sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Notas cinematográficas

Reino animal: Drama policial australiano sobre uma família de criminosos formada por quatro irmãos e a mãe superprotetora. A chegada do adolescente Josh em um momento conturbado acaba se transformado num estopim de reviravoltas. É um filme que consegue colocar o espectador no lugar do recém-chegado, fazendo-o se questionar sobre o que o ser humano é capaz de fazer para manter a superioridade e o poder.

Pollock: Ótima cinebiografia sobre o artista plástico norte-americano Jackson Pollock. Traz um inspirado Ed Harris estreando na direção e atuando. A maneira como mostra o processo criativo de Pollock é de rara beleza e bastante realista.

Era uma vez na América: Último trabalho de Sergio Leone, este longuíssima metragem (tem quase 4 horas de duração) cobre meio século para contar uma história de amizade e lealdade. Um filme que reúne um elenco afiado, liderado por Robert DeNiro e James Woods, e retrata uma gangue nova-iorquina e a luta de seus membros para se manter unidos.

Além da vida: Clint Eastwood mergulha no espiritismo para mostrar a dor da perda e a luta contra um dom que mais parece uma maldição. Para fãs do gênero ou admiradores de Matt Damon, que me impressionou com sua ótima atuação em um filme improvável como este.

Deixe-me entrar: Remake desnecessário do ótimo Deixa ela entrar, filme de terror sueco altamente recomendado. A releitura ficou satisfatória, mas aquém da melancolia perturbadora do original.

Um conto chinês: Comédia argentina estrelada por Ricardo Darín, ator que sempre vale o ingresso. Aqui, ele interpreta um adorável rabugento boca suja que decide ajudar um chinês perdido em Buenos Aires. 

Sede de viver: A trágica história de Vincent Van Gogh de acordo com o cinema hollywoodiano da década de 1950. Exagerado, mas tem lá seus encantos.

O homem do futuro: Um simpático pastiche de filmes de ficção científica sobre viagem no tempo com comédia romântica. Wagner Moura está ótimo como sempre, mas o ator Fernando Ceylão também se destaca como o amigo Otávio. 

A última estação: As últimas semanas de vida do escritor russo Leon Tolstoy sob a ótica de uma narrativa típica de épicos britânicos - logo, ficou ocidentalizado demais. Vale mesmo pelas atuações de Helen Mirren, Christopher Plummer e James McAvoy.

Minhas mães e meu pai: Não entendi todo o frisson causado por esta dramédia. Um casal de lésbicas, mães de dois adolescentes por inseminação artificial, precisa lidar com o fato de os filhos quererem conviver com o pai recém-descoberto. Em meio a isso, nada que comova ou marque mais do que a escolha de canções de Vampire Weekend e MGMT para os créditos iniciais e finais, respectivamente.

Trem da vida: Tragicomédia sobre uma pequena comunidade judaica do Leste Europeu que, ameaçada pelo avanço das tropas nazistas, bola um plano de chegar à Palestina. Detalhe: o longo caminho será percorrido em um trem disfarçado como se estivessem seguindo para um campo de concentração. Segue uma linha parecida com A Vida É Bela, mas na essência é um filme bastante diferente.

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