sábado, 31 de março de 2012

#fassyfriday

Estive rememorando os filmes que assisti no dia de estreia no período de um ano: X-Men - First Class, O Artista, Shame e Um método perigoso (por pouco não entrou Meia-noite em Paris, que vi um dia após estrear). Levando em consideração que os filmes costumam estrear numa sexta-feira, sem-querer-querendo acabei criando a tag imaginária #fassyfriday. 
Eu nem me considero uma tiete - embora seja -, mas uma fã e admiradora do trabalho de Michael Fassbender (caso não saiba, ele está em três dos filmes citados acima). É tão recompensador ser cinéfila e gostar de uma ator não apenas bonito, mas excelente no que faz. Sim, porque vira-e-mexe alguém pode querer dizer "só porque fulano é bonito, você gosta dele", mas alguns dos meus atores favoritos não costumam ser associados à beleza, como Dustin Hoffman (embora ache ele lindo quando era jovem), Paul Giamatti, Geoffrey Rush e Phillip Seymour Hoffman. 
Mas pense numa sexta-feira, depois de um dia cansativo de trabalho, ir ao cinema e passar duas horas vendo um ótimo filme e o Fassbender nele. Pois é, #fassyfriday. E enquanto alguns vão beber na sexta à noite - OK, eu também costumo beber, mas em casa e na frente do computador (#nerdalert) -, vão à balada ou aproveitam para namorar (algo pelo qual eu poderia optar, mas não vem ao caso minha solteirice quase eterna), eu vou ao cinema conferir alguma estreia... desde que seja um filme com o Fassbender. E ali, na sala escura, transformo em uma Amélie Poulain: solitária e imersa nas minhas observações pessoais, apaixonada por esse ruivo de olhos verdes e seu sotaque britânico - cada vez um personagem diferente, mas o mesmo ator fascinante com sua voz e semblante melancólico.

Fassy em dose tripla: mutante, ninfomaníaco e intelectual

quinta-feira, 29 de março de 2012

Aqueles dias

"Aqueles dias" que costumam ocorrer uma vez por mês, mas a forma como se estendem parece uma eternidade. A gente fica ainda mais mulherzinha, toda sensível e com vontade de chorar por qualquer coisa. Eu disse qualquer coisa, então até a entrevista do Rafinha Bastos no programa Marília Gabriela tá valendo. Um homem daquele tamanho chorando e eu no meu sofá tentando segurar as lágrimas.
Certamente, "aqueles dias" são pura vergonha - não alheia, mas de si mesma. Até em trailer de documentário meus olhos marejam. O que dizer então de ficar sensível enquanto assiste a um filme romântico como Madrugada dos Mortos? A justificativa é válida: durante cena em que o mocinho se despede da mocinha, tudo que você pensa é "foda! Foram feitos um para o outro!".
Pior é decidir comprar biquíni "naqueles dias". Você se sente gorda e feia, parece que nada vai ficar bom mesmo. Imagina-se na praia - ou na piscina - com aquelas peças, daí o foco volta pra barriga e pro bumbum, e logo tenta bolar planos para disfarçar as imperfeições e os olhares que podem se voltar a elas. 
Sobra vontade de comer doce, mas você se segura e se distrai com o monte de afazeres que tem. Coloca na cabeça que é cada vez mais caro comer fora de casa e evita passar em frente àquela doceria cheia de cupcakes e brigadeiros gostosos. E com a Páscoa logo aí, difícil mesmo evitar alguma vitrine convidativa. 
Quando passam "aqueles dias", os próximos veem sem parecer ter dado chance para eu me recuperar dos últimos. E assim vai o ciclo, que só de pensar, já tenho vontade de chorar.

terça-feira, 27 de março de 2012

Desafio musical - parte 28

136) Duas músicas que você ache muito parecidas: Tom Petty and The Heartbreakes, Mary Jane's Last Dance, e Red Hot Chili Peppers, Dani California
Ouça e compare.






