sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Outras notas cinematográficas

As aventuras de Tintin: Depois de anos de muitos rumores, Steven Spielberg e Peter Jackson finalmente se juntaram em uma bem-sucedida parceria para levar os personagens de Hergé ao cinema. Com uma produção cinematográfica estonteante, ótima caracterização de personagens, trilha sonora (de John Williams), roteiro (Edgar Wright & Steven Moffat & Joe Cornish) e sequências de ação e comédia, o resultado é uma divertida e agradável volta à infância.

A Separação: Drama iraniano favorito ao Oscar de filme estrangeiro (também concorre a roteiro original), que facilmente poderia estar também entre os candidatos a melhor filme. É uma história sem mocinhos ou vilões, você consegue compreender cada motivação dos personagens e, por fim, não consegue de fato julgá-los por suas ações.

Sherlock Holmes - Um jogo de sombras: Gostei bastante da primeira parte, mas essa sequência é o tipo de filme que dá vontade de ver de novo. Com um bom roteiro e ótimas atuações, é um blockbuster bem realizado que aponta a vulnerabilidade de Sherlock sem cair no uso de clichês.

Um negócio de morte: Comédia canadense simpática, mas que acrescenta pouco ao gênero, apesar do humor negro acentuado. Destaca-se pela presença de Rose Byrne e Jay Baruchel no elenco.

Ataque ao prédio: Produzido por Edgar Wright e dirigido por Joe Cornish (roteiristas de Tintin), é aquele tipo de filme supercool que as distribuidoras brasieliras preferem lançar diretamente em DVD por não trazer nomes conhecidos (vide Super 8, longa com tema parecido e inferior, que chegou às salas do País beneficiado pelos nomes de Spielberg e J. J. Abrams).

Paul: Boa comédia estrelada e escrita por Simon Pegg e Nick Frost (Todo Mundo Quase Morto, Chumbo Grosso), com a direção de Greg Mottola (Arrested Development, Superbad). Longe de ser um filme genial, mas consegue fazer rir com a história de dois nerds britânicos que encontram um extraterrestre no meio-oeste dos Estados Unidos. E, sim, Kristen Wiig está muito engraçada.

Burke e Hare: Baseado na história real de dois assassinos que vendiam os corpos de suas vítimas para um médico realizar estudos, na Edimburgo vitoriana. A crítica caiu matando em cima do filme, mas eu curti - principalmente pela dupla Simon Pegg e Andy Serkis - sem CGI!

Matador em perigo: Outro que vale mais pelo elenco do que pelo filme em si. Vejamos: Bill Nighy, Emily Blunt, Rupert Grint, Rupert Everett e Martin Freeman. Mas é uma comediazinha OK, dá para rir e tudo mais.

Guerreiro: Filmaço. Fico perplexa em constatar que não quiseram lançar esse filme nos cinemas brasileiros, mesmo com a boa recepção por parte da crítica estrangeira. Nick Nolte concorre ao Oscar de melhor ator coadjuvante, mas poderiam muito bem indicar a melhor filme - é melhor do que O Vencedor, que foi candidato ano passado. E nem preciso mencionar os lindos e talentosos Tom Hardy e Joel Edgerton, preciso?

Os descendentes: Dramédia simpática, mas não achei esse "oh" todo. Levando em consideração todos os prêmios que levou e está concorrendo, era de se esperar mais do que um filme convencional. Mas Alexander Payne é isso: um bom realizador, mas superestimado (o único filme dele de que realmente gosto é As Confissões de Schmidt).

2 comentários:

Cecilia disse...

Realmente, "Warrior" é muito filmaço, e infinitamente melhor que "O Vencedor". Fiquei com pena de não ter visto no cinema em Dublin.

Já sabia que Tom Hardy era bom (em todos os sentidos), mas me surpreendi com Joel Edgerton, que não conhecia - também muito bom, em todos os sentidos. E para quem gosta de MMA, como eu, a piração é maior ainda.

Anômima disse...

O Joel Edgerton já tinha chamado minha atenção em filmes/papéis menores. Eles também atua no australiano - e ótimo - Reino Animal, mas é um papel relativamente pequeno.