segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Notas cinematográficas

Rocky: Eu não lembrava muito da história - tinha visto o filme apenas na minha infância -, mas não é que é bom? Típica história de superação tendo boxe como tema, mas o roteiro de Sylvester Stallone (sim, ele escreveu) é bom e a narrativa flui bem.

Na estrada: Nunca li a obra de Jack Kerouac, então não posso entrar nos méritos de o filme ser fiel ou não. Mas vindo do Walter Salles, esperava mais. A Kristen Stewart tem uma atuação um tando risível, com aqueles gemidos de orgasmo falso. Não consegui simpatizar com nenhum dos protagonistas - OK, um pouco com o Sal Paradise - e achei o enredo muito arrastado.

Cowboys e Aliens: Pobre Harrison Ford, ninguém oferece um projeto cinematográfico decente para ele. Imagino que a graphic novel seja um horror também. E para o meu azar, tem o Sam Rockwell ultra-desperdiçado.

Irmão de Sangue: Interessante tragicomédia, se considerar que o Edward Norton interpreta dois protagonistas - os gêmeos Bill e Brady. Fora isso, aposta em uma trama boba e em um final que merecia muito mais.

Ned Kelly: Adaptação livre da biografia de Ned Kelly, famoso fora da lei australiano. Peca pelo melodrama desnecessário, que tenta justificar as ações violentas de Kelly e seus comparsas. Mas para quem tem interesse em saber mais sobre a história da Austrália, até que é eficiente.

O Despertar: Nos primeiros 10 minutos percebi que o filme não chegaria lugar algum. O que é uma pena, já que os aspectos técnicos são bons e tem um ótimo elenco.

Biutiful: Drama chato de Alejandro González Iñárritu com Javier Bardem, que mistura espiritismo com culpa para narrar os últimos dias de vida de um homem com câncer, sua ex-mulher bipolar e os coitados dos filhos. Parece um novelão.

A Coisa: Prequel pobrinho do ótimo Enigma de Outro Mundo (um dos meus favoritos de horror, diga-se). Tem lá seus bons momentos e os efeitos valem a pena, mas as situações assemelham-se mais a um remake, de tão parecidas que são.

Adorável Julia: Julia Lambert tornou-se uma de minhas personagens favoritas do cinema - e considero a melhor atuação de Annette Bening. Conta a história de uma famosa atriz de teatro que entra em crise, até redescobrir a felicidade ao arranjar um jovem amante. 

Short Cuts: Não vi tanto filme do Robert Altman assim, mas ele é um dos meus diretores favoritos. E alguns anos antes de Paul Thomas Anderson lançar seu drama com múltiplos personagens - e 3 horas de duração - Magnolia, Altman dirigiu esta comédia dramática ainda melhor e com um elenco fabuloso. Altamente recomendado.

Anthony Zimmer: O terrível O Turista foi baseado neste charmoso (e nada mais) thriller francês sobre troca de identidade e paixão. Vale a pena para servir de comparativo com a megalomania de Hollywood em achar que bastam dois astros do primeiro time para uma refilmagem dar certo.

A Proposta: Outro filme australiano envolvendo foras da lei, mas com roteiro original de Nick Cave - sim, o próprio. Superior a Ned Kelly, conta com a direção firme de John Hillcoat (de outro filme imperdível, A Estrada). 

A Vida de Outra Mulher: Faz tempo que o cinema francês passou a apostar em filmes mais leves e até com uma certa cara de made in Hollywood. Nesta eficiente comédia romântica estrelada pela maravilhosa Juliette Binoche e pelo meu querido Mathieu Kassovitz, dá até para sentir um eco de Um homem de família, mas com menos açúcar e mais romance.

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