137) Uma música que te anima quando você esta deprimido: Vampire Weekend, Oxford Comma
Várias dessa banda fazem isso comigo, mas escolhi esta aleatoriamente.



138) Uma música de uma banda que você acha que não merece fazer sucesso: Hanson, I Will Come To You
Nossa, desenterrei essa! Odiava quando tocava na rádio e ainda por cima naqueles programas de "mais pedidas". Esse moleque só gemia, argh!



139) Uma música de uma banda one hit wonder: Bliss, I hear you call
Pelo menos o "one hit" é bom.



140) Uma música para ouvir em uma banheira de sangue cercada por velas: Ozzy Osbourne, No More Tears
Não conheço muito metal nem músicas de ocultismo para este item, então apostaria numa manjada do Ozzy Osbourne mesmo - com a diferença de que me afogaria em sangue nos 7 minutos da música.

sábado, 24 de março de 2012

O(s) último(s)/ A(s) última(s)...

... filme visto: Um novo despertar
... filme visto no cinema: Shame
... episódio de série visto: S04E18 de Parks and Recreation
... álbum escutado: The Hunger Games OST
... música ouvida: Little Black Submarines, do Black Keys
... exposição visitada: India!, no CCBB-SP
... comprinhas de mulher: bolsa e lenço para o pescoço
... contagem regressiva: para as (mini)férias
... gulodices provadas e aprovadas: cheesecake de frutas vermelhas, do bistrô Amorim Chéri, e cupcake de mirtilo, da La Vie en Douce
... pensamento antes de concluir o post: preciso maneirar nas calorias diárias

sexta-feira, 23 de março de 2012

Desabafo necessário

Não sei se é TPM ou falta de paciência com gente mala mesmo. Parece que cheguei no meu limite de piadinhas, críticas e deboches. Aquele negócio que te enfeza, você acaba sendo grosseira e ouve uma resposta com a intenção de te desarmar: "era brincadeirinha, você fica brava com qualquer coisa".
E isso é que me afasta de pessoas que agem assim, porque ainda me irritam publicamente, o que leva outros a acharem que têm a mesma liberdade. Eu realmente não sei porque incomodo. Se expresso que gosto de alguma coisa, "só gosto de coisa chata". Se expresso que não gosto, "não sei de nada, sou ignorante demais para entender". 
Então, vou pelo caminho fácil: ignoro e me afasto de redes sociais, dando privilégio ao blog, pois aqui tenho certeza de que o número de leitores é muito menor e ainda posso moderar comentários. Porque as pessoas acham que a liberdade que têm para comentar/ dar feedback é o mesmo que discutir e sair criticando os outros - pior, criticar por coisas idiotas como o gosto pessoal alheio.
É como eu disse: só pode ser carência. Conhecer-me pessoalmente e ficar me azucrinando em uma rede social qualquer só para arranjar forma de chamar a atenção é imaturidade e falta de ter coisa melhor para fazer. 

Pronto, desabafei. Agora posso dormir mais tranquila.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Informe publicitário

Como se eu já não tivesse muito o que fazer (errr, trabalhar, ver filme, resolver minhas coisas pessoais, comer guloseimas, postar neste blog, no 1001 Covers e etc), há algumas semanas estou colaborando com o site Cine Splendor, da colega Teeh Schwarz. Ela teve a ideia e a iniciativa de criar um site completo sobre cinema, com atualizações diárias, podcast, estreias da semana, críticas e colunas sobre o que puder imaginar relacionado à sétima arte. Por tudo isso, afirmo que é uma ideia original e ambiciosa - o site está no começo e vai muito bem, obrigada.
A Teeh recrutou amigos e colegas que gostam tanto de cinema quanto ela, mas têm uma predileção e/ou conhecimento sobre alguma área específica. Por exemplo figurino, pôsteres de filmes, clássicos, trilha sonora... Aliás, esta última é o tema da minha coluna semanal.
A ideia foi da Teeh, que acha que sei escrever bem sobre música e sabe que adoro cinema. Estou longe de ser uma expert musical, mas me esforço a cada semana na hora de escrever a coluna, que não por coincidência se chama Os Embalos de Sábado À Noite - sim, é atualizada todo sábado à noite.
Uma amostra do que já publiquei por lá:

