No computador do trabalho, um simples papel de parede tem um efeito surpreendente. Imagine-se em um fechamento: abrindo arquivos, recebendo e-mails, lendo prints, passando emendas, atendendo telefonemas, aumentando textos... De repente, minimizo as telas e entro em transe com uma imagem. Um refúgio. Na Irlanda.
É um vale verde, ensombrado pelas nuvens nubladas que cobrem o céu. Não vejo casas, não vejo animais silvestres, não vejo árvores frondosas; é um lugar solitário, fresco e calmo, para onde minha mente viaja. Os segundos duram horas nessa dimensão, e já não ouço conversas paralelas, o zunido da impressora nem meus silenciosos xingamentos ao computador, que trava a todo instante. Caminho descalça pelo vale, em busca do que está além daquele fundo. Meus pés mal tocam o chão e eu flutuo, envolvida pelo perfume da vegetação úmida. O velho chalé de pedras me aguarda em algum lugar, com uma sala escura, uma cozinha rústica e uma cama macia. Instantes depois, chamam meu nome: tenho déficit de atenção e preciso voltar ao trabalho.
3 comentários:
ai ai... Irlanda...
Gostei da sua "viagem". :)
É num lugar desses que pretendo fundar minha futura comunidade anarquista de adoradores de café. (rs)
Doce Ireland! Um dia ainda me refugio para lá!!!!
Parabéns pelo blog menina que pensa!!!!!!
Bjos, Mari
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