poucas, senão a única, que estava preparada. Alguns alunos preguiçosos vieram me pedir ajuda, já que não poderiam ler o livro em apenas um dia e eu contaria do que se tratava para que a nota deles ficasse, pelo menos, na média. Inconformada com o desinteresse por algo tão sublime, concordei em virar contadora de história, pois assim passaria adiante o enredo e tentaria deixá-lo o mais fiel possível à obra. E foi o que fiz, até o final, rouca e satisfeita.
Entretanto, assim como o herói clássico enfrenta vilões antes de chegar ao final - neste caso, a prova -, uma professora se aproximou e achou um absurdo aquele monte de aluno não ter lido um livro e me fazer contar a história inteira para eles. E pior: eu tinha concordado com aquilo. A fofoqueira foi contar para outra professora de português, que me entregaria ao Ferrari por ter feito algo tão absurdo. Mas se ela realmente contou para ele, eu jamais soube, pois o assunto nunca mais veio à tona. Ou talvez o Ferrari soubesse e não deu a mínima. O importante é que me saí maravilhosamente bem na prova e fiquei fã de Cyrano. Em relação aos outros colegas, não saberia dizer se meu esforço valeu a pena. Porém, ao menos me ajudou a fixar a história ainda mais na cabeça.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Pausa para o chocolate quente

@garotanohall Sinto falta dos teus posts nao cinematográficos... =/
Essa mensagem da @srta_nath no Twitter ontem me fez pensar: será que a ideia dessa lista de 101 comédias fugiu da proposta do blog? Eu respondi a ela que gostaria de terminar a lista antes da minha viagem, no final de setembro, já que depois teria muita coisa para escrever. Daí pensei mais um pouquinho: qual é o propósito de um blog se ele não tem leitores? Se for assim, melhor fazer um blog fechado só para que eu tenha um local onde armazenar minhas coisas e acessá-las quando quiser. 


A ideia não é parar a lista na comédia 076 e só continuar daqui a algum tempo, mas intercalá-la com outros posts. Portanto, pretendo terminá-la entre novembro e dezembro. Enquanto isso, aquela programação normal, com algumas crônicas, confissões, neuroses e seja-lá-como-chamo, volta aos poucos. Afinal, o ratinho continua pedalando na minha cabeça para a criatividade fluir - seja para o bem ou... você sabe.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Comédia 076 - Chumbo Grosso

Ficha técnica
Título original: Hot Fuzz. Ano: 2007. País: Reino Unido, França. Direção: Edgar Wright. Com Simon Pegg, Nick Frost, Jim Broadbent, Timothy Dalton, Paddy Considine. 121 min - Colorido.

O filme
Depois de homenagear os filmes de zumbis com Todo mundo quase morto, Edgar Wright e Simon Pegg mergulharam no universo dos filmes de ação para escrever o roteiro de Chumbo Grosso, que cita "clássicos" do gênero como Caçadores de Emoção e Bad Boys 2. Nicholas Angel (Pegg) é o melhor policial de Londres, mas sua brilhante carreira faz com que seja mandando para a pacata Sandford, onde a fuga de um ganso é trabalho para a polícia. Aos poucos, descobre que, ao contrário do que imaginava, a cidadezinha não é tão inofensiva quanto parece ser. 

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Comédia 075 - Escorregando Para A Glória

Ficha técnica
Título original: Blades of Glory. Ano: 2007. País: Estados Unidos. Direção: Josh Gordon, Will Speck. Com Will FerrellJon HederWill ArnettAmy PoehlerJenna Fischer. 93 min - Colorido.

O filme
Além de reunir alguns dos maiores talentos cômicos da atualidade, Escorregando para a glória tem uma história tanto absurda como engraçada. Após uma briga no pódio, os patinadores de gelo Jimmy e Chazz são banidos de competições. Porém, uma brecha nos regulamentos permite que eles possam competir na categoria dupla. Como se o esporte já não fosse afeminado o bastante, os atletas precisarão dar tudo de si e deixar as diferenças de lado para conquistar uma vaga nos Jogos Olímpicos de Inverno de Montréal. Mas um casal de irmãos pretende complicar ainda mais a vida dos dois.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Comédia 074 - Levada Da Breca

Ficha técnica
Título original: Bringing Up Baby. Ano: 1938. País: Estados Unidos. Direção: Howard Hawks. Com Cary Grant, Katharine Hepburn, Charles Ruggles, Walter Catlett, Barry Fitzgerald. 102 min - Preto e branco.

