terça-feira, 15 de julho de 2008

Tepemer ou não tepemer? Eis a questão

Eu já tive crises de TPM. E eu não usava isso como mera desculpa para falar besteiras sem pensar ou chorar por impulso, já que algumas vitimas foram professores da faculdade. Sempre me considerei (não que fosse) uma daquelas alunas exemplares e esforçadas, em busca da perfeição e dos elogios alheios. Quando algo não saía do jeito que eu previa, dependendo do período do mês e da efervescência hormonal, o melhor que poderiam fazer por mim seria sair de perto. Lembro de um professor que deu uma nota mais baixa do que eu esperava, e teve que ouvir umas boas besteiras. Uns dois dias depois, quando eu descobri de onde vinha aquela rabugice, decidi pedir desculpas a ele e explicar minha explosão.

Eu não devia ter dito nada daquilo, mas não estava bem naquele dia. Era TPM.

- Ah, entendo. Coisas de mulher.

Outro que presenciou um ataque foi (oh não...) o coordenador do curso. Mas dessa vez eu demorei mais para ligar o fato ao acontecimento mensal. Fui reivindicar algo, e acabei me exasperando. Comecei a chorar e a desabafar, como se estivesse num psicólogo – não, não... naquele dia estava mais para psiquiatra mesmo. Até que no final foi bom, pelo menos botei para fora. Só que nunca pedi desculpas ou expliquei o motivo daquela reação. Melhor deixar assim.

A irritabilidade da TPM é algo que a gente só examina depois que o estrago foi feito. Já é possível prevenir, pois existem medicamentos contra TPM, mas quem disse que eu quero ficar tomando formulações químicas para algo com o qual tenho de aprender a lidar? Parece que querem criar um exército de mulheres perfeitas: turbinadas, com cabelos alisados, bronzeado duradouro, pós-graduadas em sexo tântrico, sem celulites, sem rugas, sem barriga e... sem TPM?  Excuse moi, mas esses lapsos mensais fazem parte do meu charme.

4 comentários:

antes que a natureza morra disse...

Oi, guriazinha !!!

Adorei teu blog, que encontrei por mero acaso proporcionado pelos entrelaces de blogs reunidos por afinidades de gostos e assuntos...
Sou um gaúcho hibernando neste resto de paraíso, que é a ilha mágica de Floripa.
Se tiver paciência, me visita :

www.professorpizarro.blogspot.com

Beijos

James Pizarro

Alexandre disse...

o lado bom da TPM é que ela é relativamente de fácil identificação, pelo menos pra mim tem sido assim.. a ala masculina, se bem informada, tem tempo pra se preparar. (rs)

Cristina disse...

Eu tomei remédio pra tpm por um tempo , mas me deixava meio grogue rs. Por um lado até que é bom, já que a tpm costuma me deixar em clima de "tolerância zero" - mas não é sempre que acontece e passa rápido (ainda bem, pq nem eu me suporto rs)

Carrie Bradshaw Tupiniquim da Silva disse...

eu sou uma tpm diária rss acho que no período que seria tpm eu fico calma aauaauauuaua sou uma contradição ambulante, como a música do green day yaaaga