sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Um longo dia que passou

A madrugada foi longa e o dia também. Passei o dia imersa numa tristeza que nem eu consigo explicar. A raiva passou, mas a mágoa parece ter aumentado. São muitas coisas numa cabeça só, tudo gira, nada faz sentido. Eu começo a chorar de repente e nem o porquê. Estou com medo que a tristeza se torne depressão (se já não está se tornando), daí penso "não sei como vou conseguir desta vez". 
Mas o fim de semana será para espairecer, fugir da rotina e tentar esquecer - ao menos momentaneamente - aquilo tudo que me acomete. Ver o mar, sentir sua brisa, pisar descalça na areia. Faz meses que preciso disso, que tenho essa necessidade de respirar o ar marítimo - nem ligo pra banho de mar, só aquela atmosfera de praia já me ajuda.
O peito ainda dói, qualquer coisa que pense me leva ao passado. Eu queria muito esquecer tudo para passar o dia bem. Mesmo que eu não estivesse satisfeita com o relacionamento e tivesse feito várias tentativas para melhorar (o relacionamento e minhas atitudes), é incrível como ainda sofro. Por que tem que ser assim? Não seria mais fácil aceitar o fim (com o qual concordei) e seguir adiante? Sim, seria. Mas nem sempre é como poderia ser, porque todos lidamos com esse tipo de situação de maneira diferente.
O primeiro passo foi esclarecer aquilo que, mesmo com o fim, continuava incomodando. Depois, eliminar a raiva. Agora acho que preciso esperar a mágoa e a dor passarem e evitar que a ansiedade aumente - ela precisa diminuir, na verdade.

Agradeço aos meus amigos pelo apoio, demonstrando interesse pelo que estou sentindo ou sendo pacientes em meus desabafos. Minha irmã, tão longe, ajuda como pode. Minha mãe, que está ao meu lado, atravessa, mais uma vez, um momento difícil comigo. Meu pai está longe também, mas semana que vem vou poder vê-lo.
Eu detesto ser monotemática e não passo por isso porque quero. Tenho dificuldades de lidar com assuntos ligados a relacionamentos, ainda mais este que foi tão difícil. Quem me conhece sabe como insisti para levar adiante, mesmo cansada e sem forças. Mas não culpo a pessoa com quem estava. Como já afirmei em outros posts, ambos tentamos e sofremos, cada um conhece melhor o seu lado.

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