O filme
Um dos mais famosos representantes da comédia maluca (ou screwball comedy), Levada da Breca é o primeiro trabalho cômico da carreira de Katharine Hepburn. Susan Vance adora chamar a atenção e escolhe o palentólogo David Huxley (Cary Grant) para ser sua próxima vítima. Para isso, porém, usa um leopardo chamado Baby como parte de sua estranha forma de sedução. Mas as coisas não saem conforme planejado quando decide levar Baby e David para a casa da tia: um valioso osso de brontossauro é roubado por um cachorro e um leopardo feroz foge do circo na noite mais longa de suas vidas.

sábado, 14 de agosto de 2010

Comédia 073 - Nossa Hospitalidade

Ficha técnica
Título original: Our Hospitality. Ano: 1923. País: Estados Unidos. Direção: John G. Blystone, Buster Keaton. Com Buster Keaton, Natalie Talmadge, Joe Roberts, Ralph Bushman, Craig Ward . 74 min - Preto e branco.



O filme
Uma das melhores e mais incríveis comédias de Buster Keaton, Nossa Hospitalidade se inspira na paixão proibida de Romeu & Julieta, trocando a tragédia shakespeareana pela comédia e pela ação. O jovem Willie McKay se apaixona perdidamente por uma moça sem saber que ela pertence à família Canfield, rival à sua. Quando o pai e os irmãos dela descobrem a verdade sobre Willie, ele passa a ser perseguido, fazendo de tudo para escapar com vida e conseguir levar a garota consigo. Curiosidade: a protagonista é interpretada pela então esposa de Keaton, Natalie Talmadge.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Comédia 072 - Todos Dizem Eu te Amo

Ficha técnica
Título original: Everyone Says I Love You. Ano: 1996. País: Estados Unidos. Direção: Woody Allen. Com Woody Allen, Goldie Hawn, Alan Alda, Julia Roberts, Drew Barrymore. 101 min - Colorido.


O filme
A mais bem-sucedida tentativa de reavivar as comédias musicais, Todos Dizem Eu Te Amo faz homenagem até no título, tirado da canção de Os Gênios da Pelota. Porém, o que torna esse filme de Woody Allen peculiar é o fato de todos os atores realmente cantarem e dançarem livremente - menos a tímida Drew Barrymore, que foi dublada. Entre uma desafinada e outra, os personagens discursam sobre o amor e se envolvem em casos amorosos, tudo com um ótimo elenco como poucos filmes têm a proeza de reunir. Afinal, não é sempre que temos a chance de ver Edward Norton e Tim Roth cantarem.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Comédia 071 - Os Gênios da Pelota

Ficha técnica
Título original: Horse Feathers. Ano: 1932. País: Estados Unidos. Direção: Norman Z. McLeod. Com Groucho Marx, Harpo Marx, Chico Marx, Zeppo Marx, Thelma Todd. 68 min - Preto e branco.


O filme
Nessa comédia anárquica universitária, Groucho Marx interpreta o reitor da Universidade de Huxley e pai de um dos alunos, vivido pelo caçula Zeppo. A trama gira em torno da contratação de dois atletas (Harpo e Chico) para jogar futebol americano pela universidade contra o time da rival Darwin. Mas os novos contratados não passam de dois pilantras que acabaram sendo confundidos com os verdadeiros jogadores. Um dos grandes momentos dos Marx nas telas, o filme traz a hilária piada da adivinhação de senha e a canção Everyone says I love you, interpretada por cada um dos irmãos em cenas separadas.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Comédia 070 - Quinteto da Morte

Ficha técnica
Título original: The Ladykillers. Ano: 1955. País: Grã-Bretanha. Direção: Alexander Mackendrick. Com Alec Guinness, Cecil Parker, Herbert Lom, Peter Sellers, Danny Green. 87 min - Colorido.