Dicas de trilhas para ouvir e comentar? Estou aberta a sugestões.

domingo, 18 de março de 2012

Desafio musical - parte 27

131) Uma música que merecia um clipe: The Decemberists, All Arise!
Seria legal se esta música tivesse um clipe.



132) Uma música que "fale sobre você": The Black Keys, Little Black Submarines
Foi difícil escolher essa, mas daí lembrei que já escrevi um post falando justamente sobre sua letra.



133) A pior música de uma das suas bandas preferidas: Coldplay, Talk
Não é mais uma de minhas bandas preferidas, mas foi justamente por causa do álbum dessa música que deixei de gostar do Coldplay. Depois dele, o Chris Martin virou um chato de galocha (e nem vou comentar o clipe ruim).



134) Uma música com instrumentos de sopros: John Coltrane, My Favorite Things
Tinha que ser jazz, né?



135) Uma música orquestrada: Ennio Morricone, Deborah's Theme
Do filme "Era um vez na América".


sábado, 17 de março de 2012

Outras notas cinematográficas

A Grande Virada: Embora o título brasileiro nada tenha a ver com o original (The Company Men), tão pouco com a história, é um filme surpreendente - ainda mais considerando que o Ben Affleck está tão bem quanto Tommy Lee Jones e Chris Cooper. Tendo como contexto a crise econômica do final da década passada, mostra a decadência do american way of life quando funcionários demitidos contabilizam apenas cortes de gastos para manter o padrão de vida daqueles que comandam a companhia.

Malu de Bicicleta: Filme brasileiro que não conseguiu atrair muito minha atenção, apesar de alguns bons momentos, mas piadas forçadas conseguem estragar o clímax - afinal, é um drama, e não uma Malhação para pós-adolescentes. A história é batida (solteirão pegador se apaixona e tem medo de perder a pessoa, daí começa a fazer m*), mas Marcelo Serrado dá conta do recado.

Drive: Um filme que entrou na minha lista dos que prometem mais do que entregam, talvez por culpa do público e da crítica, que o elevaram a cult instantâneo. Violência a la Tarantino, mas carece de diálogos tão interessantes quanto os escritos pelo autor de Pulp Fiction. Sou fã de Ryan Gosling, mas ele anda escolhendo projetos muito hipsters atualmente - e pareço ser a única fã não empolgada com isso.

Um herói do nosso tempo: Radu Mihaileanu é um desses diretores que conseguem combinar drama com comédia de maneira eficiente. Embora tenha poucos longas no currículo (dirigiu também Trem da vida, O concerto e A fonte das mulheres - que não vi ainda), entende o que o público espera e insere reviravoltas para temperar as histórias. Neste filme, retrata os etíopes judeus que migraram para Israel na década de 1980, fugindo da perseguição religiosa no território africano para se deparar com o preconceito racial na Terra Prometida. Magnífico.

Asas do Desejo: Tinha tentado ver esse filme há uma década, mas não consegui. Agora, já habituada com o cinema filosófico de Wim Wenders, pude entender porque é um marco da década de 1980. Porém, o fato de ter personagens reais interpretando si mesmos, como Peter Falk e Nick Cave, tira um pouco a magia romântica da história. No fim, Cidade dos Anjos não fica a dever.

A dupla vida de Veronique: Belo filme de Krzysztof Kieslowski, um dos cineastas que mais admiro, com a linda e talentosa Irène Jacob como uma protagonista dupla: a soprano polonesa Weronika e a professora de música francesa Veronique. Fez-me pensar que Jean-Pierre Jeunet se inspirou neste filme ao escrever O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (assista para entender).

