quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Meu lado 'besteirol'

Qualquer pessoa que queira usar algo contra o meu jeito de ser tipo "oh, como sou intelectual, não perco meu tempo vendo bobagens como filmes do Ashton Kutcher e qualquer reality show que envolva fazendas e nomes inspirados em livros de George Orwell", basta dizer: "você assiste filmes do Will Ferrell E gosta dele".
Sim, Will Ferrell é um dos meus guilty pleasures do mundo do besteirol. Vejamos: Escorregando Para a Glória é incansavelmente engraçado; Ricky Bobby e Quase Irmãos são estupidamente divertidos; O Âncora e Dias Incríveis são bestas até dizer chega (mas no fundo você quer mais). Fora as pontas e papéis menores e memoráveis que ele faz em outros filmes (Starsky & Hutch, Penetras Bons de Bico, Austin Powers, Zoolander...). Sim, sou fã dele - ou não teria gasto o equivalente a 20 e poucos reais para assistir a Os Outros Caras em um cinema neozelandês.
Recentemente estive usurpando a conta da minha irmã no Netflix para assistir às compilações no estilo "o melhor de...", do Saturday Night Live, e só do Will Ferrell são três volumes. Vi todos, claro. Além de engraçadíssimos, os personagens dele são inacreditáveis - tanto é que vários atores e convidados que atuam com ele se seguram para não rir.
Mas, dessas coletâneas do SNL, o especial de Dana Carvey é ainda mais absurdo. Conhecido como o Garth Algar de Quanto Mais Idiota Melhor, Carvey é um dos sujeitos mais engraçados do mundo. Desde o hilário vídeo de audição para o programa, sua participação no programa foi uma pérola (baseando-me nas várias esquetes que já vi, gravadas entre 1986 e 1993). De Church Lady ao Presidente Bush Pai, passando por Woody Allen, James Stewart, Bob Dylan, Lyle (o heterossexual afeminado (?!)) e outros personagens, impossível não rir quando ele faz aquelas caras e bocas e solta a voz, articulando e entonando cada sílaba de forma cuidadosa para criar o efeito pretendido. 
Minha estupefação com o Carvey me fez baixar um episódio do SNL de 2011 no qual ele é o apresentador e convidado. Deu saudade de vê-lo junto com o querido Phil Hartman (comediante assassinado pela própria esposa, na época em que participava da ótima sitcom NewsRadio). E é tudo estranho, porque SNL faz parte de outra cultura e esses episódios antigos são raros de serem assistidos (quando tem no YouTube, a NBC dá um jeito de retirar), mas parece-me algo familiar, como se tivesse feito parte, sei lá, da minha infância. Talvez as piadas estúpidas de 20 anos atrás fossem mais engraçadas do que as piadas estúpidas de hoje.
Também aproveitei para conferir algumas esquetes de Chris Farley, morto de overdose em 1997. O cara era muito bom também - dá para perceber em alguns filmes de sessão da tarde, como Tommy Boy e Black Sheep. E, claro, a compilação de Jimmy Fallon, que percebi não ser tão incrivelmente engraçado quanto é lindo. E da era clássica, a brilhante Gilda Radner, que eu não conhecia. Ela é como se fosse uma das fundadoras do SNL, participando dos primeiros anos do programa ao lado de John Belushi, Bill Murray, Chevy Chase e outros. Estranhei não fazer ideia de quem ela era, mas daí descobri que tinha falecido no final dos anos 1980, em decorrência de câncer. Foi uma grande perda para a ala feminina do riso.


O famoso  bordão da impagável Church Lady (Dana Carvey) 

Espero ter mais assunto para o tema besteirol, que tem sido meu passatempo audiovisual favorito das férias. 

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