sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Meu escritório por três meses

Se um elemento audiovisual pudesse resumir os últimos três meses de minha vida, seria The Office. Não a série original britânica estrelada por Ricky Gervais e Martin Freeman, mas seu homônimo estadunidense que durou nove temporadas. 
Por incrível que pareça, a série nunca havia me atraído. Talvez porque uma vez, zapeando pelos canais da TV deixei nela por uns 5 minutos e não senti vontade de acompanhar. Mas quando vi que a Netflix tinha várias temporadas, pensei "por que não?". Afinal, as séries que estava acompanhando já haviam chegado à season finale e tinha acabado de conferir a quarta temporada de Arrested Development, também na Netflix. Comecei e simplesmente viciei. Às vezes, no meu próprio trabalho, olho para a sala do chefe e penso "como gostaria que saísse um Michael Scott de lá...".
Em primeiro lugar, preciso confessar que virei fã de Steve Carell. Seus papéis no cinema nunca chamaram muito minha atenção, mas Michael Scott é simplesmente um ícone, um dos melhores personagens da TV de todos os tempos - e, sim, melhor do que o David Brent de Ricky Gervais. Assistindo à série, já sabia que ele sairia em algum momento, e o episódio de despedida do Michael me fez... chorar.
Em segundo lugar, Amy Ryan como Holly Flax é a perfeição. Gosto muito da atriz, mas vê-la como essa personagem cujas participações simplesmente me fascinaram só me faz aplaudir The Office em pé.
Em terceiro lugar, Rainn Wilson está genial como Dwight Schrute. Único ator do elenco que consegue rivalizar com Carell, ele é hilário e talentoso. Chega a ser incrível, na verdade. 
Em quarto, quinto, sexto, sétimo... tudo na série. Dos atores/roteiristas B.J. Novak ("little man") e Mindy Kaling (agora com sua própria série, The Mindy Project) às participações especiais (Will Ferrell, Kathy Bates, Idris Elba, James Spader...), passando pelas revelações John Krasinski (protagonista do simpático Distante Nós Vamos, de Sam Mendes) e Ed Helms (o Stu de Se Beber, Não Case). De episódios especiais de Halloween e Natal a momentos insuperáveis, como o cheese puffs e o parkour (assista a ambos abaixo), The Office entrou definitivamente no meu coração, onde permanece ao lado de Seinfeld, Newsradio, Arrested Development, Flight of the Conchords, The IT Crowd e Parks and Recreation.
E hoje, 13 de setembro, cheguei à series finale como se tivesse passado nove anos com esses personagens, dentro do escritório da Dunder Mifflin em Scranton, Pennsylvania. Mas The Office amorteceu meus últimos três meses, colocando sorrisos nos meus lábios e me fazendo rir alto. Ou suspirar por Jim e Pam e ficar com os olhos cheios de lágrimas em alguns momentos surpreendentes. Foi minha anestesia. Será que estou completamente curada?



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