domingo, 11 de janeiro de 2009

Lágrimas e riso

Quarta-feira é um bom dia para ir ao cinema. Além de o valor do ingresso ser mais barato, é o meio da semana – um momento para ser comemorado da forma que for conveniente. Em um multiplex, a fila dá voltas, pois em tempos de recessão, a maioria opta pelo mais barato.
O filme escolhido é Marley & Eu. Poucas opções disponíveis, um horário de sessão conveniente e o estado de espírito para conferir algo leve, despretensioso e, quem sabe, divertido, são os motivos da escolha. A sala cheia exclui o privilégio de pular poltronas para não esbarrar a todo momento no braço do vizinho. Comerciais e trailers são exibidos e, em seguida, a película começa.
Após um início abarrotado de situações cômicas, a história caminha para um final dramático. Os primeiros sinais de emoção já são audíveis: barulhos de choro, fungadas e soluços. Em um assento próximo, uma espectadora desesperada extravasa a comoção diante do cão doente. Queria me infiltrar em seus pensamentos para saber se aquilo lhe lembrava algum acontecimento ou se sua dor se devia ao fato de a vida do protagonista estar próxima do fim.
O cinema inteiro produz sons emotivos, e a vizinha não contem os soluços desesperados. E eu, em um impulso sádico, expulso o riso abafado. Sou a única a achar graça da cena trágica, influenciada pelo choro próximo. Uma falta de elegância, uma grosseria, um desrespeito que sempre repudiei nos outros – rir no momento errado. Saio da sala anestesiada pela diversão que a tristeza alheia me contemplou, pensando em Marley mastigando sofás e arrastando pessoas pela rua.

5 comentários:

Tania Capel disse...

ops, as coisas mudaram por aqui! ficou bom!!

ainda bem, sou professora e pago meia entrada em qq dia, assim, posso ir ao cinema as segundas! haauhuahuahuahuahua

beijosssssssss

Rodrigo Carreiro disse...

Na cena final eu estava concentrado, assim como todos, e envolvido pelo filme. Porém, com o passar dos minutos a sala inteira começou a fungar e pessoas não tinha vergonhas de fungar ALTO DEMAIS. Óbvio, tive reação igual a sua: ri mesmo, porque a situação era meio bizarra.

Sunflower disse...

Tenho ojeriza com qualquer coisa estrelando a Jennifer Aniston, por isso ainda não fui, mas ando precisando de uma cartase, você bem sabe...

Bom, quanto ao layout novo eu gostei, simples bonitinho e adoro esses lances de parecer ser feito a mão.

Mas -- fica um pouco difícil de ler o texto. Deixa a caixa de texto em uma cor chapada. Essa moça aqui:
http://blogger-templates.blogspot.com/

ensina como faz.

Beijas

PS: Aproveita e tira essa verificação de palavras.

Anônimo disse...

Vi o filme e achei a mensagem legal. Mesmo que pareça previsível às veze. Gostei!
BJão!

Cristina disse...

Já imagino o escândalo que minha irmã faria vendo esse filme...