Quando virei fã de vez do diretor Edgar Wright, logo depois de assistir ao segundo filme dele, Hot Fuzz, em 2007, fui pesquisar sobre o que mais ele tinha feito. Descobri que aos 25 anos de idade ele já tinha uma série no currículo: Spaced (1999-2001). Fiquei muito curiosa para assisti-la, mas nessa época ainda não era tão fácil baixar séries. O tempo passou e eu esqueci completamente desse fato, até que uma lâmpadazinha brilhou acima da minha cabeça na tarde de sábado (ontem, portanto) e eu direcionei a seta do mouse para o Google e pressionei meus dedos no teclado em busca de Spaced.
Eu sabia que não iria me decepcionar. Depois de ter visto Shaun of the Dead, Hot Fuzz e Scott Pilgrim vs. The World, Edgar Wright não me decepcionaria, mesmo que a série tivesse sido produzida anos antes de sua estreia no cinema. E não deu outra: Spaced é uma pequena obra-prima televisiva britânica. Em outras palavras, mais nerd do que The IT Crowd e The Big Bang Theory juntas - e isso é um elogio.
Escrita e estrelada por Simon Pegg (o outro gênio por trás de Shaun of the Dead e Hot Fuzz) e Jessica Stevenson (que agora atende pelo sobrenome Hynes), a série teve apenas 14 episódios (insanos, diga-se) divididos em duas temporadas. Começa com dois completos desconhecidos que têm uma coisa em comum: ambos precisam de um lugar para morar em Londres. Cansados da procura incessante por um apartamento bom e barato, encontram o anúncio de um local com dois dormitórios a um preço justo. O problema é que a senhoria só aluga para casal. Então, nada mais justo do que fingirem ser namorados para poder morar lá.
Acrescente a essa inocente mentira o fato de Tim Bisley (Pegg) ser um dos caras mais nerds no universo: coloca pôsteres de cultura pop espalhados pelo apartamento, consegue passar um dia inteiro jogando videogame, trabalha numa loja de quadrinhos e é um quadrinista frustrado. Daisy Steiner (Hynes), por outro lado, é uma aspirante a escritora que nunca consegue escrever nem arrumar um emprego no qual passe mais do que alguns dias. Juntos, têm uma química perfeita - mas são apenas bons amigos, como fazem questão de frisar para os amigos.Some à dupla de protagonistas outros personagens hilários: a senhoria divorciada que vive brigando com a filha adolescente e não desgruda de uma garrafa de vinho; o artista plástico psicótico que só consegue criar quando está infeliz e/ou deprimido; o melhor amigo fanático por armas e estratégias de guerra; a melhor amiga que gasta todo o salário com roupas de grife; o ciclista clubber que vive chapado com ecstasy. E ainda, todo episódio tem várias referências a filmes, séries e programas de TV, inclusive na trilha sonora. Por exemplo, tem um episódio no
Say Anything ao som de Take That (clique para ampliar) |
Por isso, depois de uma maratona de Spaced durante o fim de semana, eu não poderia deixar um post desses de lado. Afinal, seja qual for a maneira pela qual encontrou este blog (Google, Twitter, Facebook, recomendação...), caro nerd leitor, espero estar contribuindo para o seu crescimento cultural. Para o bem ou para o mal.
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