segunda-feira, 19 de maio de 2014

Drama Queen

Exagerada, mas sem me jogar aos pés de ninguém, eu sou mesmo exagerada. Paródias à parte, eu sei ser exagerada - mesmo sem querer ou demorar para me dar conta de que estou sendo. Eu seria uma Drama Queen menos escandalosa, embora ainda assim cheia de frescura.
Lembro-me de ter essa personalidade desde criança: qualquer coisa que acontecia, eu abria o bocão. Se caía da bicicleta, não chorava por causa da dor, mas porque sabia que minha mãe ia brigar comigo porque eu corria muito e me desequilibrava - não deveria exagerar nas manobras se não era tão boa naquilo.
Ficava preocupada com qualquer coisa e aquilo se remoía dentro de mim. Não conseguia dormir direito e perdia o foco da atenção. Quando menos esperava, a bomba explodia e eu virava a Drama Queen da vez.
É como assistir a um filme triste pela segunda - ou terceira, quarta - vez. Eu já sei que o personagem vai morrer numa cena dali a cinco minutos, e começo a chorar antes. Para quem olha pode até ser engraçado, mas para mim não é, tanto que evito assistir de novo a filmes que me fizeram chorar. 
Também pego um acontecimento mínimo e aumento. Ou crio teorias conspiratórias na minha cabeça, só para desfazê-las em seguida, quando é provado que estava errada. Não sei se isso é coisa de pessoas pessimistas, se bem que fiz um teste e o resultado deu "realista", o que, nas atuais conjunturas, não é tão diferente assim. 
Para lidar com uma Drama Queen, é preciso paciência e saber ler nas entrelinhas. O "talvez" pode dizer "sim" e o "não sei", simplesmente "não". Não é preciso dicionário para descobrir significados, mas entender um pouco de psicologia e linguagem corporal ajuda.

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