sábado, 17 de outubro de 2015

Um dos filmes mais belos do mundo

Há uma semana, tive a oportunidade de rever no cinema um dos filmes mais belos que já assisti na vida: Paris, Texas. Dirigido por Wim Wenders em 1984, vi pela primeira vez em 2007. Acho cada fotograma precioso, tudo se encaixa de maneira perfeita: a história, o enredo, os diálogos, os personagens, as atuações, a direção de fotografia, os cenários, os figurinos, a trilha sonora.

É um filme sensível, mas longe apelar para a lágrima fácil. Cada detalhe revela algo sobre seus personagens e histórias: o boné surrado do Travis (o andarilho que inspirou a banda escocesa de mesmo nome); o jogo de cama de Star Wars do Hunter (o garotinho sensacional); a cor do carro de Jane (Natassja Kinski, naturalmente bela, cativante e talentosa)...

Aliás, um dos aspectos de que mais gosto no filme é seu jogo de cores, especialmente tons verdes e avermelhados, ora opacos ora brilhantes, como néon. São cores contrastantes, e seu uso vai além do aspecto estético e cria uma identidade a cada cena na qual são empregadas. Afinal, nada é em vão sob o olhar meticuloso de Wim Wenders, um diretor talentoso na construção de planos e cenas.

No final, Paris, Texas é um daqueles filmes que, conforme chega ao final, dá um nó no peito, mas afrouxa conforme os créditos finais sobem. A música de Ry Cooder une dedilhados áridos a melodias suaves, embalando cada desejo e esperança, fazendo com que sejamos todos como Travis: pessoas que erram, perdem-se e se encontram, conscientes de tudo o que fizeram e esforçadas para corrigir os erros não em benefício próprio, mas daqueles que amam.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Tirando o pó - ou "6 meses depois"

Saudades de escrever aqui. Eu sei que, teoricamente, acabou, mas queria tirar um pouco o pó. Surpreendentemente, os acessos ao blog continuam altos - talvez até maiores do que antes, visto que não atualizo há mais de 6 meses.
Às vezes, sinto falta de comentar minhas besteiras do dia a dia. Sei lá, outras redes sociais parecem que não dão conta. Aqui eu sentia mais liberdade de ser eu mesma - até sentir essa liberdade ser podada.
Meu outro espaço não é a mesma coisa. É muito mais restrito, meus temas são totalmente outros. Aqui eu era mais teenager. Então, sinto falta de reler os meus próprios registros despretensiosos - a que se acha rs.
Sim, apesar de ter estado deprimida em grande quantidade de posts publicados por aqui, eu ainda me divertia ao reler meus relatos - alguns deles.
Quem sabe eu volte aos poucos? Ou não. Pode ser um ensaio e eu desista a qualquer momento. Ah, bom demais não precisar me comprometer com nada e ninguém - textos regulares e leitores. Afinal, já tenho leitores em outros meios. Não. Brincadeira. Não seria pedante a ponto de desconsiderar os curiosos de boa índole que por aqui já passaram.
Bem, foram tantas séries e filmes para contar! Outras coisas não, acho que interessam mais a mim, né? Personagens reais e fictícios. Se eu escrever crônicas, ninguém vai saber mesmo até que ponto é verdadeiro ou imaginário, como muita coisa que já publiquei.
Posso desistir a qualquer momento. Mas pode ser até legal, enquanto durar.