Amor e ódio: Outro título brasileiro esdrúxulo (do original La Rafle, ou "detenção em massa"). O filme, felizmente, é muito bom. Embora o tema do Holocausto seja um dos mais recorrentes, mostra um lado obscuro da história: a perseguição da comunidade judaica pelos próprios franceses, que se aliaram aos alemães para evitar "maiores problemas".

Shame: Um dos filmes mais audaciosos de 2011, com atuações excepcionais de Michael Fassbender e Carey Mulligan. Embora tenha chamado bastante atenção pelo fato de o protagonista ter cenas de nudez de causar inveja a qualquer homem, o drama do viciado em sexo é tratado como uma dolorosa patologia - a "vergonha" do título. Para ver sem preconceito e se deslumbrar. 

quarta-feira, 14 de março de 2012

Extrafeliz :-D


Não que eu seja depressiva e/ou melancólica, mas de alguma forma identifiquei-me com esta frase - um tweet do ator e comediante Albert Brooks. É puro humor judaico - um dos meus favoritos, junto com o humor (ácido) inglês -, de certa forma engraçado, mas com uma essência pessimista e trágica.
Longe de ser a "Rainha da Tragédia", mas quando as coisas dão certo numa sequência linear de tempo e aquele sentimento de felicidade aflora instantaneamente, dentro de mim pareço aguardar a revanche que fará com que me sinta pra baixo de novo. Coisa de neurótica e pessimista - e de alguma maneira, coisa minha.
Talvez porque eu tive (muitas) experiências decepcionantes com a expectativa e já tenha me cansado de sentir assim, então acabo desconfiando de quando me sinto extrafeliz, esperando o que vai me derrubar em seguida. 
Pessoas felizes e radiantes que vêm me dizer "ah, não seja assim, não pense assim! Carpe Diem!", só digo uma coisa: Se você assistiu a Sociedade dos Poetas Mortos, não venha me dizer Carpe Diem, pois sabe muito bem como termina a história.

Sobre a autora: uma vez foi a uma dessas palestras motivacionais e saiu de lá mais mal humorada e desmotivada. Não mexa com ela - ela ladra E morde.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Da série...

...Se eu fosse babá


Jamie Bell

domingo, 11 de março de 2012

Desafio musical - parte 26

126) Uma música para dar uma volta na rua: The Strokes, Last Night
Pela batida e pelos riffezinhos maneiros.



127) Uma música para fazer esporte: Queen, We Will Rock You
Seja competitivo ou não.



128) Uma música para jogar cartas: Lady Gaga, Poker Face
Afe, detesto jogar cartas! Mas se é para escolher, vai uma música bem ruim e de uma pseudocantora hahaha!



129) Uma música que você não gostava, mas hoje em dia gosta: Tears For Fears, Woman in Chains
Raramente passo a gostar de algo que não gostava, como num passe de mágica. Mas eu achava essa no Tears For Fears muito chata - não que hoje em dia adore, só acho OK.



130) Uma música que você odiava e hoje gosta:
Idem item acima. E vale mais ainda para "odiar" - impossível passar a gostar de algo que eu odiava antes.