O filme
Alec Guinness está hilário como Professor Marcus, um metido a intelectual que planeja o crime perfeito: usar uma inocente velhinha como cúmplice de um assalto sem que ela saiba. Para o plano dar certo, ele aluga um quarto na casa dessa mulher e forma um falso quinteto de cordas como pretexto para se reunir com os comparsas no local. Mas ao contrário do que imaginavam, a bondosa senhora não é boba e acaba se tornando um alvo nada fácil para os bandidos. A película foi refilmada em 2004 pelos irmãos Coen, recebendo o título Matadores de Velhinha

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Comédia 069 - Uma Mulher É Uma Mulher

Ficha técnica
Título original: Une Femme Est Une Femme. Ano: 1961. País: França, Itália. Direção: Jean-Luc Godard. Com Jean-Claude Brialy, Anna Karina, Jean-Paul Belmond. 85 min - Colorido.


O filme
Estranho, irreverente e brilhante. Esses são os três adjetivos me me vêm à mente quando penso em Uma Mulher É Uma Mulher, uma das primeiras obras de Jean-Luc Godard. Filhote da nova onda do cinema francês (a nouvelle vague), o filme mostra o que a impulsiva Angela, uma bela dançarina de cabaré, é capaz de fazer para realizar o desejo de ter um filho: se o namorado Émile é contra a ideia, a moça procura o melhor amigo dele, Alfred. Além da linguagem e estética criativas, a película traz inúmeras referências cinematográficas que a tornam ainda mais prazerosa de assistir.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Comédia 068 - Monty Python Em Busca do Cálice Sagrado

Ficha técnica
Título original: Monty Python and the Holy Grail. Ano: 1975. País: Reino Unido. Direção: Terry Gilliam, Terry Jones. Com Graham Chapman, John Cleese, Terry Gilliam, Eric Idle, Terry Jones, Michael Palin. 91 min - Colorido.


O filme
Depois de descobrir que Camelot não era o lugar que esperava, Rei Arthur recebe um chamado divino e parte em busca do Santo Graal, acompanhado de seus fiéis seguidores, os cavaleiros Sir Lancelot o Bravo, Sir Galahad o Puro, Sir Robin o Não-Tão-Bravo-Quanto-Sir Lancelot e Sir Bedevere. Mas não é uma missão simples, já que terão de enfrentar desafios como os Cavaleiros Que Dizem Ni, as virgens do Castelo de Anthrax e o inacreditável Coelho Assassino. O filme marca a estreia do Monty Python no cinema e é considerado um clássico do cinema britânico.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Comédia 067 - Os Caça-Fantasmas

Ficha técnica
Título original: Ghostbusters. Ano: 1984. País: Estados Unidos. Direção: Ivan Reitman. Com Bill Murray, Dan Aykroyd, Sigourney Weaver, Harold Ramis, Ernie Hudson. 105 min - Colorido.


O filme
Dono da maior bilheteria dos cinemas norte-americanos em 1984, Os Caça-Fantasmas é um amálgama de comédia, aventura e ficção-científica que resultou num clássico constantemente homenageado, seja por amadores ou por cineastas renomados, como Michel Gondry (Rebobine, Por Favor). Três parapsicólogos decidem montar uma empresa de eliminação de fantasmas em Nova York, onde recebem o reconhecimento de uns e o escárnio de outros, até se tornarem a melhor opção para salvar a cidade de uma misteriosa entidade sobrenatural.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Comédia 066 - Harry & Sally: Feitos Um Para O Outro

Ficha técnica
Título original: When Harry Met Sally. Ano: 1989. País: Estados Unidos. Direção: Rob Reiner. Com Billy Crystal, Meg Ryan, Carrie Fisher, Bruno Kirby, Steven Ford. 96 min - Colorido.


O filme
Antes de se tornar diretora, Nora Ephron escreveu o roteiro para um filme que a colocou entre os grandes de Hollywood: Harry & Sally. Dirigido por Rob Reiner, o filme traz Meg Ryan e Billy Crystal em papéis que fizeram a diferença em suas carreiras - ela foi alçada a "namoradinha da América"; ele se tornou um eficiente apresentador da cerimônia do Oscar. A história sobre uma dupla que inicialmente se odeia, cultiva uma grande amizade e se apaixona, pode até parecer previsível, mas as reviravoltas, os diálogos à la Woody Allen e a cena do falso orgasmo resultam em uma divertida comédia à moda antiga.