sábado, 23 de abril de 2011

Dez notas cinematográficas

Turnê
- Um filme recheado de shows burlescos com mulheres que não estão no auge da beleza nem da idade.
- Por mais cara de cafajeste que ele tenha, Mathieu Amalric (diretor, corroteirista – é horrível, mas escreve assim! - e protagonista) não consegue esconder o charme fabriqué en France nem com um bigode canalha e um terno brega.
- Sem glamour, divertido e tocante. Sorte que não se passa num Moulin Rouge da vida!


Bonecas russas
- Continuação à altura de Albergue Espanhol.
- Romain Duris é um ótimo ator, para não dizer encantador.
- Apesar de o roteiro ter forçado um tanto no principal romance de Xavier, acertou em cheio na reviravolta de William – o mais retardado de Albergue Espanhol, como um personagem frisa de maneira perfeita nesse filme.


Dois irmãos
- Se o cinema argentino já merece todo o meu respeito, os filmes de Daniel Burman entram no rol do “tomara que estreie logo no Brasil”.
- A relação entre os irmãos cinquentões Marcos e Susana nos faz pensar em como convivemos com esses entes que demandam muita paciência e respeito para que se viva em harmonia.
- Adoraria saber como seria um remake brasileiro desse filme.


Xuxu
- Ah, filmes com o Gad Elmaleh costumam despertar uma certa curiosidade.
- A película acerta em cheio ao optar por não explorar o viés do preconceito contra gays.
- É uma comédia onde tudo pode acontecer. Assista e deixe-se envolver por um enredo agradável com alguns personagens bizarros e outros muito carismáticos.


Abraços Partidos
- Não sou entusiasta nem do contra em relação a Pedro Almodóvar, mas esse é um dos filmes mais dispensáveis que já vi na vida.
- Tudo empalidece nessa tentativa de surpreender e emocionar o espectador.
- Se esse filme serviu para alguma coisa, foi para mostrar que a Penélope Cruz não é um mulher tão bonita nem uma atriz tão boa assim. Ou seja: vai contra o excelente Volver.


Os implacáveis
- Filmes com o Steve McQueen sempre merecem uma conferida: não costumam ser tempo perdido.
- Para quem gosta de filmes policiais, cenas de perseguição e de tiroteio, atuações blasé e aquele brega-chique dos anos 1970.
- Ganhou uma refilmagem – que, por enquanto, não me atrevo a assistir – em 1994, com Kim Basinger e Alec Baldwin.


O Falso Traidor
- Um ótimo filme de espionagem situado durante a Segunda Guerra Mundial que, sabe-se lá o porquê, caiu no esquecimento.
- Apesar de estadunidense, foi filmado em locação na Alemanha, Suécia e Dinamarca.
- Como não tomar partido em um contexto marcado pela ascensão do nazismo? Questões políticas e econômicas permeiam os interesses do protagonista, um espião por obrigação,


Tá chovendo hamburguer
- Ótima animação gráfica para ver, rir e gostar. E não é da Pixar.
- Impossível não se maravilhar com a tempestade de sorvete. Sim, eu disse SORVETE!
- Ótimos trabalhos de dublagem de Bill Hader, James Caan e Mr. T. Até a sonsa da Anna Faris demonstra ser ótima nesse quesito.


Disque M para matar
- Apesar de ser o menos autoral dos filmes de Hitchcock que vi, tem um roteiro acima da média, com diálogos realmente bons.
- O personagem de Ray Milland é tão brilhante que quase torci por ele no final.
- A cena do assassinato é quase risível. Talvez Hitchcock estivesse com preguiça de fazê-la ao seu modo.


Feios, sujos e malvados
- Comédia italiana esquisita do diretor Ettore  Scola.
- Tem vários bons momentos, mas achei a mais pura caricatura de uma família pobre italiana.
- É como se fosse uma pornochanchada suave, mas com mulheres bem menos bonitas.

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