sábado, 10 de março de 2012

Pensando nas férias

Às vezes sinto falta do frio na barriga e da ansiedade. São sensações que me fazem pensar, por um segundo, em desistir de tudo e voltar à rotina e ao conforto, mas nos 59 segundos seguintes os planos continuam despertando minha mente e a botam para trabalhar. Daí, na hora de dormir, meu cérebro começa a viajar, enquanto meu corpo continua ali, imóvel.
Aos poucos, os planos começam a ser delineados. E a proximidade da data me faz pensar que preciso ser mais rápida para decidir sobre o que irei realmente fazer. Explico: vou tirar férias curtas daqui a um mês e outra mais longa em alguns meses. A primeira está quase certa (vou viajar por aqui mesmo, então não tenho muito o que resolver), mas na segunda quero fazer algo diferente, que vai depender de mais força de vontade, planejamento e dinheiro. 
Já comecei a ler o guia de viagem e, aos poucos, vou tendo certeza de onde quero ir e do que quero fazer. Em abril preciso estar com tudo tudo acertado - passagens compradas e roteiro delimitado -, para nos meses seguintes ficar mais tranquila para pensar em outros detalhes, como escolher agências no próprio país, ver se vale mais a pena hotel, hostel ou couch surfing, o que exatamente levar e como me virar para lavar a roupa... essa parte chata.
A falta de férias me deixa ou com estresse ou com desânimo. E para mim elas não foram feitas para simplesmente descansar ou colocar outros assuntos pessoais em dia: servem para eu me desligar e ter um tempo só meu, longe de aborrecimentos. Sentir novos ares e não me preocupar tanto com os ponteiros do relógio (detalhe: foi assim que passei o dia inteiro no museu de Wellington e não tive tempo de ver tudo, pois a hora de fechar chegou antes que eu lembrasse dela). Desligar da correria e barulho dessa cidade que eu gosto, mas que me deixa enjoada de vez em quando. 
O único tic tac que quero escutar é o da minha cabeça pensando e contando os minutos para levantar da cama e fazer algo que não seja nada rotineiro. Veremos.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Nada, não

Aquela vontade de dizer alguma coisa estava engasgada na garganta. Muda, olhou para um lado e para o outro, procurando uma maneira de expressar o que queria. Levantou o copo de plástico e levou o canudo à boca, sugando o resto da bebida até fazer barulho, como uma criança que parecia forçar para que mais líquido aparecesse magicamente ali. 
Abandonou o copo na mesa e olhou para o relógio. Tirou o celular da bolsa e olhou as horas, como se quisesse comparar qual estava correto. As mãos se juntaram em movimentos inúteis que denotavam ansiedade - e a vontade de dizer aquilo ia e voltava, como se ensaiasse e, no momento preciso, desistisse. Ao notar aquele comportamento estranho, ele levantou as sobrancelhas e perguntou se havia algo errado, se queria ir embora ou fazer algo mais. A resposta negativa mal disfarçada não incentivou insistência alguma. OK, deixaria como estava.
Incomodado com o silêncio, puxou uma história da memória e começou a contá-la entusiasmado, como se desejasse propor uma reação semelhante. O sorriso sem graça imediatamente fez com que desistisse de contar qualquer outra coisa naquela noite. Decidiu pedir a conta e, assim que pagaram, ele se levantou e inventou uma dor de cabeça qualquer. Ela abriu a boca para falar, mas mudou de ideia imediatamente e forjou um bocejo acompanhado de um aceno com a cabeça, concordando que também não se sentia muito bem.
Antes de cada um seguir seu caminho, despediram-se com um frio beijo na bochecha. Assim que ele virou as costas, ela murmurou algo que não pôde ser compreendido. Ele se virou e se aproximou, insistindo em saber o que era, o que ela gostaria tanto de dizer a noite toda e por quê se conteve. Com os olhos brilhando, ensaiou mentalmente, mas ao invés de falar o que martelava na cabeça, suspirou e respondeu.
- Nada, não.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Mais notas cinematográficas

As Pontes de Toko-Ri: Estrelado pelo meu ator favorito (William Holden), apresenta uma história de guerra diferente da que o cinema hollywoodiano costumava retratar até a década de 1950 - neste caso, a da Coreia. É um filme sentimental, mas não sentimentalista, sem deixar de lado ótimas sequências de ação, como o bombardeio das pontes do título e a luta final pela sobrevivência.

A invenção de Hugo Cabret: Sabe aquele tipo de filme que não consegue ultrapassar a barreira do tecnicamente impecável? Felizmente Martin Scorsese faz isso nos últimos 30 minutos de projeção - coincidência ou não, é justamente quando Michael Stuhlbarg entra em cena. Um roteiro que deixa um pouco a desejar, embora a homenagem a Georges Meliès e aos clássicos do cinema silencioso emocione os amantes da sétima arte.

Agente 117 - Uma aventura no Cairo: Deliciosa comédia francesa (e não só pela presença de Jean Dujardin) que parodia filmes de espionagem, com um roteiro recheado de bons diálogos e frases de efeito, sem contar as gags visuais conduzidas pelo oscarizado Michel Hazanavicius. Engraçado e absurdo na medida certa.

Agente 117 - Rio não responde mais: Sequência não tão genial do Agente 117 de Hazanavicius, mas ainda assim tem vários momentos memoráveis, como a orgia de hippies em uma praia carioca (o filme foi rodado no Brasil), com direito a Dujardin mostrando seu derrière

Reencontrando a felicidade: Bom drama de John Cameron Mitchell, estrelado por Nicole Kidman (indicada a prêmios por sua atuação) e Aaron Eckhart como um casal que tenta superar a perda traumática do filho. Esperava um desenvolvimento mais profundo da trama, pois achei um tanto frio por tratar de um tema como esse.

Assalto ao carro forte: Embora tenha assistido só pela presença do meu francês preferido de 2012 (er, Dujardin), achei interessante o enredo sobre uma empresa de transporte de bens valiosos à beira da falência enquanto seus funcionários vivem a neurose diária de ou perder o emprego ou a vida em um assalto.

A hora do espanto: Remake do (agora) cultuado terrir dos anos 1980. Não acrescenta nada de novo, a não ser efeitos visuais muito melhores, mas o charme do original vinha justamente da tosquice. Embora Colin Farrell se esforce com seu sex appeal, é David Tennant que conquista como o bizarro anti-herói expert em vampiros.

Sobrenatural: Suspense que garante um susto ou outro na primeira metade, mas desanda do meio para o fim. Com um vilão que chega a ser risível e uma trama cheia de clichês do gênero, não acrescenta nada a filmes sobre espíritos.

sábado, 3 de março de 2012

Desafio musical - parte 25

121) Uma música do seu álbum preferido: Oasis, The Masterplan (da coletânea de lados B de mesmo nome)
Não é meu álbum preferido - mesmo porque não tenho um -, mas está entre os favoritos.



122) Uma música que você tenha vergonha de gostar: Spice Girls, 2 Become 1
Detesto as Spice Girls e a letra dessa música é terrível, mas... eu gosto! Kill me!



123) Uma música que alguém tenha te apresentado: The Vaccines, If You Wanna
A Re postou no Facebook e recomendou a banda. Não curti tanto o álbum, mas esta música é legal.



124) Uma música da sua região: Ira!, Flores em você
Da banda paulistaníssima Ira!.



125) Uma música pra ouvir sozinho: Josh Ritter, In the Dark
Tão gostosinha de ouvir e perfeita quando se está sozinha.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Top 6 cinematográfico versão 2012

Versão 2010
Versão 2009

Atores/atrizes que gostaria de abraçar:
1. Dustin Hoffman
2. Alan Rickman
3. Wagner Moura
4. Amy Poehler
5. Diane Keaton
6. Meryl Streep


Atores com as quais gostaria de sentar, tomar um drink e conversar sobre a vida:
1. Tom Hiddleston
2. Simon Pegg
3. Paul Giamatti  
4. Aziz Ansari
5. Donald Glover
6. Jason Schwartzman


Diretores com os quais gostaria de fazer o mesmo do item acima:
1. Edgar Wright
2. Irmãos Coen
3. Woody Allen
4. Charlie Kaufman
5. Peter Jackson
6. Riddley Scott


Atores que me fazem ter pensamentos pecaminosos:
1. Michael Fassbender
2. Jean Dujardin
3. Aaron Eckhart
4. Tom Hiddleston
5. Ryan Gosling
6. Benedict Cumberbatch


Atores que eu gostaria de fazer cafuné:
1. Andrew Garfield
2. James McAvoy
3. Hugh Dancy
4. Chris Pine
5. Chris O'Dowd
6. Bret McKenzie


Atrizes que me fazem invejar a beleza:
1. Anne Hathaway
2. Emily Blunt
3. Emma Watson
4. Romola Garai
5. Amy Adams
6. Rosario Dawson


Remakes favoritos (sem necessariamente eu ter assistido ao original):
1. Bravura Indômita
2. Enigma do outro mundo
3. Os infiltrados
4. Os indomáveis
5. A fantástica fábrica de chocolate
6. Sob o domínio do mal


Filmes que me deixam feliz
1. Cantando na chuva
2. Meia noite em Paris
3. Diabo a quatro
4. O fabuloso destino de Amélie Poulain
5. De volta para o futuro
6. O Artista


Filmes ruins:
1. Calígula
2. A filha do chefe
3. Os babacas
4. Segundas Intenções
5. O turista
6. Tudo para ficar com ele


Ícones do cinema que eu gostaria de ter conhecido (um item muito difícil de mudar!):
1. Audrey Hepburn
2. Buster Keaton
3. Gene Kelly
4. William Holden
5. Charlie Chaplin
6. James Stewart

quinta-feira, 1 de março de 2012

Relatos de uma semana (muito) quente

A semana foi quente. Não no sentido de "novidades" ou "safadezas". É que fez muito calor mesmo. Hoje, por exemplo, os termômetros marcaram 34,5ºC! Mas eu não desfrutei dessa alta temperatura, uma vez que trabalho em escritório e sento bem embaixo do ar condicionado. Pode parecer engraçado o que vou dizer, mas quando saí da sala gelada e senti aquele baque de mormaço, deu até alívio.
Porém, ao invés de aproveitar um pouco mais o calor, lá fui eu me enfiar em outra sala com ar condicionado: o cinema. Albert Nobbs ou A Dama de Ferro? Nhé, não estava com humor para ver nenhum dos dois - assisti aos trailers e tinham cara de ser muito chatos, nada muito convidativo para um dia como hoje. Então, sobrou O Artista. Mas que pena, eu já tinha visto. Dane-se, queria assistir de novo!
Muito previsível, sabia tudoo  que aconteceria. Aquele sorriso largo do Jean Dujardin. Os passos de dança desengonçados da Bérénice Bejo. As fofices do Huggie. Uma sessão adorável para fechar a noite sorrindo. E rindo com o espectador atrás de mim explicando uma cena muito óbvia, como se a pessoa ao seu lado não tivesse entendido o "BANG!". E a moça  comentando que o Jean Dujardin parecia o Raj de Caminho das Índias: "tem cara de macho e é charmoso".
Vinte e quatro horas atrás eu estava em casa, vendo um filme em DVD. Mais cedo, havia acordado antes do horário normal para uma entrevista para uma matéria. No consultório lindo de uma psicóloga, super-bem decorado e aconchegante, tocava uns jazz standards alternados com ópera. O assunto da conversa até me fez citar O Pequeno Nicolau e lembrar de alguns episódios de Arrested Development envolvendo Lucille e Buster (mãe e filho). Só pensei: "ceús, como minhas referências são pop!". E o pior foi ouvir a gravação da entrevista e perceber que ainda tenho um sotaque puxando o "R". Preciso melhorar nisso.
Apesar de quase ter derretido (antes de adentrar na redação, onde congelei um pouco), foram dias bons para sonhar acordada e usar saia e vestido. Sem pretensão alguma, mas sem más notícias, pelo menos.